Capítulo 21

Manassés, rei de Judá (698-643) (2 Cr 33,1-20) – 1Manas­sés tinha doze anos quando começou a reinar, e reinou durante cin­quenta e cinco anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Hefecibá. 2Fez o mal aos olhos do Senhor, imi­tan­do as abomi­nações dos povos que o Senhor ex­pulsara diante dos filhos de Israel.

3Reconstruiu os lugares altos que seu pai Ezequias des­truíra, levantou os altares de Baal, plantou um sím­bolo de Achera seme­lhante ao que fizera Acab, rei de Israel e, diante de todo o exército dos céus, prostrou-se em adoração; 4erigiu al­tares no tem­plo do Senhor, do qual o Senhor dissera: «O meu nome residirá em Jerusalém.» 5Levantou altares a todo o exército dos céus, nos dois átrios do templo do Senhor. 6Fez passar pelo fogo o seu próprio filho; entre­gou-se à magia, à astro­lo­gia, à necro­man­cia e à adivinha­ção. Fez muito mal diante do Senhor, provocando assim a sua ira. 7Colo­cou também a está­tua de Achera no templo do Senhor, templo do qual o Senhor dissera a David e a seu filho Salomão: «Neste templo e na cidade de Jerusalém, que escolhi entre to­das as tribos de Israel, estabelecerei o meu nome per­petuamente. 8Ja­mais permitirei que os filhos de Israel andem errantes, fora da terra que dei a seus pais, desde que eles observem os meus mandamentos e a lei que lhes pres­creveu Moisés, meu servo.»

9Eles, porém, não obedeceram, mas foram enganados por Manas­sés e fizeram ainda pior do que os povos, que o Senhor aniquilara dian­te dos filhos de Israel. 10O Senhor falou, pois, pela boca dos seus ser­vos, os pro­fetas, dizendo:

11«Manas­sés, rei de Judá, come­teu estas abo­mina­ções, pro­cedendo ainda pior do que ou­trora os amorreus, e levou também Judá ao pecado da ido­la­tria. 12Por isso, diz o Senhor, Deus de Israel: vou fazer cair sobre Jeru­salém e Judá calamidades tais que farão retinir os ouvidos daqueles que as ouvirem. 13Medirei Jerusa­lém com a corda com que medi a Samaria, e com o nível da casa de Acab; lim­parei Je­ru­salém como se limpa um prato, revi­rando-o de um lado e do outro. 14Abandonarei os restos da minha herança e entregá-los-ei nas mãos dos seus inimigos, aos quais servi­rão de espólio e de presa. 15Pois fize­ram o mal diante de mim, e não ces­saram de me irri­tar, desde que seus pais saí­ram do Egipto até ao dia de hoje.»

16Além disso, Manassés derra­mou tanto sangue inocente que inun­­dou Jerusalém de uma extre­mi­dade à outra, sem falar dos pecados com que fez pecar Judá, levando-a a pra­ticar o mal aos olhos do Senhor.

17O resto da história de Manas­sés, e tudo o que ele fez, o pecado que cometeu, tudo isso está escrito no Li­vro dos Anais dos Reis de Judá. 18Manassés adormeceu, juntando-se aos seus pais, e sepultaram-no no jardim do seu palácio, no jardim de Uzá. O seu filho Amon sucedeu-lhe no trono.


Amon, rei de Judá (643-640) (2 Cr 33,21-25) – 19Amon tinha vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou dois anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Mechulémet, filha de Harus, natural de Jotba. 20Ele fez o mal aos olhos do Senhor, como seu pai Manassés. 21Seguiu todas os passos de seu pai e, como ele, ado­rou os ídolos e prostrou-se diante deles. 22Abandonou o Senhor, Deus de seus pais, e não andou nos cami­nhos do Senhor. 23Os servos de Amon conspiraram contra ele e ma­taram-no no seu palácio. 24O povo, porém, matou todos os conjurados e, em seu lugar, proclamou rei Josias, filho de Amon. 25O resto da história de Amon e os seus feitos, tudo isso está escrito no Livro dos Anais dos Reis de Judá. 26Sepultaram-no no seu túmulo, no jardim de Uzá, e seu filho Josias sucedeu-lhe no trono.

Capítulo 22

Josias, rei de Judá (640-609) (2 Cr 34,1-2) – 1Josias tinha oito anos quando começou a reinar, e rei­nou trinta e um anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Jedida, filha de Adaías, natural de Boscat.

2Fez o que é recto aos olhos do Senhor e seguiu fielmente o exem­plo de Da­vid, seu pai, sem se desviar nem para a direita nem para a es­querda.


Descoberta do livro da Lei (2 Cr 34,14-21) – 3No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o rei enviou ao templo do Senhor o escriba Chafan, filho de Açalias, filho de Mechulam, dizendo-lhe: 4«Vai ter com o Sumo Sacerdote Hilquias e diz-lhe que mande recolher o dinheiro levado ao templo do Senhor, e entregue pelo povo nas mãos dos porteiros do tem­plo. 5Dê-se esse dinheiro aos encar­re­gados dos trabalhos do templo, a fim de pagarem aos que trabalham na reparação do edifício, 6carpintei­ros, construtores e pedreiros, e com­prarem a madeira e as pedras de cantaria necessárias às reparações do templo. 7Mas não se lhes exigirão contas do dinheiro que lhes é con­fiado, porque são pessoas íntegras.»

8O Sumo Sacerdote Hilquias disse ao escriba Chafan: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei.» Hilquias entregou este livro ao es­criba Chafan, 9o qual, depois de o ler, foi ter com o rei e prestou-lhe con­tas da missão que lhe fora confiada: «Teus servos juntaram o dinheiro que se encontrava na casa do Se­nhor e en­tregaram-no aos encarre­gados do templo do Senhor.» 10E acrescentou:

«O Sumo Sacerdote Hilquias en­tre­gou-me um livro.» E leu-o na pre­sença do rei. 11Ao ouvir as palavras do Livro da Lei do Se­nhor, o rei rasgou as suas vestes 12e ordenou ao sacer­dote Hil­quias, a Aicam, filho de Cha­fan, a Acbor, fi­lho de Miqueias, ao es­criba Chafan e ao seu oficial Asaías: 13«Ide e consultai o Senhor acerca de mim, do povo e de todo o Judá, sobre o conteúdo deste livro, que acaba de ser descoberto. A cólera do Senhor deve ser grande contra nós, porque nossos pais não obedeceram às pala­vras deste livro, nem puseram em prática o que nele se nos pres­creve.»


Consulta da profetisa Hulda (2 Cr 34,22-28) – 14O sacerdote Hil­quias, Aicam, Acbor, Chafan e Asaías fo­ram ter com a profetisa Hulda, mulher de Chalum, filho de Ticvá, filho de Ha­ras, encarregado do vestuário. Ela vivia em Jerusalém, no segundo quar­teirão.

Falaram com Hulda e 15ela res­pondeu: «Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Dizei àquele que vos man­dou vir a mim: 16Assim fala o Senhor: Vou enviar calamidades sobre este lugar e so­bre os seus habitantes, con­forme as ameaças que o rei de Judá leu no livro. 17Pois eles abandona­ram-me e queimaram incenso a deuses es­tran­­­­geiros, irritando-me com as suas obras; a minha indignação in­fla­mou-se contra esta terra e não se apa­gará mais. 18Ao rei de Judá, que vos mandou consultar o Se­nhor, di­reis: Isto diz o Senhor: 19Porque ouviste as palavras do livro, e o teu coração se atemorizou, e te humi­lhaste diante do Senhor, ao ouvir a minha sen­tença contra esse lugar e contra os seus habitantes, condena­dos a se­rem objecto de espanto e de maldição, e rasgaste as tuas vestes e choraste diante de mim, Eu tam­bém te ouvi – oráculo do Senhor. 20Por isso, vou reunir-te a teus pais e serás sepul­tado em paz no teu sepulcro, para que os teus olhos não vejam as ca­lamidades que vos vou enviar sobre esta terra.»

Voltaram, pois, e refe­ri­ram ao rei o que a pro­fetisa lhes dissera.

Capítulo 23

Leitura da lei e reforma re­­li­­giosa (2 Cr 34,29-33) – 1O rei mandou vir à sua presença todos os anciãos de Judá e de Jeru­salém, 2e subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, sacerdo­tes, profetas e todo o povo, pequenos e grandes. Leu, então, diante de todos, as palavras do Livro da Aliança, des­coberto no templo do Senhor.


Reforma religiosa em Judá (2 Cr 34,3-5) – 3Pondo-se de pé sobre o es­trado, o rei renovou a aliança na pre­sença do Senhor, comprome­tendo-se a seguir o Senhor, a obser­var os seus mandamentos, as suas instru­ções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. Todo o povo concordou com esta aliança. 4O rei ordenou, depois, ao Sumo Sacerdote Hilquias, aos sacer­dotes de segunda ordem e aos por­teiros, que tirassem do templo do Senhor todos os objectos fabricados para o culto de Baal, de Achera e de todo o exército dos céus; mandou-os quei­mar fora de Jerusalém, no vale de Cédron e levar as cinzas para Betel.

5Destituiu os falsos sacerdo­tes, pos­tos pelos reis de Judá a fim de ofere­cerem o incenso nos lugares altos, nas cidades de Judá e nos ar­re­dores de Jerusalém, e também os sacerdo­tes que ofereciam o incenso a Baal, ao Sol, à Lua, aos signos do zodíaco e a todo o exército dos céus. 6Mandou tirar do templo do Senhor o tronco de Achera e levá-lo para fora de Je­ru­salém, para o vale de Cédron, onde o queimaram. Depois, mandou lançar a sua cinza no se­pul­cro comum do povo. 7Destruiu os lugares de pros­tituição idolátrica do templo do Se­nhor, onde as mu­lheres teciam véus para Achera.

8Convocou todos os sacerdotes das cidades de Judá, profanou os luga­res altos onde os sacerdotes quei­mavam o incenso, desde Gueba até Ber­cheba, e destruiu o lugar alto das portas, à entrada da casa de Josué, prefeito da cidade, que fi­cava à esquerda da porta da cidade. 9Contudo, os sacer­dotes dos lugares altos não subiam ao altar do Senhor em Jerusalém, mas comiam os pães ázimos junto com os seus irmãos. 10Profanou tam­bém o crematório, no vale do filho de Hinom, a fim de que ninguém fi­zesse passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha em honra de Moloc.

11Fez desaparecer também os cavalos que os reis de Judá ti­nham dedicado ao Sol, à entrada do tem­plo do Senhor, junto da casa do eunuco Natan-Mé­lec, nas depen­dên­cias, e quei­mou o carro do sol. 12O rei der­ru­bou os alta­res construí­dos pelos reis de Judá no terraço da resi­dên­cia de Acaz, e os que Ma­nas­sés eri­gira nos dois átrios do templo do Se­nhor; que­brou-os e lançou o entulho na torrente do Cédron. 13O rei pro­fanou igual­mente os lugares altos situados em frente de Jerusa­lém, à direita do monte da Perdição; Salo­mão, rei de Israel, er­guera-os em honra de Astarté, ídolo abominável dos sidónios, e de Ca­mós, ídolo abo­minável dos amonitas. 14Que­brou as estátuas, cortou os troncos sagra­dos e encheu o lugar de ossos huma­nos.


Reforma religiosa em Israel (2 Cr 34,3-7) – 15Destruiu, igualmente, o altar de Betel e o lugar alto que edificara Jeroboão, filho de Nabat, que fizera pecar Israel. Destruiu-os, queimou e reduziu a cinzas o lugar alto, incen­­diando igualmente o tronco de Achera.

16Josias, viu em torno de si os se­pulcros que havia na colina; man­dou tirar os ossos dos sepulcros e quei­mou-os no altar, profanando-o, se­gundo a palavra que o Senhor pro­nunciara pelo homem de Deus que anunciou estas coisas. 17E o rei perguntou: «Que monumento é esse que vejo?» Os habitantes da cidade responderam-lhe: «É o sepulcro do homem de Deus, que veio de Judá, e anunciou tudo o que fizeste ao altar de Betel.» 18Então, o rei disse: «Dei­xai em paz os seus ossos.» E os seus ossos fica­ram intactos, juntamente com os ossos do profeta que viera da Samaria.

19Josias destruiu, assim, to­­dos os san­tuários dos lugares altos, que se en­contravam nas cidades da Sama­ria, e que os reis de Israel erigiram para irritar o Senhor. Fez deles o que ti­nha feito do altar de Betel. 20Todos os sacerdotes dos lugares altos que ali havia, sacrifi­cou-os so­bre os alta­res, e queimou ossos hu­manos sobre eles. Depois voltou para Jerusalém.


Celebração da Páscoa (2 Cr 35,1-19) 21O rei ordenou a todo o povo: «Ce­le­brareis a Páscoa em honra do Se­nhor, vosso Deus, segundo as prescri­ções deste Livro da Aliança.» 22Jamais se celebrou Páscoa como aquela, desde a época dos juízes que governaram Israel, nem no tempo dos reis de Is­rael e de Judá. 23Uma tal Páscoa em honra do Senhor, em Jerusa­lém, ape­nas foi celebrada no décimo oitavo ano do reinado de Josias.

24Josias acabou também com os necromantes, os adivinhos, os tera­fins, os ídolos e as abominações, que se viam na terra de Judá e em Jeru­salém, pois queria obedecer às pres­crições da lei, escritas no livro que o sacerdote Hilquias descobriu no tem­­plo do Senhor. 25Antes de Josias, nun­ca houve um rei que se conver­tesse como ele ao Senhor, com todo o seu coração, com toda a sua alma e com todas as suas forças, seguindo em tudo a lei de Moisés; e, depois dele, não houve outro semelhante.

26Contudo, por causa dos crimes com que Manassés o irritara, o Se­nhor não abrandou a violência do seu furor contra Judá. 27O Senhor dissera: «Expulsarei também Judá da minha presença, como rejeitei Is­rael; rejeitei esta cidade de Jerusa­lém que escolhi e o templo do qual Eu disse: ‘Aqui residirá o meu nome.’»


Fim da história de Josias (2 Cr 35,20-27) – 28O resto da história de Josias e tudo o que ele fez está tudo escrito no Livro dos Anais dos Reis de Judá.

29Durante o seu reinado, o fa­raó Necao, rei do Egipto, pôs-se em mar­cha contra o rei da Assíria, na direc­ção do Eufrates. O rei Josias saiu-lhe ao encontro, mas foi morto pelo Faraó em Meguido, logo no pri­meiro combate. 30Os seus servos levaram o seu cadáver num carro, de Me­gui­do para Jerusalém, e sepul­­taram-no no seu túmulo. O povo ele­geu então Joacaz, filho de Josias, que foi un­gido e aclamado rei, em lugar de seu pai.

 

Reis vassalos da Babilónia (609-587) (2 Cr 36,1-23)


Joacaz, rei de Judá (609) (2 Cr 36,1-4) 31Joa­caz tinha trinta e três anos, quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Hamital, filha de Jere­mias, natural de Libna. 32Ele fez o mal diante do Senhor, como seus pais.

33O faraó Necao prendeu-o em Ribla, na terra de Hamat, de modo que não reinou mais em Jerusalém, e impôs ao país uma contribuição de cem talentos de prata e um talento de ouro. 34O faraó Necao colocou Eliaquim, filho de Josias, no trono, em lugar de seu pai Josias, e mu­dou-lhe o nome para Joaquim. Joa­caz foi levado para o Egipto, onde morreu. 35Joaquim deu ao Faraó a prata e o ouro exigidos mas, para fornecer o peso estipulado, impôs ao povo um tri­buto, fixando a quantia que cada um devia pagar, a fim de dar essa con­tri­buição de ouro e prata ao faraó Necao.


Joaquim, rei de Judá (609-598) (2 Cr 36,5-8) – 36Joaquim tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e rei­nou onze anos em Jeru­salém. Sua mãe chamava-se Zebida, filha de Pe­daías, natural de Rumá. 37Fez o mal aos olhos do Se­nhor, como fizeram seus pais.

Capítulo 24

Invasão de Nabucodono­sor 1No reinado de Joaquim, Na­bu­codonosor, rei da Babilónia, pôs-se em marcha contra Joaquim, que se tornou seu vassalo durante três anos. Depois, rebelou-se contra ele. 2O Senhor mandou contra Joa­quim as tropas dos caldeus, dos sírios, dos moabitas e dos amonitas; enviou-os contra Judá para o des­truir, conforme Ele anunciara pela boca dos profe­tas, seus servos. 3Isto aconteceu a Judá por ordem do Se­nhor, para afastá-lo da sua pre­sen­ça, por causa dos pecados cometidos por Manas­sés, 4e por causa do san­gue inocente que derramara, inun­dando Jerusalém de sangue ino­cente. E o Senhor não quis perdoar tal maldade.

5O resto da história de Joaquim, e tudo o que ele fez, tudo isso está escrito no Livro dos Anais dos Reis de Judá. 6 Joaquim adormeceu jun­tando-se aos seus pais, e seu filho Joiaquin sucedeu-lhe no trono.


Reinado de Joiaquin em Judá (609-598) (2 Cr 36,9-10; Jr 52,28-31) – 7O rei do Egipto nunca mais saiu fora do seu país, porque o rei da Babi­ló­nia se apoderara de todas as posses­sões do rei do Egipto, desde a tor­rente do Egipto até ao Eufrates. 8Joia­quin tinha dezoito anos quan­do começou a reinar, e reinou três meses em Je­ru­salém. 9Fez o mal aos olhos do Senhor, tal como o seu pai.

Primeira deportação dos judeus 10Foi nesse tempo que os homens de Nabucodonosor, rei da Babilónia, vie­ram sobre Jerusalém e a sitia­ram. 11Nabucodonosor chegou à ci­dade, quando as suas tropas a sitia­vam.

12Joiaquin, rei de Judá, saiu ao en­contro do rei da Babilónia, com sua mãe, com os altos funcionários, com os oficiais e com os eunucos; e o rei da Babilónia prendeu-o. Isto aconte­ceu no oitavo ano do reinado de Nabu­codonosor. 13E como o Se­nhor tinha anunciado, Nabucodo­nosor levou dali todos os tesouros do templo do Se­nhor e do palácio real, e quebrou todos os objectos de ouro que Salo­mão, rei de Israel, fizera para o san­tuá­rio do Senhor. 14Le­vou cativa toda a corte de Jeru­sa­lém, todos os chefes e todos os notá­veis, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífi­ces; deixou apenas os pobres do país. 15De­portou Joia­quin de Jerusalém para a Babiló­nia, com a sua mãe, as suas mulhe­res, os eu­nu­cos do rei e os gran­des do país. 16Todos os homens de va­lor, aptos para a guerra, em número de sete mil, os ferreiros e os artífi­ces, em número de mil, o rei da Babiló­nia levou-os cativos para a Babiló­nia.


Sedecias, último rei de Judá (597-587) (2 Cr 36,11-13; Jr 52,1-3) – 17Em lugar de Joiaquin, o rei da Babiló­nia no­meou rei seu tio Mata­nias, cujo nome mudou para Sede­cias. 18Sedecias ti­nha vinte e um anos quando come­çou a reinar, e reinou onze anos em Jeru­­salém. Sua mãe chamava-se Ha­­mital, filha de Jeremias, natural de Libna.

19Ele fez o mal aos olhos do Se­nhor, tal como tinha feito Joa­quim. 20Assim aconteceu a Jerusa­lém e a Judá, por­que o Senhor, irri­tado, que­­­ria rejeitá-los da sua pre­sença. Se­de­­­cias revol­tou-se contra o rei da Ba­bi­­lónia.

Capítulo 25

Cerco de Jerusalém (Jr 39,1-7; 52,3-11) – 1No nono ano do seu reinado, no dia dez do décimo mês, Nabuco­do­nosor marchou com todo o seu exér­cito contra Je­rusalém. Acam­­pou dian­te da cidade e levantou trin­­­cheiras em redor dela. 2O cerco da cidade durou até ao dé­ci­mo pri­mei­ro ano do reinado de Sede­cias.

3No nono dia do quarto mês, como a cidade se visse aper­tada pela fome e a popu­la­ção não tivesse man­ti­men­­tos, 4abriu-se uma brecha na mura­lha da ci­dade. Então o rei e todos os homens de guerra fugiram de noite pela porta que está entre os dois mu­ros, junto do jardim do rei. Entre­tanto, os cal­deus cercavam a cidade. Os fugiti­vos tomaram o ca­minho da planície do Jordão, 5mas o exército dos caldeus perseguiu o rei e alcan­çou-o na pla­nície de Jericó. Então as tropas, que o acompanha­vam, aban­do­naram-no e dispersa­ram-se. 6O rei Sedecias foi preso e conduzido a Ri­bla, diante do rei da Babilónia, que pronunciou a sen­tença contra ele. 7De­golou os fi­lhos na presença de Sede­cias, furou-lhe os olhos e levou-o para a Babilónia, ligado com duas ca­deias de bronze.


Saque da cidade (2 Cr 36,17-20; Jr 39,8-10; 52,12-27) – 8No sétimo dia do quinto mês, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilónia, Nebuzaradan, che­fe da guarda e servo do rei da Babilónia entrou em Jerusalém. 9Incen­diou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas da cidade, começando pelas casas dos mais importantes de Jerusalém. 10E as tropas que acom­panhavam o che­fe da guarda, des­truí­­ram o muro que cercava Jerusalém.

11Nebuzaradan, chefe da guarda, levou cativos para Babilónia, os que restavam da população da cidade, os que já se tinham rendido ao rei da Babilónia e o resto da população. 12O chefe da guarda só deixou ali alguns pobres para cultivarem as vinhas e os campos.

13Os caldeus quebraram as colu­nas de bronze do templo do Senhor, os pedestais, e o mar de bronze que estava no templo, e levaram todo o bronze para a Babilónia. 14Toma­ram também os cinzeiros, as pás, as facas, os vasos e todos os objectos de bronze ao serviço do culto. 15O chefe da guarda levou também os turí­bulos e os vasos, tudo o que era de ouro e tudo o que era de prata. 16As duas colunas, o mar e os pedestais, que Salomão mandara fazer para o templo do Senhor, e todos os objec­tos de bronze tinham um peso in­calculável.

17Uma das colunas tinha dezoito côvados de altura e, sobre ela, as­sen­tava um capitel de bronze de três côvados; em volta do capitel da coluna havia uma rede e romãs, tudo de bronze. A segunda coluna era seme­lhante e tinha os mesmos orna­mentos.

18O chefe da guarda levou tam­bém o Sumo Sacerdote Seraías, o se­gundo sacerdote, Sofonias, e os três porteiros. 19Apanhou na ci­dade um eunuco encarregado de co­man­dar os homens de guerra, cinco homens dos conselheiros do rei que encontrara na cidade, e o escriba, capitão do exér­cito, encarregado do recruta­mento no país, assim como sessenta homens do povo, que fo­ram encon­trados na ci­dade. 20Nebu­za­radan, che­fe da guar­da, prendeu-os e levou-os ao rei da Babilónia, em Ribla. 21Este matou-os em Ribla, na região de Hamat. As­sim, Judá foi levado cativo para longe da sua terra.


Godolias, governador da Judeia (Jr 40,1-16; 41,1-18) – 22O resto da po­pulação deixada na terra de Judá, Nabucodonosor entregou-o ao go­ver­no de Godolias, filho de Aicam, filho de Chafan.

23Quando os chefes das tropas e os seus homens souberam que o rei da Babilónia nomeara Godolias go­ver­nador, foram ter com ele em Mispá. Eram eles: Ismael, filho de Nata­nias, Joanan, filho de Caré, Se­raías, filho de Tanumet, de Netofa, e Jazanias, filho de Maacá e os seus homens.

24Godolias declarou, sob jura­mento, a eles e aos seus homens: «Nada tendes a temer dos caldeus. Ficai no país, submetei-vos ao rei da Babiló­nia e tudo vos correrá bem.»

25Mas no sétimo mês, Ismael, fi­lho de Natanias, filho de Elichamá, de sangue real, veio com dez ho­mens e matou Godolias, assim como os ju­deus e os caldeus que estavam com ele em Mispá. 26Então, todo o povo, pequenos e grandes, e os chefes das tropas fugiram para o Egipto com medo dos caldeus.


Perdão para Joiaquin (Jr 52,31-34) – 27No trigésimo sétimo ano do cati­veiro de Joiaquin, rei de Judá, no vigé­simo sétimo dia do décimo segundo mês, Evil-Merodac, rei da Babiló­nia, no primeiro ano do seu reinado, fez mercê a Joiaquin, rei de Judá e li­ber­tou-o. 28Falou-lhe bene­volamente, e deu-lhe um trono mais elevado que os dos reis que estavam com ele na Babilónia. 29Tirou-lhe as vestes de prisioneiro e, até ao fim da sua vida, Joiaquin comeu à mesa do rei. 30O seu sustento foi-lhe asse­gurado pelo rei, durante toda a sua vida, dia após dia.

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