Capítulo 41
O Santuário (hêkal) – 1Conduziu-me depois ao Santuário e aí mediu os pilares: tinham seis côvados de largura de um lado e seis do outro lado. 2A largura da porta era de dez côvados. Os lados da porta: cinco côvados de um lado e cinco do outro. Mediu o comprimento: quarenta côvados; e a sua largura: vinte côvados.
O Santo dos Santos (debir) – 3Entrou no interior e mediu o pilar da entrada: dois côvados; depois, a porta: seis côvados; e a largura da porta: sete côvados. 4Mediu o seu comprimento: vinte côvados; e a sua largura: vinte côvados em frente do Santuário. E disse-me: «Aqui é o Santo dos Santos.»
Edifícios laterais – 5Mediu o muro do templo: seis côvados. Mediu a largura dos aposentos laterais: quatro côvados, em toda a volta do templo.
6Os aposentos laterais ficavam sobrepostos, em três andares, em número de trinta; encostavam-se ao muro construído à volta de todo o templo, mantendo a sua segurança, mas sem se apoiarem no muro do templo. 7A largura dos aposentos aumentava de um piso para o outro, porque o templo tinha uma galeria a toda a volta, de modo que, em cima, deixava mais largura para os aposentos; subia-se do andar inferior para o superior, pelo do meio.
8E vi que o templo tinha em toda a volta uma rampa. O fundamento dos aposentos laterais media uma cana inteira de seis côvados.
9O muro exterior dos aposentos tinha uma largura de cinco côvados. Havia um espaço livre entre os compartimentos laterais do edifício. 10Entre os aposentos havia uma largura de vinte côvados, à volta do templo. 11Como entradas dos aposentos laterais para o espaço livre, havia uma entrada para norte e uma para sul. A largura do espaço livre era de cinco côvados em toda a volta.
Edifício ocidental – 12E o edifício que se levantava diante do espaço livre, a ocidente, tinha uma largura de setenta côvados, o seu muro uma largura de cinco côvados em toda a volta, e o seu comprimento era de noventa côvados.
13Mediu o templo: tinha cem côvados de comprimento. O pátio, com o edifício e seus muros, tinha cem côvados. 14A largura da fachada oriental, incluindo o pátio, era de cem côvados. 15Mediu depois o comprimento do edifício ao longo do pátio, pela parte traseira, e o seu pórtico de cada lado: cem côvados.
Ornamentação interior – 16O interior do templo e os vestíbulos do átrio, os limiares, as janelas gradeadas e as galerias em toda a volta, nos três pisos, diante dos limiares, eram forrados de madeira em toda a volta, desde o solo até às janelas; e as janelas estavam revestidas de grades.
17Desde a entrada até ao interior do templo, e do lado de fora, e em todo o muro à volta, por dentro e por fora, 18estavam esculpidos querubins e palmeiras. Havia uma palmeira entre cada dois querubins; cada querubim tinha duas faces: 19uma face de homem voltada para a palmeira de um lado, e uma face de leão para a palmeira do outro lado; era assim em toda a volta do templo. 20Desde o pavimento até à verga da porta, havia querubins e palmeiras, esculpidos na parede do Santuário. 21As ombreiras da entrada do Santuário eram quadradas.
O altar de madeira – Em frente do Santo dos Santos, havia uma espécie de 22altar de madeira com três côvados de altura, dois de comprimento e dois de largura. Os ângulos, base e cantos eram de madeira. O homem disse-me: «Esta é a mesa que está diante do Senhor.»
As portas – 23O lugar Santo tinha uma porta dupla, 24e o Santo dos Santos também tinha uma porta dupla. As portas eram de dois batentes móveis, com duas bandeiras para uma porta e duas para a outra. 25Havia querubins e palmeiras esculpidos nas portas do Santuário e nos muros. Sobre a fachada do Vestíbulo havia, pela parte de fora, um anteparo de madeira. 26Havia janelas gradeadas e palmeiras de uma e de outra parte sobre os lados do Vestíbulo, nos aposentos laterais do templo e nos guarda-ventos.
Capítulo 42
Dependências do templo – 1O homem fez-me sair para o átrio exterior do lado setentrional e conduziu-me aos aposentos que ficavam em frente do pátio, ou seja, em frente do edifício, para norte.
2Na fachada, onde ficava a porta setentrional, o comprimento era de cem côvados e a largura de cinquenta côvados. 3Em frente dos pórticos do átrio interior e do pavimento do átrio exterior, ficava uma galeria diante da galeria tripla. 4Em frente dos aposentos, havia um claustro de dez côvados de largura e um corredor para o interior, de um côvado de largura; as suas portas davam para norte.
5Os compartimentos superiores eram mais estreitos do que os inferiores e do que os do meio do edifício, porque as galerias alargavam-se sobre eles. 6De facto, elas estavam divididas em três pisos e não tinham colunas como o átrio. Por isso, elas eram mais estreitas que as de baixo e do que as do meio, a partir do solo.
7O muro exterior, paralelo aos aposentos, do lado do átrio exterior, tinha cinquenta côvados de comprimento, 8porque o comprimento dos aposentos do átrio exterior era de cinquenta côvados, enquanto os lados do Santuário tinham cem côvados. 9Por baixo destes aposentos ficava a entrada oriental, que dava acesso a quem vinha do átrio exterior.
10Havia ainda aposentos sobre a largura do muro do átrio do lado meridional, em frente do pátio e do edifício. 11Diante deles, corria uma ala, como diante dos aposentos situados a norte, com o mesmo comprimento e a mesma largura; com idênticas saídas, disposição e portas. 12O mesmo sucedia com as portas dos aposentos do lado sul. Havia uma porta à entrada da ala, que ficava diante do muro do lado oriental, pela qual se chegava lá.
13E ele disse-me: «Os aposentos do lado setentrional e os do lado meridional, que dão para o pátio, são os aposentos sagrados, onde os sacerdotes que se aproximam do Senhor comerão coisas muito santas; aí deporão coisas muito santas: a oblação, o sacrifício pelo pecado e o sacrifício de reparação, porque é um lugar santo. 14Quando os sacerdotes aí tiverem entrado, não sairão do Santuário para irem para o átrio exterior, mas deporão lá as suas vestes com as quais exercem o seu múnus; porque estas vestes são santas; revestir-se-ão de outras para se aproximarem dos lugares destinados ao povo.»
Dimensões do Vestíbulo – 15Tendo concluído a medição do interior do templo, fez-me sair pela porta que ficava a oriente e mediu o muro em toda a volta. 16Mediu o lado oriental com a cana que servia para medir: quinhentas canas em toda a volta. 17Mediu o lado setentrional com a cana que servia para medir: quinhentas canas em toda a volta.
18Depois mediu o lado meridional: quinhentas canas, segundo a cana de medir. 19À volta, do lado ocidental, mediu quinhentas canas com a cana de medir. 20Nos quatro lados mediu o muro da cerca, em toda a volta: quinhentos côvados de comprimento e quinhentos de largura, para separar o sagrado do profano.
Capítulo 43
A glória de Deus regressa ao templo (10,18-22; 11,22-25; Ex 40,34-38; 1 Rs 8,10-11) – 1Conduziu-me ao pórtico, ao pórtico que dá para oriente. 2E eis que a glória do Deus de Israel chegava do lado do oriente. Um ruído a acompanhava, semelhante ao ruído de grandes águas, e a terra resplandecia com a sua glória.
3Esta visão recordava-me a que eu tinha tido, quando Ele viera para destruir a cidade, e também o que eu tinha visto junto ao rio Cabar. Então, caí com o rosto por terra. 4A glória do Senhor entrou no templo pelo pórtico que dá para Oriente. 5O espírito conduziu-me e levou-me para o átrio interior. E eis que a glória do Senhor enchia o templo.
6Eu ouvi que alguém me falava, no templo; e o homem estava de pé junto a mim. 7E disse-me: «Filho de homem, aqui é o lugar do meu trono, o lugar onde coloco a planta dos meus pés, a minha residência definitiva entre os filhos de Israel, para sempre. A casa de Israel e os seus reis não profanarão mais o meu santo nome com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, 8colocando a sua soleira junto da minha soleira e a sua porta junto da minha porta, estabelecendo um muro comum entre mim e eles. Eles profanavam o meu santo nome pelas práticas abomináveis a que se entregavam. Por isso, na minha ira os aniquilei. 9A partir de agora, eles afastarão de mim as suas prostituições e os cadáveres dos seus reis, e Eu habitarei no meio deles para sempre.»
As normas do templo – 10«Tu, filho de homem, mostra o plano deste templo à casa de Israel, para que eles se envergonhem das suas iniquidades. Que eles meçam o plano, 11e se eles tiverem vergonha da sua conduta, ensina-lhes a forma do templo e o seu plano, as suas saídas e entradas, a sua forma e todas as suas disposições, toda a sua forma e todas as suas leis.
Põe tudo isto por escrito diante dos seus olhos, para que eles observem a sua forma e todas as suas disposições e se conformem com elas.
12Eis a lei do templo: no cimo da montanha, todo o espaço que o cerca é um espaço muito santo. Tal é a lei do templo.»
O altar – 13«Eis as medidas do altar, em côvados, tendo cada côvado uma mão a mais do que o côvado normal: a base tinha um côvado de altura e um de largura; o rebordo que o contorna em toda a volta tem um palmo. Tal é o suporte do altar.
14Desde a base que está ao nível do solo até ao entablamento inferior havia dois côvados de altura e um côvado de largura; do pequeno entablamento ao grande são quatro côvados de altura por um de largura. 15O altar do fogo tinha quatro côvados de altura e nos cantos do altar havia quatro hastes.
16O altar tinha doze côvados de comprimento, por doze de largura, formando assim um quadrado. 17E a base: catorze côvados de comprimento por catorze de largura, formando um quadrado. O rebordo que faz o contorno: meio côvado; e a base: um côvado em toda a volta. Os degraus estavam voltados para o oriente.»
Consagração do altar – 18E ele disse-me: «Filho de homem, assim fala o Senhor Deus: Eis as leis acerca do altar, para o dia em que será construído, para nele se sacrificarem holocaustos e se derramar o sangue. 19Darás aos sacerdotes levitas, os que descendem de Sadoc e que se aproximam de mim para me servir – oráculo do Senhor Deus – um bezerro para o sacrifício pelo pecado. 20Tomarás do seu sangue para o espalhar pelos quatro chifres do altar, pelos quatro ângulos da base e pelo rebordo que o rodeia; purificarás assim o altar e isso será a sua expiação. 21Tomarás, depois, o bezerro do sacrifício pelo pecado para o consumir pelo fogo no lugar destinado fora do Santuário.
22No segundo dia, oferecerás em expiação um bode sem defeito; assim se purificará o altar, como se fez com o bezerro. 23Quando tiveres concluído a purificação, oferecerás um bezerro sem defeito, e um carneiro do rebanho, também sem defeito. 24Tu os apresentarás diante do Senhor e os sacerdotes lançarão sobre eles sal e os oferecerão em holocausto ao Senhor. 25Durante sete dias oferecerás em sacrifício um bode, em sacrifício pelo pecado, diariamente; e sacrificar-se-á também um bezerro e um carneiro do rebanho, ambos sem defeito, 26durante sete dias. É assim que se fará a expiação do altar; hão-de purificá-lo e inaugurá-lo.
27Passado este tempo, a partir do oitavo dia em diante, os sacerdotes oferecerão sobre o altar os vossos holocaustos e os vossos sacrifícios de comunhão. E Eu vos serei favorável» – oráculo do Senhor Deus.
Capítulo 44
O lugar do príncipe – 1Ele conduziu-me ao pórtico exterior do Santuário, do lado oriental. Mas estava fechado. 2E o Senhor disse-me: «Este pórtico será fechado. Não será aberto, e ninguém passará por ele, porque o Senhor, o Deus de Israel, entrou por ele. Ficará, pois, fechado. 3Mas o príncipe, ele, poderá sentar-se aí para tomar a sua refeição diante do Senhor. É pelo Vestíbulo do pórtico que entrará e por ele sairá.»
Deveres dos levitas – 4Conduziu-me, depois, ao pórtico setentrional, diante do templo; olhei e eis que a glória do Senhor enchia o templo do Senhor e eu caí com a face por terra. 5O Senhor disse-me:
«Filho de homem, presta atenção e olha bem; escuta com todo o cuidado o que te vou explicar: estas são todas as disposições do templo do Senhor e todas as suas leis. Considera atentamente quem entra no templo e quem dele sai.
6Dirás aos rebeldes da casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Israelitas, basta! Chega de abominações! 7Introduzistes no meu Santuário estrangeiros incircuncisos de coração e incircuncisos de corpo, para profanar o meu templo; oferecestes o meu pão, a gordura e o sangue aos vossos ídolos e violastes a minha Aliança. 8Em vez de vos ocupardes, vós mesmos, do serviço do meu Santuário, encarregastes esses estrangeiros de o fazer. 9Assim fala o Senhor Deus: Nenhum estrangeiro, nenhum incircunciso de coração e de corpo entrará no meu Santuário; nenhum estrangeiro que se encontre entre os filhos de Israel.
10Além disso, os levitas que se afastaram de mim, quando Israel se desviou para longe de mim, para seguir os seus ídolos, carregarão o peso das suas iniquidades. 11Serão, no meu Santuário, servidores encarregados da guarda das portas do templo e farão o serviço do templo. São eles que degolarão as vítimas do holocausto e o sacrifício pelo povo. E ficarão à disposição do povo para todo o serviço. 12Porque eles se colocaram ao seu serviço diante dos seus ídolos, e porque eles fizeram cair no pecado a casa de Israel, Eu levanto a minha mão contra eles – diz o Senhor Deus – para que carreguem o peso da sua iniquidade.
13Eles não se aproximarão mais de mim para me servir no sacerdócio, nem para tocar nas minhas coisas santas e nas coisas muito santas; carregarão o peso da sua ignomínia e das suas práticas abomináveis. 14Eu os encarregarei da guarda do templo; Eu lhes confiarei todo o seu serviço e tudo o que deve ser feito.»
Deveres e direitos dos sacerdotes – 15«Mas os sacerdotes levitas, filhos de Sadoc, que exerceram o serviço do meu Santuário, quando os filhos de Israel se afastaram de mim, esses aproximar-se-ão de mim para me servir. Estarão na minha presença para me oferecer a gordura e o sangue – oráculo do Senhor Deus.
16São eles que entrarão no meu Santuário e se aproximarão da minha mesa para me servir; eles estarão ao meu serviço. 17Ao transporem as portas do Vestíbulo interior, revestir-se-ão de vestes de linho; nada terão sobre si que seja de lã, quando servirem nos pórticos do Vestíbulo interior e no templo. 18Usarão tiaras de linho na cabeça, cingirão os rins com calções de linho; não trarão cintos que possam causar a transpiração.
19Quando saírem para o Vestíbulo exterior, para junto do povo, tirarão as vestes do serviço litúrgico e depô-las-ão nos aposentos do Santuário; revestir-se-ão de outras vestes, a fim de não mancharem o povo, pelo contacto com as vestes sagradas. 20Não raparão a cabeça, nem jamais deixarão crescer o cabelo; mas deverão cortá-lo devidamente. 21Nenhum sacerdote beberá vinho, quando entrar no Vestíbulo interior. 22Não desposará nenhuma viúva, nenhuma mulher repudiada, mas sim virgens da estirpe da casa de Israel. Poderão também desposar a viúva de um sacerdote.
23Ensinarão o meu povo a distinguir o que é santo do que é profano. Darão a conhecer a diferença entre o que é impuro e o que é puro. 24Nas contendas, terão de julgar e fá-lo-ão segundo o direito que Eu estabeleci. Observarão as minhas leis e regras em todas as festas e santificarão os meus sábados.
25Não terão contactos com cadáveres humanos para não ficarem impuros; contudo, tratando-se do pai, da mãe, do filho ou da filha, de um irmão ou de uma irmã solteira, não ficarão impuros. 26Após a sua purificação, serão contados sete dias. 27Depois, no dia em que entrar no Santuário, no átrio interior, para exercer a sua função, oferecerá o seu sacrifício pelo pecado –oráculo do Senhor Deus.
28Eles não terão herança; Eu é que serei a sua herança. 29Eles comerão as oblações e as vítimas dos sacrifícios pelo pecado e dos sacrifícios de reparação. Tudo o que for consagrado a Deus em exclusivo, em Israel, será para eles. 30O melhor de todas as suas primícias e de todas as espécies de oferendas, de tudo o que oferecerdes, será para os sacerdotes; e o melhor dos vossos alimentos dá-lo-eis aos sacerdotes, para fazer atrair bênçãos sobre as vossas moradas. 31Os sacerdotes não devem comer de animais mortos naturalmente ou despedaçados por qualquer ave ou fera.»
Capítulo 45
Território reservado a Deus (Js 13-21) – 1«Quando repartirdes por sortes o país, reservareis para o Senhor a parte santa do território, com vinte e cinco mil côvados de comprimento e vinte mil de largura. Este espaço será santo em toda a extensão. 2Desta porção, haverá para o Santuário uma parte quadrada de quinhentos côvados de comprimento por quinhentos de largura, com uma margem de espaço livre de cinquenta côvados, à volta.
3Nesta superfície medirás vinte e cinco mil côvados de comprimento e dez mil de largura para o Santuário, para o Santo dos Santos. 4É a porção santa do país; pertencerá aos sacerdotes que servem no Santuário e que se aproximam do Senhor para o servir. É aí que terão as suas casas e um território consagrado ao Santuário.
5Um território de vinte e cinco mil côvados de comprimento por dez mil de largura será reservado aos levitas servidores do templo em propriedade, como cidades para nelas habitarem. 6Dareis em propriedade à cidade um território de cinco mil côvados de largura por vinte e cinco mil de comprimento, junto à parte do Santuário, a qual pertencerá a toda a casa de Israel.»
A porção do príncipe – 7«Para o príncipe será reservado um espaço de um e outro lado, ao longo da propriedade sagrada e o património da cidade, na direcção do ocidente, voltado para ocidente, e na direcção do oriente, voltado para oriente, numa extensão igual à de cada parte desde a fronteira ocidental até à fronteira oriental. 8Isto será o seu domínio em Israel; e assim os meus príncipes não oprimirão mais o meu povo; deixarão o país à casa de Israel, às suas tribos.»
Deveres e direitos do príncipe – 9«Assim fala o Senhor Deus: Príncipes de Israel, basta de violências e rapinas. Ponde em prática o direito e a justiça, acabai com vossas extorsões contra o meu povo – oráculo do Senhor Deus. 10Tende balanças justas, um efá justo, um bat justo. 11O efá e o bat terão a mesma capacidade: o bat terá a décima parte de um hómer; e o efá igualmente a décima parte de um hómer; a capacidade deles terá como base o hómer. 12O siclo valerá vinte gueras. Vinte siclos, mais vinte e cinco siclos e mais quinze siclos farão uma mina.»
Oferta para o culto – 13«Eis a oferta que separareis: a sexta parte de um efá em cada hómer de trigo; e a sexta parte de um efá em cada hómer de cevada. 14Para o azeite, a oferta será a décima parte de um bat por cada coro; um coro equivale a um hómer e, por isso, dez bats correspondem a um hómer.
15Reservar-se-á uma ovelha em cada rebanho de duzentas cabeças para as oblações, holocaustos e sacrifícios de comunhão, e para servir de vítima expiatória sobre eles – oráculo do Senhor Deus. 16Todo o povo do país deverá fazer esta oferenda para o príncipe de Israel. 17Mas o príncipe ficará encarregado dos holocaustos, das oblações, das libações, das festas da Lua-nova, dos sábados e de todas as solenidades da casa de Israel. Ele oferecerá o sacrifício pelo pecado, a oblação, o holocausto e o sacrifício de comunhão pela expiação da casa de Israel.»
18«Assim fala o Senhor Deus: No primeiro mês, no primeiro dia do mês, tomarão um bezerro sem defeito, para fazer a expiação do Santuário. 19O sacerdote tomará o sangue da vítima pelo pecado e aspergi-lo-á sobre a porta do templo e sobre os ângulos da base do altar e sobre as portas do Vestíbulo interior. 20Assim farás também, no sétimo dia do mês, por aquele que pecar involuntariamente ou por imprudência. Desse modo, purificareis o templo.
Festa da Páscoa (Ex 12,1-27;Lv 23,5-8; Nm 28,16-25;Dt 16,1-8;2 Cr 35,1-19) – 21No primeiro mês, no décimo quarto dia, celebrareis a Páscoa. A festa durará sete dias, e durante eles comereis pão ázimo. 22O príncipe oferecerá nesse dia, por ele e por todo o povo do país, um touro em sacrifício pelo pecado. 23Durante os sete dias da festa, oferecerá em holocausto ao Senhor sete touros e sete carneiros sem defeito, em cada um dos sete dias, e do mesmo modo, um bode por dia, em sacrifício pelo pecado. 24E em oblação, oferecerá um efá por cada touro e um efá por cada carneiro, com um hin de azeite por efá.»
Festa das Tendas (Lv 23,33-36; Dt 16, 13-15; Jo 7) – 25«No sétimo mês, no décimo quinto dia, por ocasião da festa, ele fará o mesmo durante sete dias, oferecendo o sacrifício pelo pecado, o holocausto, a oblação e o azeite.»
Capítulo 46
O Sábado e a Lua-nova – 1«Assim fala o Senhor Deus: O pórtico do Vestíbulo interior do lado do oriente ficará fechado durante os seis dias de trabalho; mas, ao sábado, será aberto e também no dia da Lua-nova. 2O príncipe, vindo do exterior, entrará pelo Vestíbulo do pórtico, colocar-se-á ao lado da porta, enquanto os sacerdotes oferecerão o seu holocausto e os sacrifícios de comunhão. Ele prostrar-se-á à entrada do pórtico e depois retirar-se-á; mas o pórtico não será fechado até à tarde. 3O povo do país prostrar-se-á diante do Senhor, à entrada deste pórtico, nos sábados e nos dias de Lua-nova.
4O holocausto que o príncipe oferecerá ao Senhor, no sábado, será de seis cordeiros sem defeito e de um carneiro também sem defeito. 5A oferenda será de um efá de farinha para o carneiro, e do que ele quiser para os cordeiros, com um hin de azeite por cada efá. 6No dia da Lua-nova, oferecerá um bezerro sem defeito, seis cordeiros e um carneiro também sem defeito. 7E a sua oferenda será um efá pelo touro, um efá pelo carneiro e o que ele quiser pelos cordeiros, com um hin de azeite por cada efá.»
Normas várias – 8«Quando o príncipe entrar, será pelo Vestíbulo do pórtico que entrará, e é por ele que também sairá. 9E quando o povo de Israel vier diante do Senhor por ocasião das solenidades, os que entrarem pelo pórtico setentrional sairão pelo pórtico meridional; e os que entrarem pelo pórtico meridional sairão pelo pórtico setentrional. Não saem por onde entraram, mas pelo pórtico que fica em frente. 10O príncipe ficará entre eles, entrando e saindo com eles. 11Por ocasião das festas e solenidades, a oferta será de um efá por touro, de um efá pelo carneiro, e do que se quiser pelos cordeiros, com um hin de azeite por cada efá.
12Quando o príncipe quiser oferecer ao Senhor um holocausto voluntário ou um sacrifício de comunhão, abrir-se-lhe-á a porta que dá para o oriente; e oferecerá o seu holocausto e o seu sacrifício de comunhão, como faz em dia de sábado. Logo que tiver saído, fechar-se-á o pórtico imediatamente atrás dele. 13E ele oferecerá todos os dias em holocausto ao Senhor um cordeiro de um ano, sem defeito: todas as manhãs o oferecerá. 14Com o cordeiro, todas as manhãs oferecerá ao Senhor, como oblação, a sexta parte de um efá e um terço de um hin de azeite, para humedecer a farinha. É a oferenda ao Senhor, uma lei perpétua para sempre. 15Será oferecido o cordeiro, a oferenda e o azeite, todas as manhãs, como holocausto perpétuo.
16Assim fala o Senhor Deus: Se o príncipe faz a um dos seus filhos uma doação do que possui, essa oblação pertencerá aos filhos, a título de propriedade patrimonial. 17Mas se ele faz a um dos seus servos uma doação semelhante, ela pertencer-lhe-á até ao ano da libertação; depois voltará para o príncipe. É só para os filhos que ficará a sua herança. 18O príncipe não usurpará nada da herança do povo, despojando alguém do que é seu. É unicamente do que possui que dará em herança a seus filhos, para que ninguém do meu povo seja privado de seus bens.»
19Conduziu-me pela entrada que fica ao lado do pórtico aos aposentos do Santo reservados aos sacerdotes, na direcção norte. E eis que ao fundo ficava um espaço, na direcção ocidental. 20Ele disse-me: «É o lugar onde os sacerdotes cozem as vítimas dos sacrifícios pelo pecado e dos sacrifícios de reparação, onde cozerão a oferenda, a fim de evitar de as levar para o Vestíbulo exterior, para não manchar o povo pelo contacto com o sagrado.»
21Conduziu-me, depois, ao Vestíbulo exterior e fez-me passar junto dos quatro ângulos do Vestíbulo; em cada ângulo do Vestíbulo havia um pátio. 22Ou seja, nos quatro ângulos do Vestíbulo havia quatro pequenos pátios com quarenta côvados de comprimento e trinta de largura: tinham todos as mesmas dimensões. 23Contornava-os um muro a todos os quatro; junto à base do muro, em toda a volta, estavam colocadas lareiras. 24E ele disse-me: «São as lareiras onde os servidores do templo cozerão as vítimas dos sacrifícios do povo.»
Capítulo 47
Uma nascente no templo (Sl 46,5;Jl 4,18; Zc 14,8; Jo 7; Ap 22,1-2) – 1Conduziu-me para a entrada do templo, e eis que saía água da sua parte subterrânea, em direcção ao oriente, porque o templo estava voltado para oriente. A água brotava da parte de baixo do lado direito do templo, a sul do altar.
2Fez-me sair pelo pórtico setentrional e contornar o templo por fora, até ao pórtico exterior oriental; vi rebentar a água do lado direito. 3O homem avançou para oriente com o cordel que tinha na mão, e mediu mil côvados; depois fez-me atravessar a água; ela chegava-me até aos tornozelos. 4Mediu ainda mil côvados e fez-me atravessar a água; ela chegava-me aos joelhos. Mediu ainda mil côvados e fez-me atravessar a água; chegava-me aos quadris. 5Mediu ainda mil côvados; era uma torrente que eu não conseguia atravessar, porque a água era tão profunda que era necessário nadar. Efectivamente, era uma torrente que não se podia atravessar.
6E Ele disse-me: «Viste, filho de homem?» E levou-me até à beira da torrente. 7Quando aí cheguei, eis que à beira da torrente havia grande quantidade de árvores, em cada uma das margens. 8Ele disse-me: «Esta água corre para o território oriental, desce para a Arabá e dirige-se para o mar; quando chegar ao mar, as suas águas tornar-se-ão salubres. 9Por onde quer que a torrente passar, todo o ser vivo que se move viverá. O peixe será muito abundante, porque aonde quer que esta água chegar, tornar-se-á salubre; e a vida desenvolver-se-á por toda a parte onde ela chegar.
10Haverá pescadores nas suas margens; desde En-Guédi até En-Eglaim serão lançadas redes; haverá peixes da mesma espécie que os peixes do mar Grande, e em grande número. 11Mas os seus pântanos e charcos não serão saneados; serão abandonados ao sal. 12Ao longo da torrente, nas suas margens, crescerá toda a espécie de árvores frutíferas, cuja folhagem não murchará e cujos frutos nunca cessam: produzirão todos os meses frutos novos, porque esta água vem do santuário. Os frutos servirão de alimento, e as folhas, de remédio.»
Limites do país – 13«Assim fala o Senhor Deus: Eis os limites do país que distribuireis pelas doze tribos de Israel, ficando José com duas partes. 14Tereis todos igualmente a vossa parte, porque Eu jurei solenemente a vossos pais que lha daria; por isso, este país deve tocar-vos em herança.
15Eis os limites do país: do lado norte, desde o mar Grande, caminho de Hetelon, até à entrada de Cedad, 16Hamat, Berota, Sibraim, entre a fronteira de Damasco e a de Hamat, Haçar-Ticon, que está na fronteira de Hauran. 17E a fronteira estender-se-á desde o mar até Haçar-Enon, fronteira de Damasco, ao norte, e a de Hamat. Isto do lado norte. 18A oriente, entre o Hauran e Damasco, entre Guilead e o país de Israel.
O Jordão servirá de fronteira até ao mar oriental, na direcção de Tamar; é a fronteira oriental. 19E a do lado meridional: para sul, de Tamar até às águas de Meribá, de Cadés até à torrente, na direcção do mar Grande. É a fronteira meridional. 20A oeste: o mar Grande servirá de limite até à entrada de Hamat. É a fronteira ocidental.»
Os estrangeiros – 21«Dividireis entre vós este país, entre as doze tribos de Israel. 22Vós o dividireis em herança para vós e para os estrangeiros que habitam no meio de vós e que geraram filhos no meio de vós, porque os deveis tratar como cidadãos israelitas. Convosco, eles tirarão à sorte a herança no meio das tribos de Israel. 23Na tribo onde ele habita, é lá que dareis ao estrangeiro a sua herança» –oráculo do Senhor Deus.
Capítulo 48
Divisão do país – 1«Eis os nomes das tribos. Da extremidade norte do país, em direcção a Hetelon até Hamat, Haçar-Enon, fronteira de Damasco, ao norte, ao longo de Hamat; e desde a fronteira oriental até ao mar pertence a Dan; é uma parte.
2No limite de Dan, desde a fronteira oriental até à fronteira ocidental, a parte de Aser.
3No limite de Aser, da fronteira oriental até à fronteira ocidental, a parte de Neftali.
4No limite de Neftali, desde a fronteira oriental até à fronteira ocidental, a parte de Manassés.
5No limite de Manassés, da fronteira oriental até à fronteira ocidental, a parte de Efraim.
6No limite de Efraim, desde a fronteira oriental até à fronteira ocidental, a parte de Rúben.
7No limite de Rúben, da fronteira oriental até à fronteira ocidental, a parte de Judá.
8No limite de Judá, desde a fronteira oriental até à fronteira ocidental, ficará a parte que reservareis antecipadamente, com uma largura de vinte e cinco mil côvados e um comprimento igual à das outras partes de leste a oeste. O Santuário ficará no meio.
9A parte que antecipadamente reservareis para o Senhor terá vinte e cinco mil côvados de comprimento por dez mil de largura. 10Esta parte santa pertencerá aos sacerdotes: vinte e cinco mil côvados a norte, dez mil de largura a ocidente, dez mil de largura a oriente, e vinte e cinco mil de comprimento a sul. E o Santuário do Senhor ficará ao centro. 11Pertencerá aos sacerdotes consagrados, os filhos de Sadoc, que asseguraram o meu serviço, que não se afastaram quando os filhos de Israel se afastaram, como fizeram os levitas. 12Ela lhes pertencerá como porção sagrada, reservada na parte santa do país, junto ao território dos levitas.
13Os levitas ocuparão igualmente ao longo do limite dos sacerdotes, um espaço de vinte e cinco mil côvados de comprimento e dez mil de largura; comprimento total: vinte e cinco mil côvados; largura: dez mil côvados. 14Não poderão vender ou trocar nada do território; e as primícias do país não poderão ser alienadas, porque são propriedade consagrada ao Senhor.
15Os cinco mil côvados de largura que ficarem, por vinte e cinco mil de comprimento, formarão um espaço profano destinado à cidade, aos seus habitantes e para terreno deles. Ao centro ficará à cidade. 16E eis as suas dimensões: do lado setentrional, quatro mil e quinhentos côvados; do lado meridional, quatro mil e quinhentos côvados; do lado oriental, quatro mil e quinhentos côvados; e do lado ocidental, quatro mil e quinhentos côvados. 17Os arrabaldes da cidade terão duzentos e cinquenta côvados para norte; duzentos e cinquenta para sul; duzentos e cinquenta para oriente; e duzentos e cinquenta para ocidente. 18Ficará, ao lado da parte consagrada, uma extensão de dez mil côvados para oriente e dez mil para ocidente, paralela à parte consagrada, cujos produtos servirão para sustento dos trabalhadores da cidade.
19Ora, os que trabalharão na cidade serão recrutados de todas as tribos de Israel. 20Toda a parte reservada terá uma extensão de vinte e cinco mil côvados de comprimento por vinte e cinco mil de largura; dela reservareis um quarto da porção sagrada para propriedade da cidade.
21O que restar será para o príncipe, de cada lado da parte sagrada e da propriedade da cidade, ao longo dos vinte e cinco mil côvados da porção sagrada até ao limite oriental, e a ocidente ao longo dos vinte e cinco mil côvados da direcção do ocidente, paralelamente às duas partes. E ao centro ficará a parte consagrada e o Santuário do templo.
22Assim, a parte do príncipe será o espaço compreendido entre os limites de Judá e os limites de Benjamim, excepto a propriedade dos levitas e a da cidade, que ficam no meio da porção do príncipe.
23Eis as outras tribos: da fronteira oriental à ocidental, a parte de Benjamim.
24No limite de Benjamim, do lado oriental ao lado ocidental, a parte de Simeão.
25No limite de Simeão, do lado oriental ao lado ocidental, a parte de Issacar.
26No limite de Issacar, do lado oriental ao lado ocidental, a parte de Zabulão.
27No limite de Zabulão, do lado oriental ao lado ocidental, a parte de Gad.
28No limite de Gad, do lado meridional, a sul, a fronteira irá de Tamar às águas de Meribá de Cadés e até ao Mar Grande.
29Este é o país que dividireis em herança, tirando à sorte, entre as tribos de Israel; e estas são as suas divisões» – oráculo do Senhor Deus.
As portas de Jerusalém (Ap 21,10-14) 30«Eis as saídas da cidade: do lado norte, quatro mil e quinhentos côvados.
31As portas da cidade receberão os nomes das tribos de Israel. Três portas ao norte: a de Rúben, a de Judá e a de Levi.
32Do lado oriental, quatro mil e quinhentos côvados e três portas: a de José, a de Benjamim e a de Dan.
33Do lado sul, quatro mil e quinhentos côvados e três portas: a de Simeão, a de Issacar e a Zabulão.
34Do lado ocidental, quatro mil e quinhentos côvados e três portas: a de Gad, a de Aser e a de Neftali.
35Perímetro total: dezoito mil côvados. E, desde esse dia, o nome da cidade será: O-Senhor-está-lá.»