Capítulo 21

ACÇÃO DE GRAÇAS PELO REI

Mais um salmo real. Dado o tom festivo e confiante que o atravessa, poderia até fazer parte do ritual de coroação do rei. Daí os pedidos de ajuda em seu favor e as aclamações de alegria. A salvação de Deus chega ao povo por intermédio da função do rei. Nesse sentido, a causa do rei é igualmente uma causa de Deus.

 

1Ao director do coro. Salmo de David.
2SENHOR, o rei alegra-se com o teu poder
e regozija-se com o teu auxílio.
3Satisfizeste os desejos do seu coração;
não recusaste os pedidos da sua boca.
4Foste ao seu encontro com bênçãos preciosas;
puseste-lhe na cabeça uma coroa de ouro fino.
5Pediu-te a vida e Tu lha concedeste,
vida longa, pelos séculos além.
6Devido à tua ajuda, é grande a sua glória;
cumulaste-o de esplendor e majestade,
7abençoaste-o para sempre
e encheste-o de alegria na tua presença.
8Sim, o rei confia no SENHOR;
com o amor do Altíssimo será inabalável.
9Levantarás a tua mão contra todos os teus inimigos;
a tua direita atingirá os que te odeiam.
10Hás-de reduzi-los a uma fornalha ardente,
quando apareceres para julgar.
O SENHOR há-de engoli-los na sua ira
e serão devorados pelo fogo.
11Farás desaparecer da terra a sua posteridade,
e a sua descendência, de entre os filhos dos homens.
12Se intentarem algum mal contra ti
e pensarem em traição, nada vão conseguir.
13Porque os porás em fuga
e apontarás contra eles o teu arco.
14Levanta-te, SENHOR, com o teu poder
e nós cantaremos e celebraremos a tua força!

Capítulo 22

A PAIXÃO DO JUSTO (Is 53)

Salmo individual de súplica. Exprime de tal forma a experiência do sofrimento, que se tornou modelo de densidade religiosa. Segundo Mt 27,46 e Mc 15,34, Jesus terá utilizado as primeiras palavras deste salmo como oração suplicante quando se encontrava na cruz. Vários outros versículos são aproveitados na narração da Paixão de Jesus (Mt 27,35.43.46). Por isso, este salmo ficou profundamente ligado à Cristologia. Na tradição cristã foi ganhando um timbre quase messiânico. Mas a sua possível ressonância messiânica está ligada à leitura especificamente cristã que dele se fez, pois depende da mais profunda valorização teológica do sofrimento pessoal; ora este era um aspecto menos notório no messianismo real.

 

1Ao Director do coro. Pela melodia «A corça da aurora».
Salmo de David.
2Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste,
rejeitando o meu lamento, o meu grito de socorro?
3Meu Deus, clamo por ti durante o dia e não me respondes;
durante a noite, e não tenho sossego.
4Tu, porém, és o Santo
e habitas na glória de Israel.
5Em ti confiaram os nossos pais;
confiaram e Tu os libertaste.
6A ti clamaram e foram salvos;
confiaram em ti e não foram confundidos.
7Eu, porém, sou um verme e não um homem,
o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe.
8Todos os que me vêem escarnecem de mim;
estendem os lábios e abanam a cabeça.
9«Confiou no SENHOR, Ele que o livre;
Ele que o salve, já que é seu amigo.»
10Na verdade, Tu me tiraste do seio materno;
puseste-me em segurança ao peito de minha mãe.
11Pertenço-te desde o ventre materno;
desde o seio de minha mãe, Tu és o meu Deus.
12Não te afastes de mim, porque estou atribulado
e não há quem me ajude.
13Rodeiam-me touros em manada;
cercam-me touros ferozes de Basan.
14Abrem contra mim as suas fauces,
como leão que despedaça e ruge.
15Fui derramado como água;
e todos os meus ossos se desconjuntaram;
o meu coração tornou-se como cera
e derreteu-se dentro do meu peito.
16A minha garganta secou-se como barro cozido
e a minha língua pegou-se-me ao céu da boca;
reduziste-me ao pó da sepultura.
17Estou rodeado por matilhas de cães,
envolvido por um bando de malfeitores;
trespassaram as minhas mãos e os meus pés:
18posso contar todos os meus ossos.
Eles olham para mim cheios de espanto!
19Repartem entre si as minhas vestes
e sorteiam a minha túnica.
20Mas Tu, SENHOR, não te afastes de mim!
És o meu auxílio: vem socorrer-me depressa!
21Livra a minha alma da espada,
e, das garras dos cães, a minha vida.
22Salva-me da boca dos leões;
livra-me dos chifres dos búfalos.
23Então anunciarei o teu nome aos meus irmãos
e te louvarei no meio da assembleia.
24Vós, que temeis o SENHOR, louvai-o!
Glorificai-o, descendentes de Jacob!
Reverenciai-o, descendentes de Israel!
25Pois Ele não desprezou nem desdenhou a aflição do pobre,
nem desviou dele a sua face;
mas ouviu-o, quando lhe pediu socorro.
26De ti vem o meu louvor na grande assembleia;
cumprirei os meus votos na presença dos teus fiéis.
27Os pobres comerão e serão saciados;
louvarão o SENHOR, os que o procuram.
«Vivam para sempre os vossos corações.»
28Hão-de lembrar-se do SENHOR e voltar-se para Ele
todos os confins da terra;
hão-de prostrar-se diante dele
todos os povos e nações,
29porque ao SENHOR pertence a realeza.
Ele domina sobre todas as nações.
30Diante dele hão-de prostrar-se todos os grandes da terra;
diante dele hão-de inclinar-se todos os que descem ao pó
e assim deixam de viver.
31Uma nova geração o servirá
e narrará aos vindouros as maravilhas do Senhor;
32ao povo que vai nascer dará a conhecer a sua justiça,
contará o que Ele fez.

Capítulo 23

O BOM PASTOR (Ez 34; Jo 10)

Salmo individual de confiança em Deus. É um belo exemplo deste género literário, pela beleza que exprime e pela serenidade que inspira. A protecção de Deus é apresentada com a imagem idílica de um pastor a cuidar do seu rebanho. A relação de protecção assim expressa envolve total compromisso e profunda ternura.

 

1Salmo de David.
O SENHOR é meu pastor: nada me falta.
2Em verdes prados me faz descansar
e conduz-me às águas refrescantes.
3Reconforta a minha alma
e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome.
4Ainda que atravesse vales tenebrosos,
de nenhum mal terei medo
porque Tu estás comigo.
A tua vara e o teu cajado dão-me confiança.
5Preparas a mesa para mim
à vista dos meus inimigos;
ungiste com óleo a minha cabeça;
a minha taça transbordou.
6Na verdade, a tua bondade e o teu amor
hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do SENHOR
para todo o sempre.

Capítulo 24

CÂNTICO PROCESSIONAL (15; Is 33,14-16)

Salmo processional, pertencente ao género literário dos salmos do reino, próximos dos salmos reais, mas relativos à entronização simbólica de Javé como rei. Três temas aparecem bem frisados: a procissão, as portas do santuário e a chegada da glória de Deus. As festas apropriadas para exprimir esta solenidade podem ser várias. Há quem pense numa entronização da Arca da aliança ou então na liturgia da festa das Tendas. Contudo, muitos outros momentos litúrgicos poderiam servir de enquadramento para este salmo.

 

1Salmo de David.
Ao SENHOR pertence a terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam;
2pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.
3Quem poderá subir à montanha do SENHOR
e apresentar-se no seu santuário?
4O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs,
nem jura pelo que é falso.
5Este há-de receber a bênção do SENHOR
e a recompensa de Deus, seu salvador.
6Esta é a geração dos que o procuram,
dos que buscam a face do Deus de Jacob.
7Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos,
que vai entrar o rei glorioso.
8Quem é esse rei glorioso?
É o SENHOR, poderoso herói,
o SENHOR, herói na batalha.
9Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos,
que vai entrar o rei glorioso.
10Quem é Ele, esse rei glorioso?
É o Senhor do universo!
É Ele o rei glorioso.

Capítulo 25

ORAÇÃO, PERDÃO E LIBERTAÇÃO

Salmo individual de súplica. Exprime uma experiência de aflição, mas, ao mesmo tempo, de meditação profunda, o que lhe dá um aspecto sapiencial. Quanto ao passado, o salmista espera que Deus lhe perdoe os pecados; quanto ao futuro, espera que Deus o conduza pelos seus caminhos. Cada um dos primeiros versículos começa por uma letra do alfabeto; é, pois, um “Salmo alfabético”. Só o v.22 está fora deste esquema, devendo ter sido acrescentado em data posterior.

 

1De David.
Para ti, SENHOR, elevo o meu espírito.
2Meu Deus, em ti confio: não seja confundido,
nem escarneçam de mim os inimigos.
3Pois os que esperam em ti não serão confundidos;
mas sejam confundidos os que atraiçoam sem motivo.
4Mostra-me, SENHOR, os teus caminhos
e ensina-me as tuas veredas.
5Dirige-me na tua verdade e ensina-me,
porque Tu és o Deus meu salvador.
Em ti confio sempre.
6Lembra-te, SENHOR, da tua compaixão e do teu amor,
pois eles existem desde sempre.
7Não recordes os meus pecados de juventude e os meus delitos.
Lembra-te de mim, SENHOR,
pelo teu amor e pela tua bondade.
8O SENHOR é bom e justo;
por isso ensina o caminho aos pecadores,
9guia os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer o seu caminho.
10Todos os caminhos do SENHOR são amor e fidelidade,
para os que guardam a sua aliança e os seus preceitos.
11Por amor do teu nome, SENHOR,
perdoa o meu pecado, pois é muito grande.
12Quem é o homem que teme ao SENHOR?
Ele lhe ensinará o caminho a seguir.
13A sua vida decorrerá feliz,
e os seus descendentes possuirão a terra.
14O SENHOR comunica os seus segredos aos que o temem
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.
15Os meus olhos estão sempre postos no SENHOR,
porque Ele tira os meus pés da armadilha.
16Volta-te para mim, SENHOR, e tem compaixão,
porque me encontro só e abandonado.
17Afasta as angústias do meu coração
e livra-me das minhas angústias.
18Vê a minha miséria e o meu sofrimento
e perdoa todos os meus pecados.
19Vê como são numerosos os meus inimigos
e como sentem por mim um ódio implacável.
20Guarda a minha vida e salva-me.
Eu confio em ti, não me deixes ficar envergonhado.
21Que a honestidade e a rectidão me protejam,
pois em ti confiei.
22Ó Deus, livra Israel
de todas as suas angústias!

Capítulo 26

ORAÇÃO DE UM INOCENTE

Salmo individual de súplica. De alguém que se encontra acusado e se declara inocente, mas que, por outro lado, aceita sujeitar-se a ritos de verificação de inocência. As confissões negativas, em que diz não ter cometido os pecados constantes de uma lista, exprimem o código ético essencial daquele tempo. Outro alcance litúrgico deste salmo está no facto de sugerir que a participação no culto implicava um estado de pureza não somente ritual, mas também moral e espiritual bastante exigente.

 

1De David.
SENHOR, faz-me justiça, pois tenho vivido com rectidão;
em ti, SENHOR, confio sem vacilar.
2Examina-me, SENHOR, e põe-me à prova;
purifica-me os rins e o coração.
3Eu tenho a tua bondade diante dos meus olhos
e caminho na tua verdade.
4Não convivo com homens que adoram ídolos,
nem me associo com os traidores.
5Detesto a reunião dos malfeitores,
e não tomo assento com os ímpios.
6Lavo as minhas mãos em sinal de inocência
e ando à volta do teu altar, SENHOR,
7para entoar um cântico de acção de graças
e narrar todas as tuas maravilhas.
8Amo, SENHOR, a beleza da tua casa
e o lugar onde reside a tua glória.
9Não me juntes com os pecadores,
nem a minha vida com os homens sanguinários.
10As suas mãos estão cheias de infâmia
e a sua direita está cheia de suborno.
11Eu, porém, caminho na minha rectidão;
salva-me e tem compaixão de mim!
12Os meus pés seguem por caminho recto;
nas assembleias, bendirei o SENHOR.

Capítulo 27

ORAÇÃO DE CONFIANÇA

Pode ser considerado como salmo individual de confiança ou de súplica. Compõe-se de duas partes: nos v.1-6, partindo de uma situação de grande aflição, o salmista exprime, sobretudo, a confiança; nos v.7-14, e sem referir concretamente os motivos da sua preocupação, a atitude é de súplica. O tom mais suplicante do salmo condiz bem com o facto de, liturgicamente, parecer situar-se antes do sacrifício a que este acto de confiança e de súplica daria lugar.

 

1De David.
O SENHOR é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O SENHOR é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?
2Quando os malvados avançam contra mim, para me devorar,
são eles, meus opressores e inimigos, que resvalam e caem.
3Ainda que um exército me cerque,
o meu coração não temerá.
Mesmo que me declarem guerra,
ainda assim terei confiança.
4Uma só coisa peço ao SENHOR
e ardentemente a desejo:
é habitar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida,
para saborear o seu encanto
e ficar em vigília no seu templo.
5No dia da adversidade, Ele me abrigará na sua cabana;
há-de esconder-me no interior da sua tenda
e colocar-me no alto de um rochedo.
6Agora, Ele ergue a minha cabeça
acima dos inimigos que me rodeiam.
Oferecerei sacrifícios de louvor no seu santuário,
cantarei e entoarei hinos ao SENHOR.
7Ouve, SENHOR, a voz da minha súplica,
tem compaixão de mim e responde-me.
8O meu coração murmura por ti,
os meus olhos te procuram;
é a tua face que eu procuro, SENHOR.
9Não desvies de mim o teu rosto,
nem afastes, com ira, o teu servo.
Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones,
ó Deus, meu salvador!
10Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem,
o SENHOR há-de acolher-me.
11Ensina-me, SENHOR, o teu caminho,
guia-me por sendas direitas,
por causa dos que me perseguem.
12Não me entregues à mercê dos meus inimigos,
pois contra mim se levantaram testemunhas falsas,
que sussurram violência.
13Creio, firmemente, vir a contemplar
a bondade do SENHOR, na terra dos vivos.
14Confia no SENHOR!
Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!

Capítulo 28

SÚPLICA E ACÇÃO DE GRAÇAS

Neste salmo individual de súplica insiste-se no destino do salmista, que se afirma inocente e deve ser separado dos pecadores, cujo castigo se proclama. O salmo alude a um contexto litúrgico, em que se poderia realizar um acto de julgamento. A referência final ao ungido e ao povo (v.8-9) dá mais ressonância ao tema tratado.

 

1De David.
Clamo por ti, SENHOR, meu rochedo;
não fiques surdo à minha voz.
Não suceda que, pelo teu silêncio,
eu seja como os que descem à sepultura.
2Ouve o grito das minhas súplicas quando te invoco,
quando ergo as minhas mãos para o teu santuário.
3Não me arrastes com os pecadores,
com os que praticam a iniquidade;
eles falam de paz com os seus semelhantes,
mas no seu coração existe maldade.
4Retribui-lhes segundo os seus actos,
segundo a malícia dos seus crimes;
retribui-lhes segundo a obra das suas mãos;
dá-lhes a paga que merecem.
5Eles não compreendem as acções do SENHOR,
nem reparam na obra que Ele fez;
por isso, Ele os destruirá
e não os deixará restaurar-se.
6Bendito seja o SENHOR,
pois ouviu o grito das minhas súplicas.
7O SENHOR é a minha força e o meu escudo;
nele confiou o meu coração e Ele socorreu-me;
por isso, hei-de louvá-lo de todo o coração.
8O SENHOR é a força do seu povo,
a fortaleza que salva o seu ungido.
9Salva o teu povo, SENHOR, abençoa a tua herança,
apascenta-o e guia-o para sempre.

Capítulo 29

HINO AO SENHOR DA NATUREZA

Este salmo tem características de um hino à grandeza de Deus, que se manifesta na beleza de uma trovoada, com aspectos que causam terror, mas que no Médio Oriente Antigo são sobretudo considerados como sinal claro e positivo da chuva fertilizante. E essa é uma perspectiva optimista e promissora. Parece ser antigo e tem claros indícios de conservar bastante bem o estilo dos hinos religiosos da tradição cananaica. Javé é apresentado com características semelhantes às do deus Baal, na poesia religiosa de Canaã.

 

1Salmo de David.
Filhos de Deus, prestai ao SENHOR,
prestai ao SENHOR glória e honra.
2Prestai ao Senhor a glória do seu nome,
adorai o SENHOR no seu átrio sagrado.
3A voz do SENHOR ressoa sobre as águas,
o Deus glorioso faz ecoar o seu trovão,
o SENHOR está sobre a vastidão das águas.
4A voz do SENHOR é poderosa,
a voz do SENHOR é cheia de majestade.
5A voz do SENHOR quebra os cedros,
o SENHOR derruba os cedros do Líbano!
6Ele faz saltar o Líbano como um novilho,
e o Sirion, como um bezerro.
7A voz do SENHOR lança chispas de fogo,
8a voz do SENHOR abala o deserto,
o SENHOR faz tremer o deserto de Cadés.
9A voz do SENHOR retorce os carvalhos,
despoja as árvores dos bosques.
No seu santuário todos exclamam: «Glória!»
10Para além do dilúvio, está sentado o SENHOR;
o SENHOR está sentado como rei eterno.
11O SENHOR dá força ao seu povo;
o SENHOR abençoa o seu povo com a paz.

Capítulo 30

ACÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DO PERIGO

Salmo individual de acção de graças. Celebra o resgate do salmista, libertado de uma doença que o deixara às portas da morte. Esta relação é literariamente clara. Mas não é tão claro que este tenha sido um salmo da festa da Dedicação do culto no templo, a Hanuká (v.1), depois de o mesmo templo ter sido profanado pelos Selêucidas, reis helenistas da Síria (1 Mac 4,36-59.59 nota; Jo 10,22).

 

1Salmo. Cântico da dedicação do templo. De David.
2SENHOR, eu te enalteço, porque me salvaste
e não permitiste que os inimigos se rissem de mim.
3Apelei a ti, SENHOR, meu Deus,
e Tu me curaste.
4SENHOR, livraste a minha alma da mansão dos mortos,
poupaste-me a vida, para eu não descer ao túmulo.
5Cantai salmos ao SENHOR, vós que o amais,
e dai-lhe graças, lembrando a sua santidade.
6A sua indignação dura apenas um instante,
mas a sua benevolência é para toda a vida.
Ao cair da noite, vem o pranto;
e, ao amanhecer, volta a alegria.
7Eu dizia na minha felicidade:
«Jamais serei abalado.»
8SENHOR, foste bom para mim e deste-me segurança;
mas, se escondes a tua face, logo fico perturbado.
9Clamo a ti, SENHOR,
e imploro a piedade do meu Deus.
10Que vantagem tiras da minha morte,
e da minha descida à sepultura?
Porventura, poderá o pó louvar-te
ou anunciar a tua fidelidade?
11Ouve-me, SENHOR, tem compaixão de mim;
SENHOR, vem em meu auxílio.
12Tu converteste o meu pranto em festa,
tiraste-me o luto e vestiste-me de júbilo.
13Por isso o meu coração te cantará sem cessar.
SENHOR, meu Deus, eu te louvarei para sempre.

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