Capítulo 51

PRECE DE UM CORAÇÃO CONTRITO (MISERERE)

Salmo individual de súplica. Tradicionalmente é conhecido como o “Miserere”, palavra com a qual começa, na sua tradução latina, a Vulgata. É o salmo mais conhecido sobre o arrependimento. Dado tratar do arrependimento pelo pecado, pertence ao número dos “salmos penitenciais”. Aceitando a sua relação com David, como aparece no título (v.1-2), terá de se considerar os dois últimos versículos como um acrescento dos tempos posteriores ao Exílio.

 

1Ao director do coro. Salmo de David.
2Quando o profeta Natan foi ao seu encontro,
depois do adultério com Betsabé.
3Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
4Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.
5Reconheço as minhas culpas
e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
6Contra ti pequei, só contra ti,
fiz o mal diante dos teus olhos;
por isso é justa a tua sentença
e recto o teu julgamento.
7Eis que nasci na culpa
e a minha mãe concebeu-me em pecado.
8Tu aprecias a verdade no íntimo do ser
e ensinas-me a sabedoria no íntimo da alma.
9Purifica-me com o hissope e ficarei puro,
lava-me e ficarei mais branco do que a neve.
10Faz-me ouvir palavras de gozo e alegria
e exultem estes ossos que trituraste.
11Desvia o teu rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas culpas.
12Cria em mim, ó Deus, um coração puro;
renova e dá firmeza ao meu espírito.
13Não me afastes da tua presença,
nem me prives do teu santo espírito!
14Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
15Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos
e os pecadores hão-de voltar para ti.
16Ó Deus, meu salvador, livra-me do crime de sangue,
e a minha língua anunciará a tua justiça.
17Abre, Senhor, os meus lábios,
para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.
18Não te comprazes nos sacrifícios
nem te agrada qualquer holocausto que eu te ofereça.
19O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito;
ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido.
20Pela tua bondade, trata bem a Sião;
reconstrói os muros de Jerusalém.
21Então aceitarás com agrado os sacrifícios devidos,
os holocaustos e as ofertas;
então serão oferecidos novilhos no teu altar.

Capítulo 52

O ÍMPIO PODEROSO

Este salmo poderia ser uma exortação profética, embora pareça misturar igualmente outros géneros literários. Como exortação, desmascara a maldade e louva o bom comportamento dos justos. Talvez uma festa da aliança pudesse ser o espaço ritual próprio para um salmo como este.

 

1Ao director do coro. Poema de David.
2Quando Doeg, o edomita, foi levar a Saul a mensagem de que
David estava na casa de Aimélec.
3Porque te glorias, ó prepotente,
em maltratar continuamente os fiéis a Deus?
4A tua língua é como navalha afiada,
ó fabricador de enganos.
5Preferes o mal ao bem
e a mentira à verdade.
6Só te comprazes com palavras enganosas,
ó língua traiçoeira.
7Por isso Deus vai destruir-te para sempre.
Ele pegará em ti e te arrancará da tua tenda;
Ele há-de retirar-te da terra dos vivos.
8Ao verem isto, os justos ficarão impressionados
e farão troça desse homem, dizendo:
9«Eis o homem que não pôs em Deus a sua força,
mas confiou nas suas riquezas e nas suas maldades.»
10Eu, porém, como oliveira verdejante na casa de Deus,
confio para sempre na sua misericórdia.
11Hei-de louvar-te eternamente por tudo o que fizeste.
Na presença dos teus fiéis,
anunciarei o teu nome, porque és bom.

Capítulo 53

OS ÍMPIOS E O POVO ELEITO (14)

Este salmo poderia ser classificado como exortação profética. É quase igual ao Sl 14, que parece mesmo ter servido como base para a composição deste. A principal diferença é que o Sl 14 trata a Deus sobretudo pelo nome de Javé e o Sl 53 prefere chamar-lhe Deus, (Elohim). Para além deste indício, o facto de falar na restauração, depois do Exílio, aponta para o seu carácter mais recente. A fé em Deus, como base de sobrevivência, é a mensagem destes dois salmos.

 

1Ao director do coro. Em coro. Poema de David.
2O insensato diz em seu coração: «Não há Deus!»
Corruptas e abomináveis são as suas acções;
não há quem faça o bem.
3Do céu, Deus olhou para os seres humanos,
a ver se havia alguém sensato,
alguém que ainda procure a Deus.
4Mas todos se extraviaram e corromperam;
não há quem faça o bem, nem um sequer!
5Acaso não compreenderão os que praticam a iniquidade,
que devoram o meu povo, como quem come pão,
e não invocam a Deus?
6Mas depois tremem de medo,
quando não há razão para tremer,
porque Deus dispersou os ossos dos que te cercam.
Foram confundidos, porque Deus os rejeitou.
7Quem dera que viesse de Sião a salvação de Israel!
Quando Deus reconduzir os cativos do seu povo,
Jacob rejubilará e Israel exultará de alegria.

Capítulo 54

DEUS É O MEU SOCORRO

Salmo individual de súplica. O salmista pede a ajuda de Deus contra os inimigos que põem em perigo a sua vida (v.3-6) e promete oferecer o devido sacrifício de acção de graças, pelo auxílio que lhe virá da parte de Deus (v.7-9).

 

1Ao director do coro. Com instrumentos de cordas.
Poema de David.
2Quando alguns habitantes de Zif foram anunciar a Saul:
«David encontra-se escondido entre nós.»
3Ó meu Deus, salva-me, pelo teu nome;
pelo teu poder, faz-me justiça!
4Ouve, ó Deus, a minha oração,
presta atenção às palavras da minha boca!
5Os soberbos levantam-se contra mim
e os tiranos procuram tirar-me a vida,
sem fazerem nenhum caso de Deus.
6Mas Deus é o meu auxílio,
o Senhor é quem conserva a minha vida.
7Faz com que o mal recaia sobre os meus perseguidores;
extermina-os, pela tua fidelidade.
8De bom grado, eu te oferecerei sacrifícios
e louvarei o teu nome, SENHOR, porque és bom.
9Ele livrou-me de todas as tribulações
e eu vi a derrota dos meus inimigos.

Capítulo 55

ORAÇÃO DO PERSEGUIDO

Mais um salmo individual de súplica. O salmista encontra-se de tal maneira desgostoso, que desejaria fugir para longe. O seu sofrimento parece dever-se à traição de um amigo dos mais íntimos. Mesmo assim, consegue afirmar não só a sua confiança em Deus, como tirar as consequências morais e espirituais da dura experiência por que passou.

 

1Ao director do coro. Com instrumentos de corda.
Poema de David.
2Ouve, ó Deus, a minha oração,
não rejeites a minha súplica.
3Presta-me ouvidos e responde-me;
estou atormentado pela angústia,
4perturbado com a ameaça do inimigo
e com a opressão dos pecadores.
Eles fazem cair a desgraça sobre mim
e perseguem-me com furor.
5O coração aperta-se no meu peito
e os terrores da morte caem sobre mim.
6Apodera-se de mim o terror e o tremor,
e o medo envolve-me.
7E exclamo: «Quem me dera ter asas como a pomba,
para poder voar e encontrar abrigo!»
8Sim, fugiria para bem longe,
e viveria no deserto.
9Iria apressar-me em busca de refúgio
contra o furacão e a tempestade.
10Confunde-os, Senhor, e divide as suas línguas,
pois na cidade só vejo violência e discórdia.
11Dia e noite rondam à volta das muralhas
e dentro delas reina o crime e a intriga.
12Há ruína dentro da cidade,
a opressão e a fraude não desaparecem das suas praças.
13Se me tivesse ultrajado um inimigo,
eu poderia suportá-lo;
se contra mim se levantasse quem me odeia,
desse, eu poderia esconder-me.
14Mas tu, um homem como eu,
meu amigo e confidente,
15com quem eu partilhava conselhos agradáveis,
com quem ia feliz para a casa de Deus!
16Que a morte os surpreenda
e desçam vivos ao mundo dos mortos,
porque a malvadez habita neles,
no fundo do seu coração.
17Quanto a mim, invoco a Deus,
e o SENHOR me salvará.
18À tarde, de manhã e ao meio-dia,
eu me lamento e suspiro,
e Ele há-de ouvir a minha voz.
19Ele resgatou-me dos que me atacavam,
apesar de serem muitos contra mim.
20Deus há-de ouvir-me e humilhá-los,
Ele que reina eternamente,
visto neles não haver emenda,
nem sentirem temor de Deus.
21Levantam a mão contra os próprios amigos
e transgridem a aliança que celebraram.
22A sua boca é mais macia que a manteiga,
mas a guerra está no seu coração;
as suas palavras são mais suaves que o azeite,
quando, afinal, são espadas afiadas.
23«Confia ao SENHOR os teus cuidados
e Ele será o teu sustentáculo;
não permitirá que o justo sucumba para sempre.»
24Tu, ó Deus, hás-de precipitá-los no abismo da morte.
Os homens sanguinários e mentirosos
não viverão metade dos seus dias.
Eu, porém, confio em ti, ó Deus.

Capítulo 56

CONFIANÇA NO MEIO DAS PERSEGUIÇÕES

Salmo individual de súplica. O salmista retoma os temas recorrentes deste género literário: inimigos poderosos, confiança perseverante, maquinações dos inimigos e a certeza de que em breve Deus ouvirá a sua súplica. Mesmo tratando-se de um salmo individual, aparece sempre a consciência de que também está em causa a segurança e o bem-estar de todo o povo, com inimigos entre os outros povos (v.8).

 

1Ao director do coro. Pela melodia «a pomba dos terebintos
longínquos». Elegia. De David, quando os filisteus
se apoderaram dele, em Gat.
2Tem compaixão de mim, ó Deus,
pois há quem me queira destruir,
oprimindo-me e fazendo-me guerra todo o dia.
3Os meus adversários perseguem-me continuamente;
são numerosos, ó Altíssimo, os que lutam contra mim!
4Quando tiver medo, confiarei em ti.
5Celebro a palavra de Deus,
em Deus confio, nada temo:
que mal me poderão fazer os homens?
6Passam todo o dia a difamar-me,
os seus pensamentos são sempre contra mim.
7Para me fazerem mal, amotinam-se e escondem-se,
espiando os meus passos, em busca da minha vida.
8Rejeita-os, ó Deus, por causa da sua maldade;
derruba os povos na tua ira.
9Tu contaste os passos do meu peregrinar,
recolheste e guardaste as minhas lágrimas.
Não está tudo isso anotado no teu livro?
10No dia em que eu te invocar,
os meus inimigos hão-de retroceder;
então ficarei a saber que Deus está por mim.
11Celebro a palavra de Deus,
celebro a palavra do SENHOR.
12Em Deus confio, nada temo:
que mal me poderão fazer os homens?
13Mantenho as promessas que te fiz, ó Deus,
quero cumpri-las com sacrifícios em teu louvor,
14porque salvaste da morte a minha vida,
e os meus pés, da queda,
para andar na presença de Deus,
na terra dos vivos.

Capítulo 57

PRECE CONTRA OS PERSEGUIDORES

Salmo individual de súplica. Junta, progressivamente, uma lamentação e uma acção de graças. A oração está ambientada no templo, onde o salmista espera que a sentença de Deus lhe dê razão.

 

1Ao director do coro. Segundo «Não destruas».
Elegia. De David, quando se escondeu de Saul na caverna.
2Tem compaixão de mim, ó Deus, tem compaixão,
porque em ti me refugio
e me abrigo à sombra das tuas asas,
até que passe o perigo.
3Clamo ao Deus Altíssimo,
ao Deus que faz tudo por mim.
4Que Ele me envie do céu a sua ajuda
e me salve dos que procuram destruir-me;
que Ele envie do céu o seu amor e fidelidade.
5Encontro-me rodeado de leões,
dispostos a devorar os seres humanos;
os seus dentes são como lanças e flechas,
e a sua língua, como uma espada afiada.
6Ó Deus, revela nas alturas a tua grandeza,
e, sobre toda a terra, a tua glória.
7Armaram um laço para os meus pés
para me fazerem cair;
cavaram um fosso diante de mim,
mas foram eles que lá caíram.
8O meu coração está firme, ó Deus,
o meu coração está firme;
quero cantar e salmodiar.
9Ó minha alma, desperta! Despertai, harpa e cítara!
Quero despertar a aurora!
10Hei-de louvar-te, Senhor, entre os povos,
hei-de cantar-te salmos entre as nações;
11pois o teu amor é tão grande que chega ao céu
e a tua fidelidade chega até às nuvens.
12Ó Deus, revela nas alturas a tua grandeza,
e, sobre toda a terra, a tua glória.

Capítulo 58

INVECTIVA CONTRA OS MAUS JUÍZES

Este poderia ser um salmo colectivo de súplica, em que todo o povo expõe as suas queixas contra o mau estado da justiça e a pouca equidade no país. No entanto, a lamentação pode também sair da boca de uma pessoa maltratada pelas injustiças das autoridades. Tudo depende do sentido que se dê às entidades a quem é dirigida a queixa (v.2).

 

1Ao director do coro. Segundo «Não destruas».
De David. Elegia.
2Será que decidis com justiça, ó altos poderes?
Será que julgais os humanos com rectidão?
3Em vez disso, em vossos corações forjais a falsidade,
e com as vossas mãos sustentais a violência no país.
4Os ímpios extraviaram-se desde o seio materno;
os que dizem mentiras erraram desde o seu nascimento.
5O seu veneno é como o das víboras;
fazem-se surdos como as serpentes,
6para não ouvirem a voz dos encantadores,
dos magos peritos em sortilégios.
7Ó Deus, quebra-lhes os dentes!
Arranca, SENHOR, os queixais a esses leões!
8Desapareçam como as águas que correm;
quando atirarem flechas, que as encontrem quebradas.
9Que eles passem, como o caracol a desfazer-se em baba
e como um aborto, que não viu a luz do sol.
10Antes que as suas marmitas sintam o calor
da lenha verde ou seca,
que um furacão os lance para longe.
11O justo há-de alegrar-se ao ver-se vingado,
e, no sangue do ímpio, lavará os pés.
12E os homens dirão: «Sim, existe recompensa para o justo;
de facto, há um Deus que faz justiça sobre a terra.»

Capítulo 59

ORAÇÃO CONTRA OS ÍMPIOS

Este salmo colectivo de súplica vai intercalando lamentação e súplica, concluindo com uma promessa de acção de graças. O seu carácter colectivo tornou-o adequado para representar a causa de toda a nação, face às ameaças dos inimigos.

 

1Ao director do coro. Segundo «Não destruas».
Elegia. De David, quando Saul mandou cercar a sua casa
para o matar.
2Meu Deus, livra-me dos meus inimigos;
protege-me dos que se levantam contra mim.
3Livra-me dos que praticam o mal
e salva-me dos homens sanguinários.
4Vê como armam ciladas à minha vida;
ó SENHOR, conspiram contra mim os poderosos,
sem que eu tenha cometido nenhuma transgressão.
5Sem que eu tenha culpa, agitam-se e preparam-se.
Desperta, SENHOR, e vem Tu em meu auxílio!
6Ó SENHOR, Deus do universo, Deus de Israel,
levanta-te para castigar esses pagãos;
não tenhas compaixão desses traidores.
7Regressam pela tarde, ladrando como cães,
e dão voltas pela cidade.
8As suas palavras ferem como espadas,
e dizem a gritar, em tom feroz:
«Quem é que nos vai ouvir?»
9Mas Tu, SENHOR, escarneces deles,
fazes troça de toda essa gente.
10Ó minha força, é para ti que eu me volto,
pois Tu, ó Deus, és a minha fortaleza.
11O amor do meu Deus virá ao meu encontro,
Deus me fará ver o castigo dos meus opressores.
12Extermina-os, para que o meu povo não se esqueça;
desbarata-os e abate-os com o teu poder,
ó Deus, nosso protector.
13Cada palavra que sai dos seus lábios é um pecado;
que eles sejam vítimas do seu próprio orgulho,
das mentiras e maldições que proferem.
14Extermina-os com a tua ira,
destrói-os para que desapareçam,
para que se saiba que Deus reina em Jacob,
e até aos confins da terra.
15Regressam pela tarde, ladrando como cães,
e dão voltas pela cidade.
16Vagueiam à procura de comida
e, se não se fartam, rondam toda a noite.
17Eu, porém, cantarei o teu poder,
pela manhã celebrarei a tua bondade,
porque foste o meu amparo
e o meu refúgio no dia da tribulação.
18Ó minha força, a ti eu cantarei hinos,
pois Tu, ó Deus, és a minha fortaleza,
o Deus que me tem amor.

Capítulo 60

LAMENTAÇÃO NACIONAL (108,7-14)

Este salmo tem as características de um salmo colectivo de súplica. O contexto é de várias actividades militares e parece ter reunido temas de lamentação, súplica e confiança. Daí o tom de encorajamento com que encerra.

 

1Ao director do coro. Segundo «Um lírio é testemunho».
Elegia. De David. Para ensinar.
2Quando lutou contra Aram Naaraim e contra Aram de Soba,
e Joab, ao regressar, combateu contra Edom, derrotando
doze mil, no Vale do Sal.
3Tu nos rejeitaste, ó Deus, e nos destroçaste;
estás irado, mas restabelece-nos de novo.
4Abalaste a terra e a fendeste.
Repara as suas brechas, porque se desmorona!
5Fizeste que o teu povo passasse duras provas;
deste-nos a beber um vinho inebriante.
6Dá aos teus fiéis um sinal,
para que possam fugir às flechas.
7Para que os teus amigos sejam libertados,
salva-nos com a tua mão direita e responde-nos.
8Deus falou no seu santuário:
«Com alegria dividirei Siquém
e medirei o Vale de Sucot.
9É minha a terra de Guilead e a terra de Manassés,
Efraim é o elmo da minha cabeça e Judá, o meu ceptro real.
10Moab, a bacia em que Eu me lavo;
sobre Edom porei as minhas sandálias
e cantarei vitória sobre a Filisteia!»
11Quem me conduzirá à cidade fortificada?
Quem me guiará até Edom?
12Quem senão Tu, ó Deus, que nos rejeitaste
e já não vais à frente dos nossos exércitos?
13Concede-nos ajuda na tribulação,
porque é vão qualquer socorro humano.
14Com a ajuda de Deus faremos proezas.
Ele calcará aos pés os nossos inimigos.

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