1 de Junho

2 de Junho

 

3 de Junho

 

4 de Junho

 

5 de Junho

 

6 de Junho

 

7 de Junho

 

8 de Junho

São Medardo

O nome do santo recordado neste dia, significa: "audaz".

De origem simples, pobre, agrícola, Medardo tinha a maior riqueza: a fé no amor de Deus. Ele foi crescendo na piedade e na generosidade, tanto que diante de um pobre viajante que, tendo sido roubado o seu cavalo, chorava copiosamente e por isso, o santo deu generosamente a ele seu próprio cavalo.

Medardo queria uma vida de consagração total. Seu pai que o conhecia e amava, foi quem mais o ajudou a perceber sua vocação ao sacerdócio ordenado. Com 33 anos ele tornou-se padre. Um homem apostólico, que preferia os pobres e mais sofridos.

O santo de hoje, depois de viver seu apostolado como sacerdote, foi escolhido para ser bispo e foi um grande pastor. Sua generosidade continuou sendo instrumento de evangelização para muitos. Nas palavras e nas obras. Faleceu em 560 tornando-se para nós um grande exemplo e intercessor.

São Medardo, rogai por nós!

Foto: São Medardo
(8 de Junho)

O nome do santo recordado neste dia, significa:

9 de Junho

Beata Ana Maria Taigi

Talvez não houve em toda Roma, durante o século dezenove, uma mulher mais notável que Ana Maria Taigi, a abnegada e trabalhadora esposa de um criado e mãe exemplar de muitos filhos, que foi honrada com a particular estima de três sucessivos Pontífices e cuja pobre casa foi o centro de reunião para muitos altos personagens da Igreja e do Estado que buscavam sua intercessão, seu conselho e sua opinião, nas coisas de Deus.

Ana Maria Antonia Gesualda, nasceu em 29 de maio de 1769, em Siena, onde seu pai era boticário. A família perdeu seus bens e reduzida à pobreza, emigrou a Roma, onde os pais de Ana trabalharam no serviço doméstico nas casas particulares, enquanto que a jovem se internava em uma instituição que se encarregava de educar as crianças sem recursos. À idade de treze anos, Ana começou a ganhar o pão de seu trabalho. Durante algum tempo esteve empregada em uma fábrica de tecidos de seda e depois entrou ao serviço de uma nobre dama em seu palácio.

Ao converter-se em mulher, experimentou uma forte inclinação por vestidos ostentosos e o desejo de ser admirada, o que em ocasiões a pôs na orla do mal e se não caiu nos abismos do pecado, foi por seus bons princípios. Além disso, em 1790, quando tinha vinte e um anos, salvou-se das tentações ao casar-se com Domenico Taigi, um servidor do palácio Chigi. Ainda então continuavam atraindo-lhe as coisas do mundo, porém, pouco a pouco, a graça ia apossando-se de seu coração e sentiu remorsos de consciência que a impulsionaram a fazer uma confissão geral.

Seu primeiro intento de abrir o coração diante de um sacerdote, chocou-se com uma aridez negativa; porém, pela segunda tentativa, teve êxito. Encontrou o guia espiritual que necessitava em um frade servita, o padre Ângelo, que haveria de ser seu confessor durante muitos anos. O sacerdote se deu conta desde o início que estava tratando com uma alma eleita e ela, por sua parte, sempre considerou o momento em que conheceu o padre Ângelo como a hora da sua conversão. Desde aquele dia renunciou a todas as vaidades do mundo e contentou-se em vestir as roupas mais simples. Não voltou a tomar parte em diversões mundanas, a menos que seu esposo especialmente pedisse. Seu maior consolo e alegria encontrou na oração, e seu generoso desejo de submeter-se a mortificações externas, teve que ser moderado por seu confessor que adaptou-a aos limites em que não se afetasse os deveres de sua vida diária como ama da casa. Seu marido era um bom homem, porém de escassas luzes e muito impertinente; se bem que apreciasse as evidentes qualidades da esposa, nunca pode compreender os heróicos esforços de Ana por adquirir a santidade nem seus dons especiais. Ela sempre cumpria seus deveres cotidianos da casa com extraordinária entrega.

A família que Ana devia cuidar estava formada por seus sete filhos, dois dos quais morreram quando eram pequenos, seu marido e seus pais, que viviam com ela. Cada manhã, os reunia a todos para rezar; aos que podiam. Os levava para ouvir a missa e pela noite voltavam a reunir-se todos para escutar leituras espirituais e fazer as orações. Ana se preocupava, sobretudo, de vigiar a conduta das crianças.

Se diria que um trabalho doméstico tão excessivo tivesse monopolizado as energias de qualquer mulher; sem embargo, as obrigações familiares não a privavam de entregar-se a experiências místicas de grande altura. Para se ter uma idéia sobre isto, recorremos às memórias sobre a beata, escritas depois de sua morte pelo cardeal Pedicino, a quem conheceu por intermédio de seu confessor e com quem compartilhou, durante trinta anos a direção espiritual daquela alma eleita. Mui possivelmente, através do cardeal se deram a conhecer as excelsas virtudes e dons sobrenaturais da beata. Desde o momento de sua conversão, Deus a gratificou com maravilhosas intuições sobre seus desígnios com respeito aos perigos que ameaçavam a Igreja, sobre acontecimentos futuros e sobre os mistérios da fé. Estas coisas se revelaram a Ana em um "sol místico" que reverberava diante de seus olhos e em que viu também as iniqüidades que os homens cometiam continuamente contra Deus. Naquelas ocasiões sentia que era seu dever dar satisfações ao Senhor por aqueles agravos e oferecer-se como vítima. Por isso sofria Ana verdadeiramente agonias físicas e mentais quando se entregava à oração pela conversão de algum pecador endurecido. Com freqüência lia os pensamentos e adivinhava os motivos entre as pessoas que a visitavam e em conseqüência, podia ajudá-las de uma maneira que parecia sobrenatural. Entre as personalidades que estiveram relacionadas com ela, devem mencionar-se a São Vicente Strambi, a quem ela prognosticou a data exata de sua morte.

Nos primeiros anos depois de sua conversão, Ana Maria teve abundantes consolos espirituais e arroubamentos, porém, mais tarde, especialmente durante os últimos anos de sua vida, sofreu extensamente pelos ataques de Satanás. Estas provas, todavia, aos quebrantos de sua saúde e às murmurações e calúnias, lhe deram ocasião para mostrar resignação e suportou-as alegremente. Em 9 de junho de 1837 morreu, ao cabo de nove meses de agudos sofrimentos com a idade de sessenta anos.

Foi beatificada em 1920 e seu sepulcro se encontra em Roma, na Igreja de São Crisógono, dos padres Trinitários, em cuja ordem a beata era terceira. Seu corpo jaz em ataúde de cristal para que se possa contemplar seu corpo incorrupto.

ORAÇÃO
(Ditada pela Virgem durante um êxtase)


Prostrada a vossos pés, grande Rainha do céu, eu os venero com o mais profundo respeito e confesso que sois Filha de Deus Pai, Mãe do Verbo Divino, Esposa do Espírito Santo. Sois a tesoureira e a distribuidora das divinas misericórdias. Por isso os chamamos de Mãe da Divina Piedade. Eu me encontro em aflição e angústia. Dignai-vos mostrar-me que me amais de verdade. Os peço igualmente que rogueis com fervor à Santíssima Trindade para que nos conceda a graça de vencer sempre ao demônio, ao mundo e as más paixões; graça eficaz que santifica aos justos, converte aos pecadores, destruí as heresias, ilumina aos infiéis e conduz os judeus à verdadeira fé. Obtenha-nos que o mundo inteiro forme um só povo e uma só Igreja. Amén!

Foto: Beata Ana Maria Taigi  
(9 de Junho)

Talvez não houve em toda Roma,  durante o século dezenove, uma mulher mais notável que Ana Maria Taigi, a abnegada e trabalhadora esposa de um criado e mãe exemplar de muitos filhos, que foi honrada com a particular estima de três sucessivos Pontífices e cuja pobre casa foi o centro de reunião para muitos altos personagens da Igreja e do Estado que buscavam sua intercessão, seu conselho e  sua opinião, nas coisas de Deus. 

Ana Maria Antonia Gesualda, nasceu em 29 de maio de 1769, em Siena, onde seu pai era boticário. A família perdeu seus bens e reduzida à pobreza, emigrou a Roma, onde os pais de Ana trabalharam no serviço doméstico nas casas particulares, enquanto que a jovem se internava em uma instituição que se encarregava de educar as crianças sem recursos. À idade de treze anos, Ana começou a  ganhar o pão de seu trabalho. Durante algum tempo esteve empregada em uma fábrica de tecidos de seda e depois entrou ao serviço de uma nobre dama em seu palácio.  

Ao converter-se em mulher, experimentou uma forte inclinação por vestidos ostentosos e o desejo de ser admirada, o que em ocasiões a pôs na orla do mal e se não caiu nos abismos do pecado, foi por seus bons princípios. Além disso, em 1790, quando tinha vinte e um anos, salvou-se das tentações ao casar-se com Domenico Taigi, um servidor do palácio Chigi. Ainda então continuavam atraindo-lhe as  coisas do mundo, porém, pouco a pouco, a graça ia apossando-se de seu coração e sentiu remorsos de consciência que a impulsionaram a fazer uma confissão geral.  

Seu primeiro intento de abrir o coração diante de um sacerdote, chocou-se com uma aridez negativa; porém, pela segunda tentativa, teve êxito. Encontrou o guia espiritual que necessitava em um frade servita, o padre Ângelo, que haveria de ser seu confessor durante muitos anos. O sacerdote se deu conta desde o início que estava tratando com uma alma eleita e ela, por sua parte, sempre considerou o momento em que conheceu o padre Ângelo como a hora da sua conversão.  Desde aquele dia renunciou a todas as vaidades do mundo e  contentou-se em vestir as roupas mais simples.  Não voltou a tomar parte em diversões mundanas, a menos que seu esposo especialmente pedisse. Seu maior consolo e alegria encontrou na oração, e seu generoso desejo de submeter-se a mortificações externas,  teve que ser moderado por seu confessor  que adaptou-a aos limites em que não se afetasse os deveres de sua vida diária como ama da casa.  Seu marido era um bom homem, porém de escassas luzes e muito impertinente;  se bem que apreciasse as  evidentes qualidades da esposa, nunca pode compreender os heróicos esforços de Ana por adquirir a santidade nem seus dons especiais. Ela sempre cumpria seus deveres cotidianos da casa com extraordinária entrega.  

A família que Ana devia cuidar estava formada por seus sete filhos,  dois dos quais morreram quando eram pequenos,  seu marido e seus pais, que viviam com ela. Cada manhã, os reunia a todos para rezar;  aos que podiam.  Os levava para ouvir a missa e pela noite voltavam a reunir-se todos para escutar leituras espirituais e fazer as orações. Ana se preocupava, sobretudo, de vigiar a conduta das crianças. 

Se diria que um trabalho doméstico tão excessivo tivesse monopolizado as energias de qualquer mulher;  sem embargo, as obrigações familiares não a privavam de entregar-se a experiências místicas de grande altura. Para se ter uma idéia sobre isto, recorremos às memórias sobre a beata, escritas depois de sua morte pelo cardeal Pedicino, a quem conheceu por intermédio de seu confessor e com quem compartilhou, durante trinta anos a  direção espiritual daquela alma eleita. Mui possivelmente, através do cardeal se deram a conhecer as excelsas virtudes e dons sobrenaturais da beata. Desde o momento de sua conversão, Deus a gratificou com maravilhosas intuições sobre seus desígnios com respeito aos perigos que ameaçavam a Igreja, sobre acontecimentos futuros e sobre os mistérios da fé. Estas coisas se revelaram a Ana em um

10 de Junho

 

11 de Junho

 

12 de Junho

 

13 de Junho

Santo António de Pádua

Poucos são os Santos que com Santo António poderão se comparar em popularidade, entre o povo católico. Com grande pompa e alegria lhe celebra a festa e todos, com confiança a este Santo se dirigem nas necessidades materiais e espirituais.

Santo António pertence ao século treze. Antes da entrada para a Ordem Franciscana, tinha o nome de Fernando. Acredita-se que era descendente de família nobre, oriunda da França, que no tempo das cruzadas teria prestado grandes serviços a Afonso VI de Castilha contra os Mouros, ou tomado parte ativa na reconquista de Lisboa, do poder dos Maometanos. Nascido em Lisboa, em 1195, recebeu a primeira instrução na escola da Catedral. Na idade de apenas 15 anos, entrou para o convento dos Cônegos de Santo Agostinho. Como, porém, o fácil acesso dos parentes ao convento se lhe tornasse prejudicial, pediu e alcançou transferência para o mosteiro mais austero de Coimbra. Lá ficou dez anos, dedicando esse tempo todo à oração, às funções sacerdotais e ao estudo da teologia.

Um fato extraordinário causou uma transformação na vida de Santo António. Os Franciscanos possuíam em Coimbra um pequeno convento, não muito distante do mosteiro dos cónegos regulares. Em certa ocasião, passaram por Coimbra cinco missionários Franciscanos, com destino à Marrocos, onde pretendiam pregar a fé cristã aos Maometanos.

Esses missionários acharam em Marrocos a morte de martírio. Em 1220 voltaram seus cadáveres e foram com grande solenidade expostos na igreja do Convento, onde se achava António. Com licença do Prior, pediu o hábito de São Francisco, mudou-se para o Convento dos Franciscanos e tomou o nome de António. No mesmo ano o vemos em companhia de um Irmão, em viagem para África. O homem põe, Deus dispõe. Acometido de uma febre violenta, viu-se obrigado a voltar para Portugal; uma grande tempestade no alto mar desorientou o rumo do navio, que foi aportar na Sicília. Era no ano em que uma circular de São Francisco convidara os religiosos, para se reunirem num capítulo geral em Assis.

Compareceram 3.000 frades e, entre tantos religiosos, António desaparecia. Ninguém o conhecia, e parece que nem São Francisco não lhe dava atenção. Quando, no fim do capítulo, os frades receberam cada um seu destino, somente António ficou, como estranho, à disposição do vigário geral da Ordem. Afinal achou um Superior na pessoa de Frei Graciano, Provincial da Romagna e com ele seguiu. O único ofício que tinha era celebrar Missa num pequeno convento da proximidade de Forli, onde diversos confrades, cujo estado de saúde reclamava descanso, viviam em comunidade. Os noves meses que Antônio lá ficou, passou-os na mais completa solidão, em uma pequena ermida, entregue as práticas de piedade e de penitência. Aconteceu que em Forli assistisse à ordenação de diversos religiosos. Na falta de um pregador, o Provincial ordenou a António que dirigisse umas palavras de edificação aos neo-presbíteros. Obediente à ordem recebida, António fez uma alocução, que a todos deixou cheios de admiração. Foi esta a hora da revelação de um grande talento, até então de todos ignorado. Uma vez conhecido, os Superiores o puseram à luz, e começou a obra grandiosa e benéfica de Santo António, como missionário.

São Francisco, vendo a necessidade de proporcionar aos futuros missionários uma instrução, que os pusesse a altura do ministério sagrado, viu em António o personagem idóneo, para desempenhar vantajosamente o papel de mestre, e nomeou-o “Lector” de teologia. Grande lhe era, ao mesmo tempo, a atividade, como pregador na Romagna, onde a seita dos cátharos se estendia com rapidez assustadora. Mandado por São Francisco ao Sul da França, com São Domingos, abriu campanha contra os Albigenses. Já naquele tempo, Deus distinguiu seu servo com o dom dos milagres. A palavra eloquente e arrebatadora, a santidade de vida e o número cada vez mais crescente dos milagres, fizeram com que a heresia sofresse sérios revezes. Após a morte de São Francisco, António continuou as pregações na Itália, e desde Florença até Udine, de Milão até Veneza, não havia cidade que não tivesse admirado a eloqüência e os milagres estupendos do Santo Missionário.

No ano de 1230, assistiu, como Provincial de Milão, ao capítulo geral da ordem de Assis, onde fez enérgica repulsa às idéias inconstitucionais de frei Elias. Mandado a Roma, para apresentar ao Papa Gregório IX uma nova redação das constituições sobre o voto de pobreza, nesta mesma ocasião pregou diante do colégio cardinalício. Tanto era o conhecimento da Sagrada Escritura, de que naquele discurso deu prova, que o Papa o distinguiu com o título honroso de “Arca do Testamento e Arsenal das Sagradas Escrituras”. Desde o ano de 1230, o campo exclusivo de sua ação era a cidade de Pádua, importante pela riqueza, poder e universalidade. Antônio tinha-lhe amor, por causa do espírito religioso do povo e pelo infortúnio que a entregara ao despotismo de Ezelino III. A palavra do Santo dirigiu-se contra a heresia, a corrupção dos costumes e a usura. Muitas inimizades foram exterminadas e muitos encarcerados alcançaram a liberdade, por seu intermédio. Apesar da saúde bastante debilitada, era incansável no púlpito e no confessionário. As igrejas eram pequenas para comportar o povo, que lhe afluía às prédicas.

O resultado grandioso dos trabalhos do santo pregador era motivado por três circunstâncias. A primeira era a grande santidade. António era homem de Deus e o povo chamava-o simplesmente: “o Santo”. A segunda era o zelo e o modo particular de pregar. Como São Francisco, servia-se da linguagem popular, tomando a Sagrada Escritura, os Santos Padres, por base da argumentação. Os hereges refutava-os não tanto por argumentações filosófica e teológica, mas desmascarando-lhes as intenções e práticas. Santo António talvez não fosse orador tão brilhante, mas o que lhe dava força às prédicas, era a simplicidade, clareza e naturalidade, com que falava. Finalmente, os milagres, que fazia, eram o terceiro fator, que poderosamente concorreu, para seus trabalhos na vinha do senhor terem tido tanto sucesso. É esta a nota característica na vida de Santo António. “Se procurares milagres – diz São Boaventura, no hino que compôs em honra do Santo – “ide a António”.

Santo António é o taumaturgo do seu século. Quem é que não tenha lido ou ouvido falar da mula do judeu, que por ordem do Santo se prostrou de joelhos na presença do Santíssimo Sacramento; dos peixes, que vieram à tona d’água para ouvir as palavras de António; das profecias e revelações de segredos íntimos, das curas maravilhosas e ressurreição de mortos? Admito que nem todos os milagres, atribuídos a Santo António, suportem o bisturi de uma crítica imparcial e cuidadosa, certo é que poucos Santos, como Santo António, têm possuído o dom de fazer milagres, dom de que com tanta amabilidade se serviu, para atrair os corações e dirigi-los à Deus.

António morreu no ano de 1231, sendo-lhe o corpo sepultado em Pádua, na Igreja de Nossa Senhora. Os milagres que lá se deram, puseram em movimento a Itália toda. Centenas de procissões dirigiram-se ao túmulo do pobre Franciscano, e milhares de devotos chegaram descalços, para render homenagem ao grande amigo de Deus, cuja canonização teve lugar em 30 de maio de 1232, isto é, onze meses depois da sua preciosa morte. Inscreveu-o no Catálogo dos Santos o Papa Gregório IX. Quando em 1263 lhe foi exumado o corpo, descobriu-se-lhe que a língua estava intacta, enquanto tudo o mais tinha pago tributo à decomposição. Neste estado de conservação, é exposta até hoje à devoção dos fiéis.

Duas virtudes se encontram na vida de Santo António: a simplicidade e humildade. Amigo de Jesus humilde, este se digna comunicar-se ao Amigo, e em figura de menino descer-lhe aos braços e permitir que o cobrisse de carícias. Santo António procurou o martírio: Belo seria com a palma da vitória. Mais belo é tendo nos braços o Menino Jesus, a coroa dos Mártires.

O amável e glorioso Santo António é invocado pelos devotos, para faze-los achar objetos perdidos. É considerado padroeiro do matrimónio e das noivas, como também defensor contra a peste e epidemias. Praza a Deus que em nós encontre um coração cheio de amor e abnegação.

A 10 de janeiro de 1946 o Santo Padre Pio XII com a plenitude do poder apostólico, constituiu e declarou a Santo António de Pádua Confessor e Doutor da Igreja universal.

Reflexões:

Santamente embora, como viveu Santo António a vida foi-lhe uma constante preparação para a morte. Muitos cristãos não se preocupam com a morte, e vivem como se nunca lhes houvesse de soar a hora da partida para a eternidade. No entanto, é a meditação sobre a morte uma das mais úteis, conseguindo, se aliás for bem feita,o completo desapego das coisas deste mundo, que tão facilmente nos fazem desviar do caminho da salvação.

“A sabedoria- diz o Espírito Santo, - é encontrada nos túmulos”. Uma visita corporal ou em espírito ao cemitério é sempre de grande utilidade. A retórica dos túmulos e dos ossos nele encerrados, se bem que muda, é eloquentíssima. Se, como por ordem do profeta, pudesse chamar à vida todos os que ali estão sepultados, que te diriam eles? “Insensatos, que fomos! Porque não quisemos compreender antes o que éramos e o que um dia seríamos, só para ele vivemos, e o mundo de nós não mais lembra. Os bens que deixamos, ficaram nas mãos dos outros, e para a eternidade nenhuma providência tomamos. Insensatos que fomos!” – Falariam mais ou menos dessa maneira. Tira, pois, as conclusões em teu proveito.

Foto: Santo Antônio de Pádua
(13 de Junho)

Poucos são os Santos que com Santo Antônio poderão se comparar em popularidade, entre o povo católico. Com grande pompa e alegria lhe celebra a festa e todos, com confiança a este Santo se dirigem nas necessidades materiais e espirituais.

Santo Antônio pertence ao século treze. Antes da entrada para a Ordem Franciscana, tinha o nome de Fernando. Acredita-se que era descendente de família nobre, oriunda da França, que no tempo das cruzadas teria prestado grandes serviços a Afonso VI de Castilha contra os Mouros, ou  tomado parte ativa na reconquista de Lisboa, do poder dos Maometanos. Nascido em Lisboa, em 1195, recebeu a primeira instrução na escola da Catedral. Na idade de apenas 15 anos, entrou para o convento dos Cônegos de Santo Agostinho. Como, porém, o fácil acesso dos parentes ao convento se lhe tornasse prejudicial, pediu e alcançou transferência para o mosteiro mais austero de Coimbra. Lá ficou dez anos, dedicando esse tempo todo à oração, às funções sacerdotais e ao estudo da teologia.

Um fato extraordinário causou uma transformação na vida de Santo Antônio. Os Franciscanos possuíam em Coimbra um pequeno convento, não muito distante do mosteiro dos cônegos regulares. Em certa ocasião, passaram por Coimbra cinco missionários Franciscanos, com destino à Marrocos, onde pretendiam pregar a fé cristã aos Maometanos.

Esses missionários acharam em Marrocos a morte de martírio. Em 1220 voltaram seus cadáveres e foram com grande solenidade expostos na igreja do Convento, onde se achava Antônio. Com licença do Prior, pediu o hábito de São Francisco, mudou-se para o Convento dos Franciscanos e tomou o nome de Antônio. No mesmo ano o vemos em companhia de um Irmão, em viagem para África. O homem põe, Deus dispõe. Acometido de uma febre violenta, viu-se obrigado a voltar para Portugal; uma grande tempestade no alto mar desorientou o rumo do navio, que foi aportar na Sicília. Era no ano em que uma circular de São Francisco convidara os religiosos, para se reunirem num capítulo geral em Assis.

Compareceram 3.000 frades e, entre tantos religiosos, Antônio desaparecia. Ninguém o conhecia, e parece que nem São Francisco não lhe dava atenção. Quando, no fim do capítulo, os frades receberam cada um seu destino, somente Antônio ficou, como estranho, à disposição do vigário geral da Ordem. Afinal achou um Superior na pessoa de Frei Graciano,  Provincial da Romagna e com ele seguiu. O único ofício que tinha era celebrar Missa num pequeno convento da proximidade de Forli, onde diversos confrades, cujo estado de saúde reclamava descanso, viviam em comunidade. Os noves meses que Antônio lá ficou, passou-os na mais completa solidão, em uma pequena ermida, entregue as práticas de piedade e de penitência. Aconteceu que em Forli assistisse à ordenação de diversos religiosos. Na falta de um pregador, o Provincial ordenou a Antônio que dirigisse umas palavras de edificação aos neo-presbíteros. Obediente à ordem recebida, Antônio fez uma alocução, que a todos deixou cheios de admiração. Foi esta a hora da revelação de um grande talento, até então de todos ignorado. Uma vez conhecido, os Superiores o puseram à luz, e começou a obra grandiosa e benéfica de Santo Antônio, como missionário.

São Francisco, vendo a necessidade de proporcionar aos futuros missionários uma instrução, que os pusesse a altura do ministério sagrado, viu em  Antônio o personagem idôneo, para desempenhar vantajosamente o papel de mestre, e nomeou-o “Lector” de teologia. Grande lhe era, ao mesmo tempo, a atividade, como pregador na Romagna, onde a seita dos cátharos se estendia com rapidez assustadora. Mandado por São Francisco ao Sul da França, com São Domingos, abriu campanha contra os Albigenses. Já naquele tempo, Deus distinguiu seu servo com o dom dos milagres. A palavra eloqüente e arrebatadora, a santidade de vida e o número cada vez mais crescente dos milagres, fizeram com que a heresia sofresse sérios revezes. Após a morte de São Francisco, Antônio continuou as pregações na Itália, e desde Florença até Udine, de Milão até Veneza, não havia cidade que não tivesse admirado a eloqüência e os milagres estupendos do Santo Missionário.

No ano de 1230, assistiu, como Provincial de Milão, ao capítulo geral da ordem de Assis, onde fez enérgica repulsa às idéias inconstitucionais de frei Elias. Mandado a Roma, para apresentar ao Papa Gregório IX uma nova redação das constituições sobre o voto de pobreza, nesta mesma ocasião pregou diante do colégio cardinalício. Tanto era o conhecimento da Sagrada Escritura, de que naquele discurso deu prova, que o Papa o distinguiu com o título honroso de “Arca do Testamento e Arsenal das Sagradas Escrituras”. Desde o ano de 1230, o campo exclusivo de sua ação era a cidade de Pádua, importante pela riqueza, poder e universalidade. Antônio tinha-lhe amor, por causa do espírito religioso do povo e pelo infortúnio que a entregara ao despotismo de Ezelino III. A palavra do Santo dirigiu-se contra a heresia, a corrupção dos costumes e a usura. Muitas inimizades foram exterminadas  e muitos encarcerados alcançaram a liberdade, por seu intermédio. Apesar da saúde bastante debilitada, era incansável no púlpito e no confessionário. As igrejas eram pequenas para comportar o povo, que lhe afluía às prédicas.

O resultado grandioso dos trabalhos do santo pregador era motivado por três circunstâncias. A primeira era a grande santidade. Antônio era homem de Deus e o povo chamava-o simplesmente: “o Santo”. A segunda era o zelo e o modo particular de pregar. Como São Francisco, servia-se da linguagem popular, tomando a Sagrada Escritura, os Santos Padres, por base da argumentação. Os hereges refutava-os não tanto por argumentações filosófica e teológica, mas desmascarando-lhes as intenções e práticas. Santo Antônio talvez não fosse orador tão brilhante, mas o que lhe dava força às prédicas, era a simplicidade, clareza e naturalidade, com que falava. Finalmente, os milagres, que fazia, eram o terceiro fator, que poderosamente concorreu, para seus trabalhos na vinha do senhor terem tido tanto sucesso. É esta a nota característica na vida de Santo Antônio. “Se procurares milagres – diz São Boaventura, no hino que compôs em honra do Santo – “ide a Antônio”.

Santo Antônio é o taumaturgo do seu século. Quem é que não tenha lido ou ouvido falar da mula do judeu, que por ordem do Santo se prostrou de joelhos na presença do Santíssimo Sacramento; dos peixes, que vieram à tona d’água para ouvir as palavras de Antônio; das profecias e revelações de segredos íntimos, das curas maravilhosas e ressurreição de mortos? Admito que nem todos os milagres, atribuídos a Santo Antônio, suportem o bisturi de uma crítica imparcial e cuidadosa, certo é que poucos Santos, como Santo Antônio, têm possuído o dom de fazer milagres, dom de que com tanta amabilidade se serviu, para atrair os corações e dirigi-los à Deus.

Antônio morreu no ano de 1231, sendo-lhe o corpo sepultado em Pádua, na Igreja de Nossa Senhora. Os milagres que lá se deram, puseram em movimento a Itália toda. Centenas de procissões dirigiram-se ao túmulo do pobre Franciscano, e milhares de devotos chegaram descalços, para render homenagem ao grande amigo de Deus, cuja canonização teve lugar em 30 de maio de 1232, isto é, onze meses depois da sua preciosa morte. Inscreveu-o no Catálogo dos Santos o Papa Gregório IX. Quando em 1263 lhe foi exumado o corpo, descobriu-se-lhe que a língua  estava intacta, enquanto tudo o mais tinha pago tributo à decomposição. Neste estado de conservação, é exposta até hoje à devoção dos fiéis.

Duas virtudes se encontram na vida de Santo Antônio: a simplicidade e humildade. Amigo de Jesus humilde, este se digna comunicar-se ao Amigo, e em figura de menino descer-lhe aos braços e permitir que o cobrisse de carícias. Santo Antônio procurou o martírio: Belo seria com a palma da vitória. Mais belo é tendo nos braços o Menino Jesus, a coroa dos Mártires.

O amável e glorioso Santo Antônio é invocado pelos devotos, para faze-los achar objetos perdidos. É considerado padroeiro do matrimônio e das noivas, como também defensor contra a peste e epidemias. Praza a Deus que em nós encontre um coração cheio de amor e abnegação.

A 10 de janeiro de 1946 o Santo Padre Pio XII com a plenitude do poder apostólico, constituiu e declarou a Santo Antônio de Pádua Confessor e Doutor da Igreja universal.

Reflexões:

Santamente embora, como viveu Santo Antônio a vida foi-lhe uma constante preparação para a morte. Muitos cristãos não se preocupam com a morte, e vivem como se nunca lhes houvesse de soar a hora da partida para a eternidade. No entanto, é a meditação sobre a morte uma das mais úteis, conseguindo, se aliás for bem feita,o completo desapego das coisas deste mundo, que tão facilmente nos fazem desviar do caminho da salvação.

 “A sabedoria- diz o Espírito Santo, - é encontrada nos túmulos”. Uma visita corporal ou em espírito ao cemitério é sempre de grande utilidade. A retórica dos túmulos e dos ossos nele encerrados, se bem que muda, é eloquentíssima. Se, como por ordem do profeta, pudesse chamar à vida todos os que ali estão sepultados, que te diriam eles?  “Insensatos, que fomos! Porque não quisemos compreender antes o que éramos e o que um dia seríamos, só para ele vivemos, e o mundo de nós não mais lembra. Os bens que deixamos, ficaram nas mãos dos outros, e para a eternidade nenhuma providência tomamos. Insensatos que fomos!” – Falariam mais ou menos dessa maneira. Tira, pois, as conclusões em teu proveito.

14 de Junho

 

15 de Junho

 

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17 de Junho

 

18 de Junho

Beata Osanna Andreasi de Mântua

As informações que temos da Beata Osanna de Mântua é derivada de dois contemporâneos que a conheceram e escreveram imediatamente depois de sua morte. Uma das biografias foi lavrada pelo mestre da Ordem Dominicana e por um Teólogo muito notável, Silvestre de Ferrara (1505) e outra (1507) pelo monge Jerome de Olivetan (beneditino reformado) que, nos últimos anos da vida de Osanna, tornou-se seu confidente e guia espiritual. Sua biografia consiste pela maior parte em registro detalhado de conversações Osanna com seu diretor espiritual. Jerome diz que Osanna era muito relutante, mesmo com ele, em que confiava completamente, para falar de suas experiências espirituais; mas descreve repetidamente como ele paciente a manteve, mediante questionamentos e busca de informações que guardou para si, cujo fim, como ele diz, servia para suas próprias "consolações espirituais e fonte de inspiração". Um processo difícil, segundo ele, pois que Osanna costumava entrar em êxtase cada vez que se começava a falar de Deus.

Nasceu em 1449 em Mântua, filha de nobres italianos, Nicolaus e Agnespais. Diz Jerome que na idade de cinco ou seia anos, Osanna teve sua primeira experiência mística, uma visão da Trindade, dos nove coros dos anjos e da criação material, quando Jesus como uma criança da sua própria idade, carregava uma cruz. Mais tarde, viu-o outra vez no jardim da casa família entre as videiras. Como entrasse já em êxtase em tenra idade, tornou-se muito retraída. Os pais incomodavam-se sobremaneira com o seu comportamento e chegaram a pensar que a filha fosse portadora de epilepsia.

Ainda durante sua infância acabou perdendo os pais, tornando-se assim responsável pelo lar, cuidando dos irmãos que controlou e educou com grande prudência e responsabilidade, além de manter grande hospitalidade e caridade com os pobres. Não obstante, apesar de todas estas responsabilidades domésticas e caritativas, passou a experimentar uma vida mística cada vez mais intensa. Quando ainda vivia seu pai, ela recusou casamento porque já sentia inclinação para tomar o hábito dominicano e o declarara isso. Mas, segundo revelação feita a ela, não era momento para fazer profissão, mesmo na Ordem Terceira.

Foi permitido compartilhar os sofrimentos de Cristo pela causa da Igreja e da Itália, então marcada por rixas e guerras. Finalmente, quando tinha 30 anos, recebeu os estigmas em sua cabeça, depois no lado e em seguida nos pés. Teve também uma visão em que seu coração foi transformado e dividido em quatro partes. A Paixão de Cristo era sentida intensamente nas quartas e nas sextas-feiras. Em seu caso, os estigmas não parecem ter sangrado, mas apareciam simplesmente como manchas avermelhadas, intensamente dolorosas. Manteve-os escondidos de todos, exceto de alguns de seus empregados, mas às vezes a dor nos pés eram tão grandes que a impossibilitava de andar. Por muitos anos, assim como Santa Catarina de Siena, viveu quase sem nenhum alimento. No discurso dessas matérias, pediu ao seu diretor espiritual que guardasse absoluto segredo.

Entretanto, sua fama acabou espalhando-se entre a população porque algumas vezes foi vista em público, em êxtase profundo. As visitas e conselhos espirituais tornaram-se constantes, resultando na oposição considerável dos frades dominicanos de Mântua que, entretanto, cessaram as críticas quando souberam que um dos seus, Dominic de Crema, mantinha o registro de todas as experiências espirituais de Osanna, que infelizmente perderam-se após sua morte.

Faleceu santamente, de causas naturais em 18 de julho de 1505. Foi beatificada pelo Papa Leão X e é invocada como patrona das meninas estudantes.

Seu corpo incorrupto encontra-se em exposição sob o altar de Nossa Senhora do Rosário na catedral de Mântua, Itália. Em 1965 seu corpo foi examinado interiormente e exames profundos determinaram bom estado de preservação (após 460 anos).

Foto: Beata Osanna Andreasi de Mântua
(18 de Junho)

As informações que temos da Beata Osanna de Mântua é derivada de dois contemporâneos que a  conheceram e escreveram imediatamente depois de sua morte. Uma das biografias foi lavrada pelo mestre da Ordem Dominicana e  por um Teólogo muito notável,  Silvestre de Ferrara (1505) e outra (1507) pelo monge Jerome de Olivetan (beneditino reformado) que, nos últimos anos da vida de Osanna, tornou-se seu confidente e guia espiritual. Sua biografia consiste pela maior parte em registro detalhado de conversações Osanna com seu diretor espiritual.  Jerome diz que Osanna era muito relutante, mesmo com ele, em que confiava completamente, para falar de suas experiências espirituais;  mas descreve repetidamente  como ele paciente a manteve, mediante questionamentos e busca de informações que guardou para si, cujo fim, como ele diz, servia para suas próprias

19 de Junho

 

20 de Junho

São Silvério

O pontificado de São Silvério coincide com a ocupação da Itália pelos imperadores bizantinos. A nota característica do seu governo é a firmeza e intrepidez com que defendeu os direitos da igreja, contra a imperatriz Teodora. Eis o fato como os hagiógrafos o relatam.

O Papa Agapito, antecessor de Silvério, tinha deposto o bispo de Constantinopla, Antimo, por este haver defendido a heresia eutiquiana. A imperatriz, fautora da mesma heresia, desejava ver Antino reabilitado na jurisdição episcopal, desejo que Agapito não quis atender e não atendeu. Morto este Papa, Virgílio, diácono romano, apresentou-se à imperatriz Teodora, prometendo-lhe a reabilitação de Antimo se apoiasse sua candidatura ao pontificado. Teodora deu a Virgílio uma carta de apresentação a Belisário, general bizantino, que se achava na Itália, recomendando-lhe apoiasse a eleição.

Entretanto foi eleito Papa Silvério e como tal reconhecido. A este a imperatriz se dirigiu, exigindo a reabilitação dos bispos, por Agapito depostos, e a anulação das decisões do Concílio de Chalcedon, que tinha condenado a heresia de Eutiques. Nesse ofício arrogante Teodora ameaçou o Papa com a deposição, caso não lhe acedesse às exigências. A resposta de Silvério foi respeitosa, mas negativa. Com franqueza e firmeza apostólicas declarou à imperatriz que estaria pronto a sofrer prisão e morte, mas não cederia um ponto das constituições do Concílio.

Teodora não se conformando com esta resposta, ordem deu a Belisário de afastar Silvério de Roma e pôr Virgílio na cadeira de São Pedro. Para não cair no desagrado da imperatriz, Belisário prontificou-se a executar a ordem, mas desejava ter em mãos outros documentos, a pretexto dos quais pudesse proceder contra o Papa. Tirou-o do embaraço sua ímpia mulher Antonina. Esta lhe fez chegar às mãos uma carta falsificada, que trazia as armas e assinatura de Silvério, carta em que o Papa se teria dirigido aos Godos, prometendo-lhes entregar Roma, se lhe viessem em auxílio. Belisário estava a par do que se passava, e bem sabia qual era a autoria da carta. Não obstante, para obsequiar a mulher, citou Silvério à sua presença, mostrou-lhe a carta, acusou-o de alta traição e, sem esperar pela defesa da vítima, ordenou que lhe tirassem as insígnias pontifícias e lhe pusessem um hábito de monge, e assim o mandou para o desterro. No mesmo dia Virgílio assumiu as funções de Sumo Pontífice.

A consternação e indignação dos católicos eram gerais. Só Silvério bendizia a graça de sofrer pela justiça. O Bispo de Pátara, diocese que deu agasalho ao Papa desterrado, pôs-se a caminho de Constantinopla, com intuito de defender a causa de Silvério. Recebido pelo imperador Justiniano, fez-lhe a exposição clara das cousas ocorridas, e mostrou-lhe a injustiça feita ao representante de Cristo. Justiniano ordenou que Silvério fosse imediatamente levado a Roma, e que a permanência na metrópole lhe fosse vedada só no caso de se provar o crime de alta traição. Belisário e o antipapa Virgílio souberam impossibilitar a volta de Silvério para Roma. Apoderaram-se dele e transportaram-no para a ilha Palmaria. Lá o sujeitaram a um tratamento indigno e sobremodo humilhante. Silvério, porém, ficou firme na justa resistência à tirania e usurpação. Longe de reconhecer a autoridade de Virgílio, excomungou-o e deu do exílio sábias leis à igreja. Nunca se lhe ouviu uma palavra sequer de queixa contra os planos e desígnios de Deus. Ao contrário, no meio dos sofrimentos e provações, louvava e enaltecia a sabedoria e bondade da Divina Providência.

Três anos passou Silvério no desterro. Liberato, historiador contemporâneo de Silvério, diz que o Santo Papa morreu de fome. É considerado mártir da Igreja.

Reflexões:

Em São Silvério temos um modelo de perfeito cumpridor dos deveres, que não se deixa demover do caminho da obrigação, embora lhe acarrete isso os maiores dissabores, sofrimentos, perseguição e a própria morte. São Silvério resistiu firme às injustiças e criminosas insinuações da imperatriz, sabendo que esse procedimento provocaria as iras da monarca, como de fato as provocou.

Não é uma imperatriz tirânica, contra cujas exigências devemos defender os nossos princípios cristãos e católicos. O respeito humano é um tirano, a que muitos covardemente se curvam, pondo de lado as obrigações e graves responsabilidades. Superiores há que não se animam a repreender os súditos, com fundado receio de atrair sobre si a justa censura das suas próprias faltas. Súditos há que, para não cair no desagrado dos amos, obedecem às ordens dos mesmos, embora com isso sejam obrigados a praticar grandes injustiças. Patrões fazem-se cúmplices dos vícios dos empregados não se achando com coragem de chamá-los à ordem, com medo destes deixarem o emprego ou fazerem mal o serviço. Para não aborrecer os filhos, pais há que lhes concedem toda a liberdade não havendo dúvida que assim concorrem para a infelicidade eterna deles. Às exigências as mais absurdas e escandalosas da moda cede-se com maior naturalidade embora contra isto se levantem em protesto a consciência, o bom senso e a moral cristã. Por toda a parte vemos novamente essas transigências fáceis, indignas sob todos os pontos de vista, reprováveis, à custa da virtude e do caráter. Sejamos observados do precioso conselho que São João nos dá nas seguintes palavras: “Filhinhos não ameis ao mundo, nem ao que há no mundo. Se alguém ama ao mundo, não há nele o amor do Pai. Porque tudo que há no mundo, é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida, a qual não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa e também sua concupiscência”. (I. Jo. 2, 15 17).

Foto: São Silvério
(20 de Junho)

O pontificado de São Silvério coincide com a ocupação da Itália pelos imperadores bizantinos. A nota característica do seu governo é a firmeza e intrepidez com que defendeu os direitos da igreja, contra a imperatriz Teodora. Eis o fato como os hagiógrafos o relatam.

O Papa Agapito, antecessor de Silvério, tinha deposto o bispo de Constantinopla, Antimo, por este haver defendido a heresia eutiquiana. A imperatriz, fautora da mesma heresia, desejava ver Antino reabilitado na jurisdição episcopal, desejo que Agapito não quis atender e não atendeu. Morto este Papa, Virgílio, diácono romano, apresentou-se à imperatriz Teodora, prometendo-lhe a reabilitação de Antimo se apoiasse sua candidatura ao pontificado. Teodora deu a Virgílio uma carta de apresentação a Belisário, general bizantino, que se achava na Itália, recomendando-lhe apoiasse a eleição.

Entretanto foi eleito Papa Silvério e como tal reconhecido. A este a imperatriz se dirigiu, exigindo a reabilitação dos bispos, por Agapito depostos, e a anulação das decisões do Concílio de Chalcedon, que tinha condenado a heresia de Eutiques. Nesse ofício arrogante Teodora ameaçou o Papa com a deposição, caso não lhe acedesse às exigências. A resposta de Silvério foi respeitosa, mas negativa. Com franqueza e firmeza apostólicas declarou à imperatriz que estaria pronto a sofrer prisão e morte, mas não cederia um ponto das constituições do Concílio.

Teodora não se conformando com esta resposta, ordem deu a Belisário de afastar Silvério de Roma e pôr Virgílio na cadeira de São Pedro. Para não cair no desagrado da imperatriz, Belisário prontificou-se a executar a ordem, mas desejava ter em mãos outros documentos, a pretexto dos quais pudesse proceder contra o Papa. Tirou-o do embaraço sua ímpia mulher Antonina. Esta lhe fez chegar às mãos uma carta falsificada, que trazia as armas e assinatura de Silvério, carta em que o Papa se teria dirigido aos Godos, prometendo-lhes entregar Roma, se lhe viessem em auxílio. Belisário estava a par do que se passava, e bem sabia qual era a autoria da carta. Não obstante, para obsequiar a mulher, citou Silvério à sua presença, mostrou-lhe a carta, acusou-o de alta traição e, sem esperar pela defesa da vítima, ordenou que lhe tirassem as insígnias pontifícias e lhe pusessem um hábito de monge, e assim o mandou para o desterro. No mesmo dia Virgílio assumiu as funções de Sumo Pontífice.

A consternação e indignação dos católicos eram gerais. Só Silvério bendizia a graça de sofrer pela justiça. O Bispo de Pátara, diocese que deu agasalho ao Papa desterrado, pôs-se a caminho de Constantinopla, com intuito de defender a causa de Silvério. Recebido pelo imperador Justiniano, fez-lhe a exposição clara das cousas ocorridas, e mostrou-lhe a injustiça feita ao representante de Cristo. Justiniano ordenou que Silvério fosse imediatamente levado a Roma, e que a permanência na metrópole lhe fosse vedada só no caso de se provar o crime de alta traição. Belisário e o antipapa Virgílio souberam impossibilitar a volta de Silvério para Roma. Apoderaram-se dele e transportaram-no para a ilha Palmaria. Lá o sujeitaram a um tratamento indigno e sobremodo humilhante. Silvério, porém, ficou firme na justa resistência à tirania e usurpação. Longe de reconhecer a autoridade de Virgílio, excomungou-o e deu do exílio sábias leis à igreja. Nunca se lhe ouviu uma palavra sequer de queixa contra os planos e desígnios de Deus. Ao contrário, no meio dos sofrimentos e provações, louvava e enaltecia a sabedoria e bondade da Divina Providência.

Três anos passou Silvério no desterro. Liberato, historiador contemporâneo de Silvério, diz que o Santo Papa morreu de fome. É considerado mártir da Igreja.

Reflexões:

Em São Silvério temos um modelo de perfeito cumpridor dos deveres, que não se deixa demover do caminho da obrigação, embora lhe acarrete isso os maiores dissabores, sofrimentos, perseguição e a própria morte. São Silvério resistiu firme às injustiças e criminosas insinuações da imperatriz, sabendo que esse procedimento provocaria as iras da monarca, como de fato as provocou.

Não é uma imperatriz tirânica, contra cujas exigências devemos defender os nossos princípios cristãos e católicos. O respeito humano é um tirano, a que muitos covardemente se curvam, pondo de lado as obrigações e graves responsabilidades. Superiores há que não se animam a repreender os súditos, com fundado receio de atrair sobre si a justa censura das suas próprias faltas. Súditos há que, para não cair no desagrado dos amos, obedecem às ordens dos mesmos, embora com isso sejam obrigados a praticar grandes injustiças. Patrões fazem-se cúmplices dos vícios dos empregados não se achando com coragem de chamá-los à ordem, com medo destes deixarem o emprego ou fazerem mal o serviço. Para não aborrecer os filhos, pais há que lhes concedem toda a liberdade não havendo dúvida que assim concorrem para a infelicidade eterna deles. Às exigências as mais absurdas e escandalosas da moda cede-se com maior naturalidade embora contra isto se levantem em protesto a consciência, o bom senso e a moral cristã. Por toda a parte vemos novamente essas transigências fáceis, indignas sob todos os pontos de vista, reprováveis, à custa da virtude e do caráter. Sejamos observados do precioso conselho que São João nos dá nas seguintes palavras: “Filhinhos não ameis ao mundo, nem ao que há no mundo. Se alguém ama ao mundo, não há nele o amor do Pai. Porque tudo que há no mundo, é concupiscência da carne, concupiscência  dos olhos e soberba da vida, a qual não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa e também sua concupiscência”. (I. Jo. 2,  15 17).

21 de Junho

São Luís Gonzaga

Considerado o "Patrono da Juventude", São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís - desde cedo - deixou-se possuir por esse amor.

Deixar-se amar por Deus é fonte de santidade.

Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.

Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos.

Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.

São Luís Gonzaga, rogai por nós!

Foto: São Luís Gonzaga
(21 de Junho)

Considerado o

22 de Junho

 

23 de Junho

 

24 de Junho

 

25 de Junho

 

26 de Junho

São Josemaria Escrivá

Josemaria Escrivá nasce em Espanha no dia 9.1.1902 e morre em Roma, a 26.6.1975. A 2 de Outubro de 1928, Deus faz-lhe ver o Opus Dei

1902 - 1914
1902. Uma família cristã
Recordava com agradecimento, como os pais o foram iniciando, a pouco e pouco, na vida cristã

1914 - 1918
Pegadas na neve
Pode surpreender que um motivo de tão pouca importância – umas pegadas na neve – baste para que um adolescente tome uma decisão tão grande: dedicar a sua vida inteira a Deus; mas é essa a linguagem com que Deus costuma chamar os homens, e assim são as respostas, os sinais de fé, das almas generosas que procuram a Deus com sinceridade.

1918 - 1925
Os anos do seminário
Porque vou para sacerdote? O Senhor quer alguma coisa; o que seria? E com um latim de baixa latinidade repetia: Domine, ut videam! Ut sit! Que seja isso que Tu queres e que eu ignoro.

Josemaria pressentia que Deus o estava preparando para qualquer coisa... Que seria? Não sabia.

1925 - 1928
Entre os pobres e os doentes
Entre os pobres e os doentes, os ignorantes, os deserdados, as crianças, encontrava a força para cumprir o imenso projecto que o Senhor tinha colocado nesse dia sobre os seus ombros. Foi a escola da dor, em que a sua alma se temperou.

1928
1928. Fundação do Opus Dei
“Tinha eu vinte e seis anos, a graça de Deus e bom humor, e nada mais. E tinha que fazer o Opus Dei”.
Era o dia 2 de Outubro de 1928, festa dos Anjos da Guarda. O Pe. Josemaria nunca mais esqueceria o som daqueles sinos de igreja…Estava a fazer um retiro.

1928 - 1936
Os primeiros anos
Anos de 1928, 1929, 1930... São Josemaria tinha que levar a cabo aquele querer divino, mas não contava nem com pessoas preparadas, nem com meios económicos ou mecenato para o realizar. Apoiava-se na oração e na mortificação, e pedia sem cessar, aos pobres e enfermos que atendia, que oferecessem as suas dores por aquela intenção.

1936 - 1939
Anos de guerra
Tinha-se desencadeado, além de uma guerra fratricida, uma forte perseguição religiosa, uma das mais sangrentas da história da Igreja.

1938
Recomeçar
Acabada a travessia dos Pirinéus, depois de uma breve estada em Pamplona, fixou residência em Burgos. Daí, no meio de grande penúria, num país devastado, multiplicou-se num apostolado intenso.

1939 - 1946
Ao serviço dos sacerdotes
“Comecei a pregar muitos, muitos retiros – então duravam sete dias – em diversas dioceses de Espanha. Era muito novo, e sentia uma vergonha enorme".

1946
O fundador do Opus Dei viaja a Roma
Cristo, Maria e o Papa eram os grandes amores da sua vida. Agora, por fim, estava alí, muito perta do Vice-Cristo, naquela noite de 23 para 24 de Junho de 1946.

1946 - 1951
Alegrias, dores, esperanças
“Sabeis por que é que a Obra se desenvolveu tanto? Porque fizeram com ela como com um saco de trigo: bateram-lhe, maltrataram-na, mas a semente é tão pequena que não se rompeu; pelo contrário, espalhou-se aos quatro ventos...”

1946 - 1951
Expansão apostólica
De 1946 a 1960 o Opus Dei começou o trabalho apostólico em diversos países: Portugal, Itália, Grã Bretanha, França, Irlanda, Estados Unidos, Quénia, Japão, são só alguns.

1952 - 1970
De cem almas interessam-nos as cem
São Josemaria tinha visto, na luz fundacional do 2 de Outubro, que o Opus Dei se dirigia a todo o tipo de pessoas.

1962 - 1965
O Concílio Vaticano II
Em 25 de Janeiro de 1959, ao saber a notícia da convocatória do Concílio, o fundador do Opus Dei manifestou a sua alegría e esperança e começou a rezar e a pedir orações “pelo feliz êxito dessa grande iniciativa que é o Concílio Ecuménico”.

1970 - 1971
Anos difíceis
”Se rezamos todos juntos, se pomos um pouquito da nossa boa vontade, o Senhor dar-nos-á a sua graça e passará esta noite escura, esta noite tremenda. Virá a aurora, a manhã cheia de sol.”

1970 - 1975
Viagens de catequese
São Josemaria decidiu lançar-se "à arena" para confirmar as gentes na fé e dar-lhes a razão da sua esperança Empreendeu longas viagens por diversos países, onde teve numerosos encontros com pessoas. Ao responder às perguntas que lhe faziam, chegava ao coração e suscitava desejos de renovar a vida cristã

1975
Procuro o Teu rosto, Senhor
A sua alma consumia-se no desejo de contemplar, cara a cara, o rosto do Senhor: "Senhor, tenho ânsias de ver a tua cara, de admirar o teu rosto, de te contemplar...!"

1975
Ajudar-vos-ei mais
No dia 26 de Junho, às 12 da manhã, faleceu no seu lugar de trabalho. A notícia do seu falecimento difundiu-se rapidamente por todo o mundo.

Foto: São Josemaria Escrivá (26 de Junho) Josemaria Escrivá nasce em Espanha no dia 9.1.1902 e morre em Roma, a 26.6.1975. A 2 de Outubro de 1928, Deus faz-lhe ver o Opus Dei 1902 - 1914 1902. Uma família cristã Recordava com agradecimento, como os pais o foram iniciando, a pouco e pouco, na vida cristã 1914 - 1918 Pegadas na neve Pode surpreender que um motivo de tão pouca importância – umas pegadas na neve – baste para que um adolescente tome uma decisão tão grande: dedicar a sua vida inteira a Deus; mas é essa a linguagem com que Deus costuma chamar os homens, e assim são as respostas, os sinais de fé, das almas generosas que procuram a Deus com sinceridade. 1918 - 1925 Os anos do seminário Porque vou para sacerdote? O Senhor quer alguma coisa; o que seria? E com um latim de baixa latinidade repetia: Domine, ut videam! Ut sit! Que seja isso que Tu queres e que eu ignoro. Josemaria pressentia que Deus o estava preparando para qualquer coisa... Que seria? Não sabia. 1925 - 1928 Entre os pobres e os doentes Entre os pobres e os doentes, os ignorantes, os deserdados, as crianças, encontrava a força para cumprir o imenso projecto que o Senhor tinha colocado nesse dia sobre os seus ombros. Foi a escola da dor, em que a sua alma se temperou. 1928 1928. Fundação do Opus Dei “Tinha eu vinte e seis anos, a graça de Deus e bom humor, e nada mais. E tinha que fazer o Opus Dei”. Era o dia 2 de Outubro de 1928, festa dos Anjos da Guarda. O Pe. Josemaria nunca mais esqueceria o som daqueles sinos de igreja…Estava a fazer um retiro. 1928 - 1936 Os primeiros anos Anos de 1928, 1929, 1930... São Josemaria tinha que levar a cabo aquele querer divino, mas não contava nem com pessoas preparadas, nem com meios económicos ou mecenato para o realizar. Apoiava-se na oração e na mortificação, e pedia sem cessar, aos pobres e enfermos que atendia, que oferecessem as suas dores por aquela intenção. 1936 - 1939 Anos de guerra Tinha-se desencadeado, além de uma guerra fratricida, uma forte perseguição religiosa, uma das mais sangrentas da história da Igreja. 1938 Recomeçar Acabada a travessia dos Pirinéus, depois de uma breve estada em Pamplona, fixou residência em Burgos. Daí, no meio de grande penúria, num país devastado, multiplicou-se num apostolado intenso. 1939 - 1946 Ao serviço dos sacerdotes “Comecei a pregar muitos, muitos retiros – então duravam sete dias – em diversas dioceses de Espanha. Era muito novo, e sentia uma vergonha enorme

 

27 de Junho

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Pouco se sabe a respeito da autoria artística do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, apesar de conhecidíssimo pelos católicos do mundo inteiro. Segundo especialistas, há forte indício que o artista seja grego, pois as inscrições estão neste idioma. Esta pintura deve ter sido executada no período compreendido entre os séculos XIII e XIV. A tradução das quatro letras gregas na parte superior da tela significam “Mãe de Deus”. No quadro, o Menino Jesus, ao colo de Nossa Senhora contempla um dos anjos, que respectivamente seguram na mão instrumentos prefigurativos dos sofrimentos futuros, da paixão e morte do Salvador: lança, vara com a esponja, o cálice com fel, cruz e cravos. O quadro é composto de significativos detalhes. O Menino Jesus, amedrontado com a visão dos arcanjos Miguel e Gabriel segurando os referidos instrumentos, busca socorro no colo seguro da Mãe, já que uma das sandálias lhe resta ao pé esquerdo, dependurada só pelo cadarço. Maria o acolhe maternalmente e nos fita com olhar terno, ao mesmo tempo triste, como sinal de apelo à humanidade pelos pecados, causa do sofrimento do seu Filho. A tradução das letras gregas acima do ombro Menino, significam “Jesus Cristo”. Segundo tradições orientais, o quadro, uma pintura em estilo bizantino, é uma reprodução de uma pintura feita por São Lucas, que além de escritor, era também pintor.

Conta-se que este quadro ficava exposto em um templo na Ilha de Creta, e que fora roubado por um negociante que pretendia levá-lo a Roma a fim de vendê-lo. Quando o navio saiu, uma tremenda tempestade formou-se, causando desespero na tripulação. Todos pediram socorro à Deus à Virgem, ocasião em que a tempestade dissipou-se. A embarcação acabou aportando na Itália, mais ou menos na mesma época em que Colombo trazia da América para a Europa a nau “Santa Maria”. O quadro milagroso de Nossa Senhora foi transportado para a cidade de Roma.

Posteriormente, após a morte do ladrão, Maria manifestou-se a diversas pessoas, expressando o desejo de que esse quadro fosse venerado na Igreja de São Mateus (hoje Igreja de Santo Afonso), em Roma, a qual está situada entre as Igrejas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Seu desejo não foi atendido e algum tempo depois, o quadro ficou em poder de uma mulher que tinha uma filha de 6 anos.

Certo dia, Maria apareceu à menininha e lhe indicou um lugar, dizendo: "quero que o quadro seja colocado entre a minha querida Igreja de Santa Maria Maior e a do meu filho São João de Latrão". A própria Virgem Maria, nessa aparição, foi quem deu à menininha o título “Perpétuo Socorro" e lhe manifestou o desejo de ser invocada com este nome. A menina contou o fato à sua mãe e esta resolveu seguir o indicado pela Virgem, entregando a imagem aos padres agostinianos, que residiam na Igreja de São Mateus, onde foi exposta à veneração pública no dia 07 de março de 1499, numa solene procissão. Lá permaneceu por três séculos tornando-se centro de peregrinação católica.

No ano de 1778, por ocasião da guerra civil, o venerável templo foi destruído, mas o quadro foi preservado e graças aos religiosos agostinianos, foi levado a salvo para o seu novo mosteiro, junto à Igreja de Santa Maria in Posterula, lado oposto da cidade.

O último membro da Congregação a fazer profissão religiosa no templo de São Mateus foi o frade Agostinho Orsetti. Com idade avançada e sentindo a proximidade da morte, recebia as visitas de um jovem amigo, Miguel Marchi, a quem lembrou por diversas vezes da Virgem do Perpétuo Socorro: “Não te esqueças, Miguel, - disse ele - que a imagem que está na capela é a mesma que foi por muito tempo venerada em São Mateus. Quantos milagres sucederam!”. Mais tarde, quando o jovem já pertencia à Ordem dos Redentoristas, ouvindo que um confrade seu encontrara documentos preciosos, relatou tudo o que ouvira do Frei Orsetti a respeito do quadro.

Passado algum tempo, o Papa Pio IX chamou para Roma os redentoristas, e nessa ocasião veio à tona a questão sobre a santa imagem. Os padres redentoristas solicitaram ao Papa que o quadro fosse colocado na Igreja de Santo Afonso, construída no mesmo lugar em que estivera a Igreja de São Mateus, ora destruída pela guerra. Atendendo ao pedido, o Papa disse: “É a nossa vontade que a imagem da Santíssima Virgem volte para a Igreja localizada entre Santa Maria Maior e São João de Latrão”. Ao mesmo tempo, deu ordem aos redentoristas que divulgassem a devoção ao mundo inteiro. No dia 26 de abril de 1866, a imagem foi solenemente levada em procissão para o local de sua escolha, a Igreja de Santo Afonso, grande apóstolo e defensor de Maria. A devoção hoje encontra-se presente no mundo inteiro e milhões de cópias foram reproduzidas em todo o globo.

REFLEXÕES

O quadro de Nossa Senhora do Pertétuo Socorro resume, em poucos detalhes, um leque enorme de mensagens. A estampa expressa símbolos altamente significativos da fé: devoção mariana, Nascimento, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. A figura do Menino Jesus remonta o seu divino Nascimento. Ao mesmo tempo, a atitude do Menino diante da visão aterradora, O transporta à mesma sensação que iria sentir no Horto das Oliveiras. Busca Ele, no colo de Maria, Sua Mãe, socorro, proteção, consolo e segurança. Este é o ângulo do espectador em relação ao quadro. Um segundo ângulo, porém, do quadro para o espectador, ou de Maria para a humanidade, traduz um significado tão profundo quanto o primeiro: Maria se coloca como referência diante dos nossos pecados, intercedendo por nós junto a Jesus. Diante dos nossos sofrimentos, Ela é o nosso colo, nossa segurança, nosso Perpétuo Socorro. A riqueza de informações atinge extrema magnitude. Deve ser mesmo reprodução de um quadro de São Lucas, pois quase não dá para conceber como tantas informações possam caber em tão pouco espaço: 1) Parte superior - iniciais em grego para "Mãe de Deus"; 2) Auréola - colocada em 1867 a pedido do Vaticano pelos milagres atribuídos a Ela; 3) Estrela no Véu - Ela, a Estrela do Mar, que traz a Luz ao mundo e a Luz que nos conduz ao porto Seguro da Eternidade; 4) Inicial em grego sobre o arcanjo Miguel - que apresenta a lança, a esponja e o cálice da Paixão; 5) Inicial em grego sobre o arcanjo Gabriel - que apresenta a Cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus; 6) Os olhos de Maria - grandes e voltados para nossas necessidades; 7) A boca pequena de Maria - recolhimento e o silêncio; 8) Iniciais gregas acima do Menino, que significa "Jesus Cristo". 9) Túnica Vermelha - distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora; 10) De mão dada com o Menino - Mão de consolo de Maria, significando também sua intercessão em favor dos homens; 11) Manto azul escuro - Maternidade e Virgindade de Maria; 12) Mão esquerda de Maria - apoio e sustento à humanidade; 13) Fundo Amarelo - representa o ouro, simbolizando a glória do Paraíso; 14) Sandália caída - nosso consolo ante as dificuldades e atropelos da vida.

Foto: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (27 de Junho) Pouco se sabe a respeito da autoria artística do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, apesar de conhecidíssimo pelos católicos do mundo inteiro. Segundo especialistas, há forte indício que o artista seja grego, pois as inscrições estão neste idioma. Esta pintura deve ter sido executada no período compreendido entre os séculos XIII e XIV. A tradução das quatro letras gregas na parte superior da tela significam “Mãe de Deus”. No quadro, o Menino Jesus, ao colo de Nossa Senhora contempla um dos anjos, que respectivamente seguram na mão instrumentos prefigurativos dos sofrimentos futuros, da paixão e morte do Salvador: lança, vara com a esponja, o cálice com fel, cruz e cravos. O quadro é composto de significativos detalhes. O Menino Jesus, amedrontado com a visão dos arcanjos Miguel e Gabriel segurando os referidos instrumentos, busca socorro no colo seguro da Mãe, já que uma das sandálias lhe resta ao pé esquerdo, dependurada só pelo cadarço. Maria o acolhe maternalmente e nos fita com olhar terno, ao mesmo tempo triste, como sinal de apelo à humanidade pelos pecados, causa do sofrimento do seu Filho. A tradução das letras gregas acima do ombro Menino, significam “Jesus Cristo”. Segundo tradições orientais, o quadro, uma pintura em estilo bizantino, é uma reprodução de uma pintura feita por São Lucas, que além de escritor, era também pintor. Conta-se que este quadro ficava exposto em um templo na Ilha de Creta, e que fora roubado por um negociante que pretendia levá-lo a Roma a fim de vendê-lo. Quando o navio saiu, uma tremenda tempestade formou-se, causando desespero na tripulação. Todos pediram socorro à Deus à Virgem, ocasião em que a tempestade dissipou-se. A embarcação acabou aportando na Itália, mais ou menos na mesma época em que Colombo trazia da América para a Europa a nau “Santa Maria”. O quadro milagroso de Nossa Senhora foi transportado para a cidade de Roma. Posteriormente, após a morte do ladrão, Maria manifestou-se a diversas pessoas, expressando o desejo de que esse quadro fosse venerado na Igreja de São Mateus (hoje Igreja de Santo Afonso), em Roma, a qual está situada entre as Igrejas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Seu desejo não foi atendido e algum tempo depois, o quadro ficou em poder de uma mulher que tinha uma filha de 6 anos. Certo dia, Maria apareceu à menininha e lhe indicou um lugar, dizendo:

 

28 de Junho

 

29 de Junho

São Pedro e São Paulo Apóstolos

Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados "os cabeças dos apóstolos" por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.

Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro. Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo.

Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada "aos pés de Gamaliel", um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério. Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação.

Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o "Apóstolo dos gentios".

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

Foto: São Pedro e São Paulo Apóstolos
(29 de Junho)

Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados

30 de Junho

 

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