Capítulo 11

Murmurações dos israelitas (Ex 16,1-21) – 1Sucedeu que o povo começou a queixar-se aos ouvidos do SENHOR. O SENHOR ouviu e inflamou-se a sua ira; então, o fogo do SENHOR acendeu-se contra eles e devorou uma extremidade do acampamento. 2O povo clamou por Moisés; Moisés orou ao SENHOR e o fogo extinguiu-se. 3Chamaram a esse lugar Tabera, porque o fogo do SENHOR se tinha acendido contra eles.

4A população que estava no meio deles, deixou-se arrastar pela concupiscência e também os filhos de Israel se puseram a chorar, dizendo: «Quem nos dará carne para comer? 5Lembramo-nos do peixe que comíamos de graça no Egipto, dos pepinos, dos melões, dos alhos porros, das cebolas e dos alhos. 6Agora, a nossa garganta está seca; não há nada diante de nós senão maná.»

7O maná era como a semente do coentro e o seu aspecto como o bdélio. 8O povo espalhava-se a apanhá-lo e moía-o em moinhos ou pisava-o em almofarizes; cozia-o em panelas e fazia bolos; tinha o sabor de tortas com gordura de azeite. 9Quando o orvalho caía de noite sobre o acampamento, o maná também caía.

10Moisés ouviu o povo chorar agrupado por famílias, cada uma à entrada da sua tenda. Mas a ira do SENHOR inflamou-se muito e Moisés sentiu o mal perto de si.

11Então Moisés falou ao SENHOR: «Porque atormentas o teu servo? Porque é que não encontrei graça diante de ti, a ponto de pores todo este povo como um peso sobre mim? 12Acaso fui eu que concebi todo este povo? Fui eu que o dei à luz, para me dizeres: ‘Leva-o ao colo, como a ama leva a criança de peito, até à terra que prometeste a seus pais?’ 13Onde arranjarei carne para dar a todo este povo que chora junto de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer!’ 14Eu sozinho não consigo suportar todo este povo, porque é demasiado pesado para mim! 15Se me queres tratar assim, dá-me antes a morte; se encontrei graça diante de ti, que eu não veja mais a minha desgraça!»


Os setenta anciãos (Ex 18,17-26) – 16O SENHOR disse a Moisés: «Reúne para mim setenta homens dos anciãos de Israel, que saibas serem anciãos do povo e terem autoridade sobre ele. Levá-los-ás à tenda da reunião e aí os farás esperar contigo. 17Então descerei ali, falarei contigo e tomarei do espírito que está sobre ti para o pôr sobre eles; partilharão contigo o peso do povo e não terás de o suportar tu sozinho. 18Dirás ao povo: ‘Santificai-vos para amanhã e comereis carne, pois chorastes aos ouvidos do SENHOR, dizendo: Quem nos dará carne a comer? Melhor era para nós estar no Egipto.’» O SENHOR vos dará carne a comer. 19E não comereis um dia, nem dois, nem cinco, nem dez, nem vinte dias, 20mas durante um mês até que vos saia pelas narinas e vos enfastie. Ultrajastes o SENHOR que está no meio de vós e chorastes diante dele, dizendo: ‘Porque saímos nós do Egipto?’»

21Moisés disse: «Seiscentos mil caminhantes tem o povo no meio do qual eu estou, e Tu dizes: ‘Eu lhes darei carne e eles comerão durante um mês’. 22Iremos matar para eles ovelhas e bois? E onde os encontraremos? Se tivéssemos de juntar para eles todos os peixes do mar, onde os encontraríamos?» 23O SENHOR disse a Moisés: «Acaso será curta a mão do SENHOR? Agora verás se a minha palavra se realiza ou não a teu respeito.» 24Moisés saiu e disse ao povo as palavras do SENHOR; juntou setenta homens dos anciãos do povo e pô-los à volta da tenda. 25O SENHOR desceu na nuvem e falou-lhe; tomando do espírito que estava sobre ele, deu-o aos setenta anciãos. Quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois não o conseguiam.

26Dois desses homens tinham ficado no acampamento. O nome de um era Eldad e o nome do outro era Medad. O espírito desceu também sobre eles, porque estavam entre os inscritos, embora não tivessem ido para a tenda, e começaram a profetizar no acampamento. 27Um rapaz, porém, correu a anunciar isso a Moisés: «Eldad e Medad estão a profetizar no acampamento.»

28Então Josué, filho de Nun, servo de Moisés desde a juventude, ripostou: «Moisés, meu senhor, não lho consintas.» 29Respondeu-lhe Moisés: «Tens ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do SENHOR profetizasse, que o SENHOR enviasse o seu espírito sobre ele!»

30Voltou Moisés para o acampamento, ele e os anciãos de Israel.


As codornizes (Ex 16,12-13) – 31Levantou-se, entretanto, um vento enviado pelo SENHOR, vindo do mar; trouxe codornizes e abateu-se sobre o acampamento, de um lado e de outro, na extensão do caminho de um dia, à volta do acampamento e cerca de dois côvados acima da superfície da terra.

32Todo o povo naquele dia e naquela noite e em todo o dia seguinte se pôs a apanhar codornizes; aquele que menos apanhou, ainda apanhou dez hómeres. Estenderam-nas em volta do acampamento. 33A carne estava-lhes ainda entre os dentes, antes de ser mastigada, quando a ira do SENHOR se inflamou contra o povo e o SENHOR feriu o povo com um grande castigo.

34Deram àquele lugar o nome de Quiberot-Hatavá, porque sepultaram aí a gente de desejos desordenados. 35De Quiberot-Hatavá o povo partiu para Hacerot e ficou em Hacerot.

Capítulo 12

A humilhação de Maria e de Aarão (Lv 13,1-46) – 1Maria e Aarão falaram contra Moisés por causa da mulher etíope que ele tinha tomado, por ter desposado uma etíope; 2e disseram: «Acaso foi só a Moisés que o SENHOR falou? Não nos falou também a nós?»

Ora o SENHOR ouviu. 3Na realidade, Moisés era um homem muito humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra. 4Subitamente, o SENHOR disse a Moisés, a Aarão e a Maria: «Ide vós três à tenda da reunião.» E foram os três.

5O SENHOR desceu na coluna da nuvem, pôs-se à entrada da tenda e chamou Aarão e Maria. Aproximaram-se, 6e Ele disse: «Escutai bem as minhas palavras. Se existisse entre vós um profeta, Eu, o SENHOR, manifestar-me-ia a ele numa visão. Eu me daria a conhecer em sonhos, falaria com ele. 7Não é assim com o meu servo Moisés? Eu estabeleci-o sobre toda a minha casa! 8Falo com ele frente a frente, à vista e não por enigmas; ele contempla a imagem do SENHOR! Como é que não tivestes medo de falar contra o meu servo, contra Moisés?»

9A ira do SENHOR inflamou-se contra eles e afastou-se. 10Retirou-se a nuvem de cima da tenda; e eis que Maria se encontrou coberta de lepra como neve. Aarão voltou-se para Maria e viu-a coberta de lepra. 11Disse Aarão a Moisés: «Por favor, meu senhor, não nos faças suportar esse pecado que cometemos e de que somos culpados. 12Que ela não seja como alguém que sai já morto do ventre de sua mãe e com a carne meio consumida.»

13Moisés suplicou ao SENHOR: «Ó Deus, por favor, cura-a!» 14O SENHOR disse a Moisés: «Se o pai dela lhe tivesse cuspido na cara, não ficaria ela envergonhada durante sete dias? Seja então excluída sete dias do acampamento e volte depois.»

15Maria foi excluída para fora do acampamento durante sete dias, e o povo não partiu enquanto Maria não voltou. 16Depois, o povo partiu de Hacerot e acampou no deserto de Paran.

Capítulo 13

Moisés envia exploradores a Canaã (Dt 1,20-29; Js 2,1-24) – 1O SENHOR falou a Moisés: 2«Manda homens para explorar a terra de Canaã, que Eu hei-de dar aos filhos de Israel; enviarás um homem por cada tribo da casa de seus pais, todos dentre os principais.» 3Moisés enviou-os desde o deserto de Paran, segundo a palavra do SENHOR, todos eles homens chefes dos filhos de Israel.

4São estes os seus nomes: da tribo de Rúben, Chamua, filho de Zacur; 5da tribo de Simeão, Chafat, filho de Hori; 6da tribo de Judá, Caleb, filho de Jefuné; 7da tribo de Issacar, Jigal, filho de José; 8da tribo de Efraim, Oseias, filho de Nun; 9da tribo de Benjamim, Palti, filho de Rafú; 10da tribo de Zabulão, Gadiel, filho de Sodi; 11da tribo de José, da tribo de Manassés, Gadi, filho de Sussi; 12da tribo de Dan, Amiel, filho de Guemali; 13da tribo de Aser, Setur, filho de Micael; 14da tribo de Neftali, Naabi, filho de Vapsi; 15da tribo de Gad, Gueuel, filho de Maqui.

16Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a explorar a terra, e Moisés deu a Oseias, filho de Nun, o nome de Josué. 17Moisés enviou-os a explorar a terra de Canaã e disse-lhes: «Subi o Négueb, subi a montanha. 18Vede que terra é essa e que povo habita nela, se é forte ou fraco, pouco ou muito numeroso. 19Que tal a terra em que habita, boa ou má? Que tais as cidades em que habita, abertas ou fortificadas? 20Que tal o terreno, fértil ou estéril? Se há nele árvores de fruto ou não. Apanhai e trazei dos frutos da terra.»

Era então o tempo das primeiras uvas. 21Subiram e exploraram a terra, desde o deserto de Cin até Reob, à entrada de Hamat. 22Subiram o Négueb e chegaram a Hebron, onde estavam Aiman, Chechai e Talmai, descendentes de Anac. Hebron foi construída sete anos antes de Soan do Egipto. 23Chegaram ao vale de Escol onde cortaram um ramo com um cacho de uvas; dois homens o levaram e também romãs e figos. 24Chamaram a esse lugar Naal-Escol por causa do cacho de uvas que aí tinham cortado os filhos de Israel. 25Ao fim de quarenta dias, regressaram de explorar a terra.

26Vieram ter com Moisés e Aarão e com toda a assembleia dos filhos de Israel no deserto de Paran, em Cadés. Transmitiram-lhes a informação e todo o testemunho, mostrando--lhes o fruto da terra. 27Contaram, dizendo: «Fomos à terra aonde nos enviastes; lá, em verdade, corre leite e mel, e estes são os seus frutos. 28Todavia, o povo que habita nessa terra é bastante forte, tem cidades muito grandes amuralhadas, e até lá vimos os descendentes de Anac. 29Amalec habita na terra do Négueb, os hititas, os jebuseus, os amorreus habitam na montanha e os cananeus habitam junto ao mar e na margem do Jordão.»

30Caleb fez calar o povo que murmurava contra Moisés e disse: «Subamos e apoderemo-nos da terra, pois, sem dúvida, havemos de conseguir conquistá-la.» 31Mas os homens que tinham subido com ele disseram: «Não podemos atacar esse povo, porque é mais forte do que nós.» 32E contaram a má fama da terra que tinham explorado, dizendo aos filhos de Israel: «A terra que atravessámos para a explorar é terra que devora os seus habitantes e todo o povo que nela vimos é gente de grande estatura. 33Até lá vimos os gigantes, filhos de Anac, da raça dos gigantes; parecíamos gafanhotos diante deles e eles assim nos consideravam.»

Capítulo 14

Murmuração do povo (17,6-11) – 1Levantou-se toda a assembleia a gritar e o povo chorou toda essa noite. 2Murmuraram contra Moisés e contra Aarão todos os filhos de Israel, dizendo consigo toda a assembleia: «Antes tivéssemos morrido na terra do Egipto ou mesmo neste deserto. 3Porque nos fez sair o SENHOR para esta terra a fim de nos matar à espada? As nossas mulheres e as nossas crianças serão humilhadas. Não nos seria melhor voltar para o Egipto?» 4E cada um dizia ao seu irmão: «Escolhamos um chefe e voltemos para o Egipto!»

5Moisés e Aarão prostraram-se com a face por terra diante de toda a comunidade da assembleia dos filhos de Israel.

6Então Josué, filho de Nun, e Caleb, filho de Jefuné, que eram dos exploradores da terra, rasgaram as suas vestes 7e falaram a toda a assembleia dos filhos de Israel, dizendo: «A terra que atravessámos para a explorar é uma terra muito, muito boa. 8Se a boa vontade do SENHOR está connosco e nos fez sair para esta terra, Ele nos dará a terra onde corre leite e mel! 9Somente, não vos revolteis contra o SENHOR e não temais o povo daquela terra, porque ele será o nosso pão. A sombra protectora afastou-se deles, mas o SENHOR está connosco. Não temais!»

10Toda a assembleia falava em apedrejá-los, quando a glória do SENHOR apareceu na tenda da reunião a todos os filhos de Israel. 11Disse o SENHOR a Moisés:

«Até quando andará este povo a ultrajar-me? Até quando se negarão a confiar em mim, apesar de tantos sinais que tenho realizado no meio deles? 12Vou feri-lo com a peste e destruí-lo, mas farei de ti um povo maior e mais poderoso do que ele.»


Intercessão de Moisés13Moisés, porém, disse ao SENHOR: «Ouvirão os egípcios, do meio dos quais fizeste sair com tua força este povo 14e dirão aos habitantes desta terra. Ouvirão que Tu, SENHOR, estás no meio deste povo, Tu, SENHOR, que te manifestas olhos nos olhos e que a tua nuvem paira sobre eles e que caminhas à frente deles, de dia na coluna de nuvem e, de noite, na coluna de fogo. 15Irás porventura matar este povo como se fosse um só homem? Diriam então os povos que ouviram o teu nome: 16‘O SENHOR, como não pôde introduzir este povo na terra que lhes tinha prometido, matou-os no deserto’.

17Agora, Senhor, engrandece a tua força, como prometeste, ao dizer: 18‘O SENHOR é lento para a ira e de muita bondade; tolera a iniquidade e o pecado; mas não desculpa nada, descarregando a iniquidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração. 19Desculpa, então, a iniquidade deste povo segundo a tua grande bondade, tal como tens perdoado a este povo, desde o Egipto até aqui.’»


Castigo do povo20O SENHOR respondeu: «Desculparei, conforme o teu pedido! 21Mas, tanto como Eu sou vivo e a glória do SENHOR enche a terra inteira, 22é certo que nenhum destes homens, que viram a minha glória e os sinais que Eu realizei no Egipto e no deserto e me tentaram já dez vezes e não ouviram a minha voz, 23nenhum verá a terra que Eu prometi com juramento a seus pais; nenhum dos que me desprezaram a verá. 24Todavia, o meu servo Caleb, porque teve consigo um espírito diferente e me permaneceu fiel, Eu o introduzirei na terra onde já entrou e a sua descendência a possuirá. 25Visto que os amalecitas e os cananeus habitam no vale, amanhã retrocedei e parti para o deserto pelo caminho do Mar dos Juncos.»

26O SENHOR disse a Moisés e a Aarão: 27«Até quando terei de ouvir esta assembleia má a murmurar contra mim? Ouvi as murmurações que os filhos de Israel fazem continuamente contra mim. 28Dir-lhes-ás: ‘Como Eu sou vivo – oráculo do SENHOR – segundo as palavras que vos ouvi dizer, assim mesmo vos farei. 29Neste deserto cairão os vossos cadáveres e todos os vossos recenseados de vinte anos para cima, que murmuraram contra mim. 30Pois nenhum de vós entrará na terra pela qual levantei a minha mão para nela vos fazer morar, a não ser Caleb, filho de Jefuné, e Josué, filho de Nun, 31e as crianças que vós dizeis destinadas à humilhação. Eu os introduzirei nela e conhecerão a terra que vós desprezastes.

32Quanto a vós, os vossos cadáveres cairão neste deserto 33e os vossos filhos andarão errantes no deserto durante quarenta anos, carregando as vossas infidelidades até que os vossos cadáveres se desfaçam no deserto. 34Conforme o número de dias em que explorastes a terra, quarenta dias, equivalendo cada dia a um ano, haveis de carregar durante quarenta anos as vossas iniquidades e reconhecereis o meu desagrado’. 35Eu, o SENHOR, declaro: Hei-de fazer isto a toda esta assembleia má que se revoltou contra mim neste deserto. Aqui acabarão e morrerão!’»

36De facto, os homens que Moisés enviara a explorar a terra, regressando, puseram a murmurar contra ele toda a assembleia, menosprezando a terra. 37Esses homens, que menosprezaram a terra como má, morreram fulminados diante do SENHOR. 38Josué, filho de Nun, e Caleb, filho de Jefuné, foram os únicos que ficaram de entre aqueles homens que tinham ido explorar a terra. 39Moisés disse a todos os filhos de Israel estas palavras e o povo ficou muito angustiado.


Derrota em Horma40Levantaram-se cedo, de madrugada, e subiram ao cimo do monte, dizendo: «Eis-nos! Subiremos para o lugar que o SENHOR indicou, pois pecámos.» 41Disse Moisés: «Porquê? Vós transgredis a ordem do SENHOR e isso não resultará. 42Não subais, porque o SENHOR não está no meio de vós; não vos entregueis aos vossos inimigos. 43Com efeito, os amalecitas e os cananeus estão ali diante de vós e caireis à espada por vos terdes afastado do SENHOR; pois o SENHOR não está convosco.»

44Mas eles teimaram em subir mesmo ao cimo do monte, embora a Arca da aliança do SENHOR e Moisés não se tivessem movido do meio do acampamento. 45Os amalecitas e os cananeus que habitavam naquele monte desceram contra eles, ferindo-os e perseguindo-os até Horma.

Capítulo 15

Oblações para os sacrifícios (Lv 1,1-17; 2,1-16) – 1O SENHOR disse a Moisés:

2«Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Quando chegardes à terra em que haveis de morar, a qual Eu vos hei-de dar, 3e fizerdes oferta ao SENHOR de um holocausto ou de um sacrifício para cumprimento de um voto, ou em oferta voluntária, e quando nas vossas festas fizerdes do gado ou do rebanho um dom de odor agradável ao SENHOR, 4quem apresentar a sua oferenda ao SENHOR apresentará a oferta de um décimo de flor de farinha, amassada num quarto de hin de azeite 5e um quarto de hin de vinho em libação. Juntareis isso ao holocausto ou ao sacrifício por cada cordeiro. 6Por carneiro farás uma oferta de dois décimos de flor de farinha amassada num terço de hin de azeite 7e um terço de hin de vinho em libação, que apresentarás como odor agradável ao SENHOR.

8Quando ofereceres um novilho em holocausto ou em sacrifício, em cumprimento de um voto ou em sacrifício de comunhão, ao SENHOR, 9apresentarás pelo novilho uma oferta de três décimos de flor de farinha amassada em meio hin de azeite 10e apresentarás em libação meio hin de vinho. É oferta de odor agradável ao SENHOR. 11Assim se fará por cada boi ou por cada carneiro ou por cada cordeiro ou cabrito. 12Conforme o número que oferecerdes, assim fareis por cada um segundo o número deles.

13Todo o nativo do país procederá deste modo quando apresentar uma oferta de odor agradável ao SENHOR. 14Se o estrangeiro, que habita entre vós ou se encontrar no meio de vós, ao longo das vossas gerações, fizer uma oferta de odor agradável ao SENHOR, fará a oferta como vós fizerdes. 15Haverá uma só lei para vós e para o estrangeiro residente entre vós; uma lei eterna através das vossas gerações; como vós, assim será o estrangeiro diante do SENHOR. 16Haverá uma só lei e um só preceito para vós e para o estrangeiro residente entre vós.’»


Primícias do pão17O SENHOR disse a Moisés: 18«Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Quando entrardes na terra em que eu vos vou introduzir 19e comerdes do pão da terra, erguei uma oferta em tributo ao SENHOR.

20Como primícias da vossa flor de farinha erguei um bolo em oferta; como oferta da eira, assim o oferecereis. 21Das primícias da vossa flor de farinha dareis ao SENHOR uma oferta através das vossas gerações.»


Expiação das faltas por inadvertência (Lv 4,1-35) – 22«Mas se acontecer, por acaso, que não cumpris algum destes preceitos que o SENHOR ordenou a Moisés, 23isto é, tudo o que o SENHOR ordenou sobre vós por intermédio de Moisés, desde o dia em que o SENHOR o ordenou, e isto através das vossas gerações; 24se aos olhos da assembleia agistes por inadvertência, toda a assembleia oferecerá um novilho em holocausto de odor agradável ao SENHOR com sua oblação e libação, segundo o preceito, e um bode novo em sacrifício pelo pecado. 25O sacerdote fará a expiação por toda a assembleia dos filhos de Israel e ser-lhes-á perdoado, porque foi por inadvertência e porque apresentaram a sua oblação como oferta ao SENHOR e o seu sacrifício pelo pecado diante do SENHOR, pelas suas inadvertências. 26Será perdoada toda a assembleia dos filhos de Israel e o estrangeiro residente no meio de vós, porque todo o povo agiu por inadvertência.

27Mas se for uma só pessoa a que pecar por inadvertência, oferecerá uma cabra de um ano em sacrifício pelo pecado. 28E o sacerdote fará a expiação pela pessoa que cometeu o pecado por inadvertência diante do SENHOR, expiando por ela, e será perdoada. 29Tanto o nativo dos filhos de Israel como o estrangeiro residente no meio de vós, que agirem mal por inadvertência, terão uma só lei.

30Mas aquele que agir deliberadamente, quer dos nativos da terra quer dos estrangeiros, esse ultraja o SENHOR e será eliminado do meio do seu povo 31por ter desprezado a palavra do SENHOR e violado o seu preceito. Será eliminado; sobre ele cairá a sua iniquidade.’»


Castigo pela profanação do Sábado (Ex 20,8-11; 31,12-17; Lv 23,1-4; Dt 5,12-15) – 32Estando os filhos de Israel no deserto, encontraram um homem a apanhar lenha em dia de sábado. 33Os que o encontraram a apanhar lenha levaram-no a Moisés e a Aarão e a toda a assembleia 34e colocaram-no em custódia, porque não se decidira ainda o que se lhe devia fazer.

35Então o SENHOR disse a Moisés: «Esse homem será morto. Toda a assembleia o apedrejará, fora do acampamento.» 36De facto, toda a assembleia o fez sair para fora do acampamento, apedrejando-o, e foi morto, como o SENHOR ordenara a Moisés.


As franjas das vestes37O SENHOR disse a Moisés: 38Fala aos filhos de Israel e diz-lhes que façam para si, ao longo das suas gerações, franjas nos cantos das suas vestes, pondo na franja de cada canto um cordão de lã purpúrea. 39Tereis, assim, franjas que, quando olhardes para elas, vos recordarão todos os preceitos do SENHOR. Haveis de cumpri-los e não vos deixareis arrastar pelos vossos corações e pelos vossos olhos, que vos seduziriam para o mal. 40Por isso vos lembrareis de cumprir todos os meus preceitos e sereis santos para o vosso Deus! 41Eu sou o SENHOR vosso Deus que vos fiz sair da terra do Egipto para ser o vosso Deus! – Eu sou o SENHOR vosso Deus!»

Capítulo 16

Revolta de Coré, Datan e Abiram (Lv 10,1-3; Sir 45,18-19) 1Coré, filho de Jiçar, filho de Queat, filho de Levi, tomou Datan e Abiram, filhos de Eliab, e On, filho de Pélet, filhos de Rúben, 2e revoltaram-se contra Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da assembleia, membros do conselho, homens de posição.

3Reuniram-se contra Moisés e Aarão e disseram-lhes: «Estamos saturados de vós! Toda a assembleia, todos eles são santos e o SENHOR está no meio deles. Porque vos impondes à comunidade do SENHOR?»

4Moisés ouviu e caiu de face por terra; 5depois falou a Coré e a todo o seu grupo: «Amanhã o SENHOR dará a conhecer quem lhe pertence, quem é santo e quem quer junto de si. Quem Ele escolher, esse se aproximará dele. 6Fazei isto: Tomai turíbulos, Coré, e todo o seu grupo. 7Amanhã, ponde fogo nos turíbulos e deitai-lhes incenso diante do SENHOR. Aquele que o SENHOR escolher, esse será santo. Basta convosco, filhos de Levi!»

8E Moisés disse a Coré: «Escutai, filhos de Levi! 9Acaso é pouco para vós ter-vos escolhido o Deus de Israel de entre a assembleia de Israel, deixando-vos aproximar de si para servir no culto do tabernáculo do SENHOR e para estar diante da assembleia como seus ministros? 10Fez-te aproximar a ti e a todos os teus irmãos, filhos de Levi, contigo, e ainda ambicionais o sacerdócio? 11É por isso que tu e todo o teu grupo conspirais contra o SENHOR? E quem é Aarão para murmurardes contra ele?»

12Moisés mandou chamar Datan e Abiram, filhos de Eliab, mas eles disseram: «Não vamos! 13Acaso é pouco teres-nos feito subir duma terra onde corre leite e mel para nos fazeres morrer no deserto? Quererás ainda dominar sobre nós? 14Não nos conduziste à terra onde corre leite e mel nem nos deste em herança campos e vinhas. Quererás cegar os olhos destes homens? Nós não vamos!»

15Moisés zangou-se muito e disse ao SENHOR: «Não aceites as suas ofertas! Nunca lhes tirei um jumento e a nenhum deles fiz mal.»

16E Moisés disse a Coré: «Tu e todos os do teu grupo, apresentai-vos diante do SENHOR, amanhã, tu, eles e Aarão. 17Cada um de vós tome o seu turíbulo e deite nele incenso e apresente-o diante do SENHOR, cada um com o seu, ao todo duzentos e cinquenta turíbulos, tu e Aarão, cada um com o seu.» 18Cada um tomou o seu turíbulo, deitou-lhe fogo cobrindo-o de incenso e colocou-se à entrada do tabernáculo da reunião com Moisés e Aarão. 19Coré tinha convocado contra eles toda a assembleia à entrada da tenda da reunião. A glória do SENHOR manifestou-se a toda a assembleia.

20Então o SENHOR falou a Moisés e a Aarão, dizendo: 21«Separai-vos do meio dessa assembleia, pois vou exterminá-los num momento.» 22Mas eles caíram de rosto por terra e disseram: «Ó Deus, Deus dos espíritos de toda a humanidade! Só um homem pecou, e Tu irás enfurecer-te contra toda a assembleia?» 23E o SENHOR disse a Moisés: 24«Fala à assembleia, dizendo: ‘Afastai-vos da beira da habitação de Coré, de Datan e de Abiram.’»

25Levantou-se, pois, Moisés e foi ter com Datan e Abiram, seguindo atrás dele os anciãos de Israel. 26Disse à assembleia: «Afastai-vos das tendas destes homens maus e não toqueis em nada que lhes pertença, para não perecerdes por causa de todos os seus pecados.» 27Retiraram-se, então, da beira da habitação de Coré, de Datan e de Abiram, enquanto Datan e Abiram se colocavam à entrada das tendas com suas mulheres, seus filhos e suas crianças. 28E Moisés disse: «Agora sabereis que foi o SENHOR quem me enviou para fazer todas estas coisas, e não foi por mim mesmo. 29Se estes aqui morrerem como morre toda a gente; se o destino de toda a gente for também o deles, então não foi o SENHOR que me enviou. 30Mas se o SENHOR, em verdade, realizar um prodígio, se a terra se abrir para os engolir com tudo o que lhes pertence e eles descerem vivos ao mundo dos mortos, então sabereis que estes homens desprezaram o SENHOR.»

31Ora aconteceu que, mal ele acabou de dizer todas estas coisas, o chão abriu-se debaixo deles 32e a terra, abrindo a sua boca, engoliu-os com todas as suas famílias e todos os homens de Coré com todos os seus bens. 33Assim desceram vivos ao mundo dos mortos, eles e tudo o que lhes pertencia. A terra cobriu-os e desapareceram do meio da comunidade. 34Todo o Israel que estava em volta deles fugiu com o grito que eles soltaram quando a terra os engoliu. 35Entretanto, da parte do SENHOR, surgiu um fogo que devorou os duzentos e cinquenta homens que tinham apresentado o incenso.

Capítulo 17

Nova murmuração (14,1-12) 1O SENHOR falou a Moisés: 2«Diz ao sacerdote Eleázar, filho de Aarão, que retire os turíbulos de entre as chamas e espalhe ao longe o fogo, porque estão santificados. 3Com os turíbulos desses que pecaram e perderam a vida, fazei lâminas de metal batido para o altar, pois, sendo apresentadas diante do SENHOR, serão santificadas e ficarão como sinal para os filhos de Israel.»

4Tomou o sacerdote Eleázar os turíbulos de bronze que tinham apresentado os que foram queimados e transformaram-nos em lâminas de metal batido para o altar. 5Isto é um memorial para os filhos de Israel, razão pela qual nenhum homem estranho, que não seja da descendência de Aarão, se deve aproximar para oferecer incenso diante do SENHOR para que não lhe suceda como a Coré e ao seu grupo, quando o SENHOR lhe falou por meio de Moisés.

6No dia seguinte, toda a assembleia dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Aarão, dizendo: «Vós matastes o povo do SENHOR!» 7Ora aconteceu que, ao reunir-se a assembleia contra Moisés e contra Aarão, eles se voltaram para a tenda da reunião e eis que a nuvem a cobriu aparecendo a glória do SENHOR. 8Moisés e Aarão foram para diante da tenda da reunião. 9O SENHOR disse a Moisés: 10«Afastai-vos do meio dessa assembleia e Eu os exterminarei num momento.» Mas eles caíram de face por terra. 11E Moisés disse a Aarão: «Toma o turíbulo, deita nele fogo do altar e põe incenso. Vai depressa para o meio da assembleia e faz expiação por eles, porque se desencadeou a ira do SENHOR; o flagelo começa.»

12Fez Aarão como dissera Moisés, correndo para o meio da comunidade e eis que começou o flagelo contra o povo. Ele pôs o incenso e fez expiação pelo povo. 13Interpôs-se entre os mortos e os vivos e a calamidade cessou. 14Morreram na praga catorze mil e setecentos, além dos que tinham morrido por causa da palavra de Coré. 15Aarão voltou para junto de Moisés à entrada da tenda da reunião, e a calamidade cessou.


A vara de Aarão16O SENHOR disse a Moisés: 17«Fala aos filhos de Israel e toma deles uma vara, uma vara por casa patriarcal, de todos os seus príncipes, pelas suas casas patriarcais: doze varas. Escreverás o nome de cada um na sua vara. 18Escreverás o nome de Aarão na vara de Levi, porque só haverá uma vara para cada chefe de casa patriarcal. 19Depositá-las-ás na tenda da reunião, diante do testemunho onde Eu me revelo a vós. 20Florescerá, então, a vara do homem que Eu escolher e farei desaparecer da minha frente as murmurações que os filhos de Israel fizeram contra vós.»

21Moisés falou aos filhos de Israel e todos os seus príncipes lhe deram uma vara, uma vara por cada príncipe, um príncipe por cada casa patriarcal: doze varas. A vara de Aarão estava no meio de todas as outras. 22Moisés depositou as varas diante do SENHOR na tenda do testemunho.

23Aconteceu no dia seguinte que, voltando Moisés à tenda do testemunho, eis que tinha florido a vara de Aarão, da casa de Levi: germinara um botão, desabrochara em flores e fizera amadurecer amêndoas. 24Moisés mandou retirar de diante do SENHOR todas as varas para diante de todos os filhos de Israel que as viram e cada um tomou a sua.

25Disse o SENHOR a Moisés: «Torna a trazer a vara de Aarão diante do testemunho como guarda e sinal para os rebeldes; e poderás fazer cessar as suas murmurações contra mim, e eles não morrerão.»

26Moisés assim fez; como o SENHOR lhe ordenara, assim ele fez. 27Disseram os filhos de Israel a Moisés: «Com certeza vamos perecer; estamos perdidos; estamos todos perdidos! 28Todo aquele que se aproxima do tabernáculo do SENHOR morre. Porventura iremos mesmo morrer?»

Capítulo 18

Deveres e direitos dos sacerdotes e levitas1Disse o SENHOR a Aarão: «Tu e teus filhos, juntamente com a casa de teu pai, carregareis os pecados relativos ao santuário. Tu e teus filhos carregareis os pecados do vosso sacerdócio. 2Faz aproximar contigo também os teus irmãos, da tribo de Levi, tribo de teu pai, e eles colaborarão contigo e te servirão quando tu e teus filhos estiverdes diante da tenda do testemunho. 3Eles farão a tua guarda e a guarda de toda a tenda; só não se aproximarão dos objectos sagrados nem do altar para não morrerem, nem eles nem tu. 4Colaborarão contigo e farão a guarda da tenda da reunião em todo o serviço da tenda para que nenhum estranho se aproxime de vós. 5Fareis a guarda do santuário e a guarda do altar, para que a minha cólera não caia mais sobre os filhos de Israel. 6Eis que eu mesmo escolhi de entre os filhos de Israel os vossos irmãos, os levitas, entregues a vós como dádiva pelo SENHOR, para fazerem o serviço da tenda da reunião. 7Tu e teus filhos contigo guardareis o vosso sacerdócio para todas as coisas do altar e atrás do véu; esse será o vosso serviço. Entreguei-vos o sacerdócio como dádiva de serviço; o estranho que se aproximar morrerá.»


Sustento dos sacerdotes e levitas (Lv 6-7) – 8O SENHOR falou a Aarão: «Eis que Eu próprio te dei a guarda dos meus tributos. Todas as coisas santas dos filhos de Israel são dadas a ti e a teus filhos por causa da unção, como lei eterna. 9Isto será para ti: de entre todas as coisas santificadas pelo fogo, todas as suas ofertas de todas as oblações, de todos os sacrifícios pelo pecado, de todos os sacrifícios de reparação; as coisas santas que me retribuírem serão para ti e para teus filhos. 10Comê-las-ás como as coisas mais sagradas; todo o varão as poderá comer, pois isso é para ti uma coisa santa. 11É para ti o tributo dos seus dons, de tudo o que for erguido em oferta pelos filhos de Israel; são dados a ti e a teus filhos e às tuas filhas que estiverem contigo, como lei eterna; todo o que estiver puro em tua casa poderá comer isso. 12As primícias de toda a gordura de azeite, de toda a gordura de vinho e trigo, que derem ao SENHOR, são dadas a ti. 13As primícias de tudo o que estiver na terra, que eles apresentem ao SENHOR, serão para ti: todo o que estiver puro em tua casa as poderá comer. 14Tudo o que em Israel for votado ao anátema será para ti. 15Todo o primogénito, de qualquer criatura, quer de homens quer de animais, que oferecerem ao SENHOR, será para ti; no entanto, mandarás que se resgate o primogénito do homem e o primogénito do animal impuro. 16Resgatá-lo-ão a partir de um mês, segundo a tua avaliação, por cinco siclos de prata pelo siclo do santuário, de vinte gueras cada um. 17Só não resgatarás o primogénito da vaca ou da ovelha ou da cabra; são coisa sagrada. Derramarás o sangue deles sobre o altar, queimarás as suas gorduras em oferta de odor agradável ao SENHOR. 18E a carne deles será para ti como o peito apresentado ritualmente e como a coxa direita.

19Todos os tributos santificados, que os filhos de Israel oferecem ao SENHOR, Eu os darei a ti, aos teus filhos e às tuas filhas como lei perpétua, aliança de sal, eterna diante do SENHOR, para ti e para a tua descendência.»


Dízimos para os levitas (Lv 27,30-33; Dt 14,22-29) – 20O SENHOR disse a Aarão: «Na terra deles não receberás herança nem terás parte junto com eles. Eu serei a tua parte e a tua herança entre os filhos de Israel. 21Aos levitas, eis que Eu darei em Israel todos os dízimos como herança, recompensa pelos serviços que eles prestaram no culto da tenda da reunião. 22Os filhos de Israel não mais se aproximarão da tenda da reunião, cometendo um pecado que levaria à morte. 23Os levitas prestarão o serviço da tenda da reunião e eles carregarão o seu pecado, lei perpétua através das vossas gerações. No meio dos filhos de Israel, eles não receberão qualquer herança, 24porque o dízimo, que os filhos de Israel oferecem em tributo ao SENHOR, Eu o darei em herança aos levitas. Por isso, lhes disse que, entre os filhos de Israel, não receberiam qualquer herança.»

25O SENHOR disse a Moisés: 26Falarás aos levitas e lhes dirás: ‘Quando receberdes dos filhos de Israel o dízimo que deles vos dei como vossa herança, oferecereis de vós um tributo ao SENHOR, o dízimo do dízimo. 27E esse será considerado por vós o vosso tributo como trigo da eira e colheita do lagar. 28Assim, também vós oferecereis tributo ao SENHOR de todos os vossos dízimos que recebeis dos filhos de Israel e entregareis o tributo do SENHOR ao sacerdote Aarão. 29De todos os vossos dons oferecereis tributo ao SENHOR; a melhor parte é que será consagrada’. 30Dir-lhes-ás ainda: ‘Ao oferecerdes o melhor dele, será considerado pelos levitas como produto da eira e como tributo do lagar. 31Comê-lo-eis em todos os lugares, vós e as vossas famílias, porque ele será para vós o preço pelos vossos serviços na tenda da reunião. 32Não cometereis por causa disso pecado algum, ao oferecerdes o melhor dele, nem profanareis as coisas santas dos filhos de Israel nem morrereis.’»

Capítulo 19

Leis da purificação ritual: a vaca vermelha (Heb 9,13-14; 13,11-13) – 1O SENHOR disse a Moisés e a Aarão: 2«Este é o preceito da lei que vos ordena o SENHOR, ao dizer: ‘Fala aos filhos de Israel para que te tragam uma vaca vermelha, sem defeito, que não tenha manchas nem tenha carregado o jugo. 3Entregá-la-eis ao sacerdote Eleázar, o qual a levará para fora do acampamento e a mandará degolar à sua vista. 4Então o sacerdote Eleázar com o dedo tomará do sangue e fará sete vezes com sangue aspersão para diante da tenda da reunião. 5Queimarão, depois, a vaca à vista dele: queimar-lhe-ão a pele, a carne, o sangue e também os intestinos. 6Então o sacerdote agarrará um pouco de madeira de cedro e de hissopo e um pano carmesim e os atirará ao fogo em que arde a vaca. 7O sacerdote lavará as suas vestes e o seu corpo e, depois, voltará para o acampamento; mas ficará impuro até à tarde. 8O que esteve a queimar a vaca lavará também as suas vestes e o seu corpo, mas ficará impuro até à tarde. 9Um homem puro recolherá a cinza da vaca e a porá fora do acampamento num lugar puro, ficando à guarda da comunidade dos filhos de Israel para as águas da purificação. Isto é um sacrifício pelo pecado. 10Aquele que juntou a cinza da vaca lavará as suas vestes e ficará impuro até à tarde. Isto será para os filhos de Israel e para os estrangeiros que habitam no meio deles uma lei perpétua.

11Quem tocar no cadáver de qualquer pessoa ficará impuro sete dias. 12Esse deve purificar-se no terceiro e no sétimo dia; mas, se não se purificar no terceiro e no sétimo dia com essa água, não ficará puro. 13Todo o que tocar no cadáver de qualquer pessoa que tenha morrido e não se purificar, profanará o tabernáculo do SENHOR e será exterminado de Israel; porque as águas da purificação não correram sobre ele, ficará impuro enquanto a impureza estiver nele. 14Esta é a lei: Quando um homem morrer numa tenda, todos os que entrarem nessa tenda e todos os que lá estiverem ficarão impuros durante sete dias; 15e todo o vaso aberto, que não tiver cobertura, ficará impuro também. 16E todo aquele que, em pleno campo, tocar num homem trespassado pela espada ou num cadáver ou em ossos humanos ou numa sepultura, ficará impuro durante sete dias. 17Para o purificar, tomarão da cinza queimada do sacrifício pelo pecado e derramarão sobre ele um vaso de água da corrente. 18Depois, um homem puro tomará o hissope e o mergulhará na água e aspergirá a tenda, todos os objectos, as pessoas que lá se encontrarem e o que tiver tocado nos ossos ou no assassinado ou no cadáver ou no sepulcro. 19O homem puro aspergirá o impuro no terceiro e no sétimo dia e, quando estiver purificado no sétimo dia, lavará as suas vestes, tomará banho e, naquela tarde, ficará puro. 20O homem que se tornar impuro e não se purificar deverá ser expulso do meio da comunidade, porque ele mancha o santuário do SENHOR; não tendo corrido sobre ele as águas da purificação, ele ficará impuro. 21Isto será para vós uma lei perpétua. Aquele que tiver feito a aspersão com água da purificação deve lavar as suas vestes, e aquele que tiver tocado nas águas da purificação ficará impuro até à tarde. 22Tudo aquilo que ele tocar ficará impuro e toda a pessoa que nele tocar ficará impura até à tarde.’»

Capítulo 20

Morte de Maria1Toda a comunidade dos filhos de Israel chegou ao deserto de Cin, no primeiro mês, e o povo instalou-se em Cadés. Ali morreu Maria e ali foi sepultada.


As águas de Meribá (Ex 17,1-7; Sl 95,8-11) – 2Como a comunidade não tinha água, amotinaram-se contra Moisés e Aarão. 3O povo começou a discutir com Moisés, dizendo: «Oxalá tivéssemos perecido com os nossos irmãos diante do SENHOR! 4Porque conduzistes a comunidade do SENHOR a este deserto? Foi para morrermos aqui com os nossos rebanhos? 5E porque nos tirastes do Egipto? Foi para nos fazer vir para este lugar mau, que não é lugar de sementeiras, nem de figueiras, nem de vinhas, nem de romãs, nem de água para beber?»

6Moisés e Aarão afastaram-se da comunidade, dirigiram-se à porta da tenda da reunião e inclinaram-se de rosto por terra. Apareceu-lhes então a glória do SENHOR. 7E o SENHOR disse a Moisés: 8«Toma a tua vara e convoca a assembleia. Tu e Aarão, teu irmão, falareis ao rochedo diante de todos, e ele dará as suas águas; farás jorrar para eles água do rochedo e darás de beber à assembleia e seus rebanhos.»

9Moisés tomou a vara que estava diante do SENHOR, como Ele lhe tinha ordenado. 10Moisés e Aarão convocaram a comunidade para diante do rochedo, e ele falou-lhes: «Ouvi, rebeldes! Porventura, deste rochedo poderemos fazer jorrar água para vós?» 11Moisés levantou a mão e bateu com a sua vara duas vezes no rochedo. Jorrou, então, tanta água que a assembleia e seus rebanhos puderam beber.

12O SENHOR disse a Moisés e a Aarão: «Porque vós não acreditastes em mim, para provardes a minha santidade diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta comunidade na terra que lhes vou dar.» 13Estas são as águas de Meribá, onde os filhos de Israel discutiram com o SENHOR e Ele lhes mostrou a sua santidade.


Edom recusa passagem aos israelitas14De Cadés, Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom: «Assim fala o teu irmão, Israel: Tu sabes todas as dificuldades que temos encontrado. 15Os nossos pais desceram ao Egipto, onde habitámos durante muito tempo, mas os egípcios trataram-nos mal a nós e aos nossos pais. 16Clamámos ao SENHOR; Ele ouviu a nossa voz e mandou-nos um anjo que nos fez sair do Egipto. Eis-nos, agora, em Cadés, cidade junto à tua fronteira. 17Deixa-nos passar pelo teu país; não atravessaremos os campos nem as vinhas e não beberemos a água dos poços; seguiremos pela estrada real sem nos desviarmos para a direita nem para a esquerda, até que tenhamos atravessado o teu país.»

18Edom, porém, respondeu: «Não passarás por mim para eu não sair ao teu encontro com a espada.» 19Responderam-lhe os filhos de Israel: «Avançaremos pela estrada e, se bebermos das tuas águas, eu e os meus rebanhos, te pagaremos o preço; não ponhas problemas para nos deixar passar.» 20Mas ele replicou: «Não passarás.» E logo saiu Edom ao encontro dele com muita gente e com mão forte. 21Recusando Edom dar passagem a Israel através do seu país, Israel tomou outra direcção.


Morte de Aarão (33,38-39) – 22Partiram de Cadés e toda a assembleia dos filhos de Israel chegou ao monte Hor. 23O SENHOR disse a Moisés e a Aarão no monte Hor, nos confins da terra de Edom: 24«Aarão irá juntar--se aos seus antepassados, pois não entrará na terra que Eu vou dar aos filhos de Israel, por terdes sido rebeldes à minha voz junto das águas de Meribá. 25Toma Aarão e seu filho Eleázar e sobe com eles ao monte Hor. 26Tira a Aarão as suas vestes e veste-as a seu filho Eleázar; Aarão juntar-se-á aos seus e morrerá ali.»

27Moisés fez como o SENHOR ordenara: subiram ao monte Hor à vista de toda a assembleia. 28Moisés despojou Aarão das suas vestes e revestiu com elas seu filho Eleázar. Aarão morreu ali, no cimo do monte. Moisés e Eleázar desceram do monte. 29Toda a assembleia viu que Aarão tinha falecido e toda a casa de Israel chorou Aarão, durante trinta dias.

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