Capítulo 21
Leis sobre escravos hebreus (Lv 25,39-55; Dt 15,12-18) – 1São estas as normas que porás diante deles: 2quando adquirires um escravo hebreu, ele servirá seis anos; mas no sétimo, ele sairá em liberdade, sem nada pagar. 3Se veio sozinho, sairá sozinho; se tinha uma mulher, a sua mulher sairá com ele. 4Se o seu senhor lhe deu uma mulher, e se ela lhe gerou filhos ou filhas, a mulher e os seus filhos serão para o seu senhor, e ele sairá sozinho. 5Mas se o escravo declarar: ‘Eu amo o meu senhor, a minha mulher e os meus filhos, não quero sair em liberdade’, 6o seu senhor fá-lo-á aproximar de Deus, fá-lo-á aproximar da porta ou do umbral, e perfurar-lhe-á a orelha com uma sovela, e ele servi-lo-á para sempre.
7E quando um homem vender a sua filha como serva, ela não sairá como saem os escravos. 8Se ela desagradar aos olhos do seu senhor, de modo que ele não a destine para si, fá-la-á resgatar; não é senhor de a vender a um povo estrangeiro, tratando-a com deslealdade. 9E se a destinar para o seu filho, fará com ela segundo o direito das filhas. 10Se tomar outra para si, não reduzirá o seu alimento, nem o seu vestuário nem os seus direitos conjugais. 11Se não cumprir para com ela estas três coisas, ela poderá sair sem pagar nada, sem recorrer a dinheiro.
Homicídio – 12Aquele que ferir um homem até à morte, deverá morrer. 13Se ele não armou uma cilada, e foi Deus que o fez cair na sua mão, fixarei para ti um lugar onde ele se possa refugiar. 14Mas quando alguém se enfurecer contra o seu próximo para o assassinar à traição, arrancá-lo-ás até mesmo do meu altar, para que morra.
15Quem ferir o seu pai ou a sua mãe, deverá morrer.
16Quem raptar um homem e o vender, ou o retiver em seu poder, deverá morrer.
17Quem amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe, deverá morrer.
Danos pessoais (Nm 35,16-34; Dt 19,4-13; Mt 5,38-42) – 18E quando alguns homens litigarem e um deles ferir o seu próximo com uma pedra ou com o punho, sem o matar, mas levando-o a cair de cama, 19se ele se levantar e andar por fora agarrado ao seu cajado, aquele que o feriu será absolvido; apenas lhe retribuirá pela sua paragem forçada e o curará completamente.
20E quando um homem ferir o seu escravo ou a sua serva com um bastão, e vierem a morrer sob a sua mão, serão vingados; 21se, porém, sobreviverem um dia ou dois, não serão vingados, pois eles são o seu dinheiro.
22E quando alguns homens brigarem e ferirem uma mulher grávida, e ela abortar, mas não houver acidente fatal, será paga uma indemnização, como impuser sobre o assunto o marido da mulher, e será dada através de juízes. 23Mas se houver acidente fatal, darás vida por vida, 24olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, 25queimadura por queimadura, ferida por ferida, contusão por contusão.
26E quando um homem ferir a vista do seu escravo ou a vista da sua escrava, e a destruir, deixá-los-á partir em liberdade pela sua vista. 27E se fizer cair um dente do seu escravo ou um dente da sua serva, deixá-lo-á partir em liberdade pelo seu dente.
28E quando um boi marrar num homem ou numa mulher, vindo a causar a morte, o boi será apedrejado e a sua carne não será comida, mas o dono do boi será absolvido. 29Mas se esse boi já antes marrava, e se o seu dono já tinha sido avisado e não o guardava, e se causar a morte a um homem ou a uma mulher, o boi será apedrejado e também o seu dono será morto. 30Se lhe for imposto um resgate, dará então como resgate pela sua vida tudo o que lhe for imposto. 31Se marrar num filho ou se marrar numa filha, far-se-á com ele segundo esta norma. 32Se o boi marrar num escravo ou numa serva, dar-se-á ao senhor deles trinta siclos em dinheiro, e o boi será apedrejado.
Danos contra a propriedade – 33E quando um homem destapar um poço, ou quando um homem escavar um poço e não o cobrir, e lá cair um boi ou um jumento, 34o dono do poço pagará em dinheiro ao seu dono, mas o animal morto será para ele.
35E quando o boi de um homem ferir de morte o boi do seu próximo, venderão o boi vivo e repartirão o seu dinheiro; e repartirão também o morto. 36Mas se era conhecido que aquele boi já antes marrava, e o seu dono não o guardou, terá de pagar boi por boi, e o animal morto será para ele.
37E quando um homem roubar um boi ou um animal do rebanho, e o abater ou o vender, pagará cinco bois pelo boi, e quatro ovelhas pelo animal do rebanho.
Capítulo 22
1Se o ladrão for surpreendido quando procede a um arrombamento, e for ferido de morte, não haverá para ele vingança de sangue. 2Se o sol brilhava sobre ele, haverá para ele vingança de sangue. Ele deverá pagar; se não tiver com que pagar, será vendido pelo seu roubo. 3Se for encontrado na sua mão o roubo de um boi ou de um jumento ou de um animal do rebanho ainda vivos, pagará o dobro.
4Quando um homem tiver em pastagem um campo ou uma vinha, e deixar o seu gado pastar no campo de outrem, pagará com o melhor do seu campo e com o melhor da sua vinha.
5Quando um fogo alastrar e alcançar espinheiros, e devorar medas ou searas ou campos, o incendiário pagará o que tiver sido queimado.
Danos particulares (Lv 5,20-26) – 6Quando um homem der ao seu próximo dinheiro ou objectos para guardar, e forem roubados de casa do homem, se o ladrão for encontrado, pagará o dobro; 7se o ladrão não for encontrado, o dono da casa jurará diante de Deus que não pôs a sua mão sobre os bens do seu próximo.
8Em toda a causa de litígio sobre um boi, sobre um jumento, sobre um animal do rebanho, sobre vestuário, sobre qualquer coisa perdida, o litígio apresentar-se-á diante de Deus; aquele que Deus declarar culpado pagará o dobro ao seu próximo.
9Quando um homem der ao seu próximo um jumento, ou um boi, ou um animal do rebanho, ou qualquer animal para guardar, e este morrer, ou fracturar um membro, ou for levado, sem ninguém ver, 10haverá um juramento em nome do SENHOR entre as duas partes. Se este não estendeu a sua mão sobre os bens do seu próximo, o seu dono aceitará, e o outro nada pagará. 11Mas se foi roubado junto dele, pagará ao seu dono. 12Se foi despedaçado, trará como prova o animal despedaçado, e nada pagará.
13E quando um homem pedir emprestado ao seu companheiro um animal, e for fracturado um membro ou morrer, e o seu dono não estiver com ele, terá de pagar. 14Se o seu dono estiver com ele, não pagará. Se ele tinha sido alugado, pagará o preço do seu aluguer.
15E quando um homem seduzir uma virgem que não esteja noiva, e se deitar com ela, dar-lhe-á o dote e será sua esposa. 16Se o pai dela se recusa terminantemente a dar-lha, ele pagará em dinheiro conforme o dote das virgens.
17Não deixarás viver a feiticeira.
18Todo aquele que se deitar com um animal deverá morrer.
19Quem sacrifica aos deuses será votado ao anátema, excepto se sacrifica ao SENHOR e só a Ele.
20Não usarás de violência contra o estrangeiro residente nem o oprimirás, porque foste estrangeiro residente na terra do Egipto.
21Não maltratarás nenhuma viúva nem nenhum órfão. 22Se tu o maltratares, e se ele clamar a mim, hei-de ouvir o seu clamor; 23a minha ira inflamar-se-á e matar-vos-ei à espada, e as vossas mulheres ficarão viúvas e os vossos filhos ficarão órfãos.
24Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, ao indigente que está contigo, não serás para ele como um usurário: não lhe imporás juros.
25Se penhorares o manto do teu próximo, devolver-lho-ás até ao pôr-do-sol, 26porque a capa é tudo o que ele tem para cobrir a pele. Com que é que ele se deitaria? E se vier a clamar a mim, ouvi-lo-ei, porque Eu sou misericordioso.
27Não blasfemarás contra Deus e não amaldiçoarás um chefe do teu povo.
28Não reterás os teus frutos maduros e o que escorre do teu lagar. Dar-me-ás o primogénito dos teus filhos.
29Farás o mesmo com o primogénito do teu boi e das tuas ovelhas: sete dias ficará com a sua mãe, e no oitavo dia mo darás.
30Sereis para mim homens santos. Não comereis carne de animal despedaçado no campo. Lançá-la-eis aos cães.
Capítulo 23
Deveres de justiça – 1Não levantarás rumores falsos. Não ponhas a tua mão com o culpado, para seres uma testemunha de injustiça.
2Não irás atrás da maioria para o mal, e não intervirás num processo para te inclinares atrás da maioria, violando a justiça. 3Não favorecerás o fraco no seu processo.
4Quando encontrares um boi do teu inimigo ou o seu jumento, desgarrados, tu lhos levarás de volta. 5Quando vires um jumento daquele que te odeia caído debaixo da sua carga, não o abandones. Deves soltá-lo com ela.
6Não falsificarás o direito dos teus pobres no seu processo.
7Manter-te-ás longe da causa mentirosa.
Não matarás um inocente e um justo, porque Eu não declaro justo um culpado.
8Não aceitarás presentes, porque o presente cega aqueles que vêem e perverte as palavras dos justos.
9Não oprimirás um estrangeiro residente; vós conheceis a vida do estrangeiro residente, porque fostes estrangeiros residentes na terra do Egipto.
Ano sabático e sábado (Lv 23,3-4; 25,1-7) – 10Durante seis anos semearás a tua terra e colherás o seu produto. 11No sétimo ano, porém, deixá--la-ás em pousio e abandoná-la-ás; os pobres do teu povo comerão, e os animais do campo comerão o que restar. Farás do mesmo modo para a tua vinha, para o teu olival.
12Durante seis dias farás os teus afazeres, mas no sétimo dia deixarás de trabalhar, para que descansem o teu boi e o teu jumento, e tomem fôlego o filho da tua serva e o estrangeiro residente.
13Guardareis tudo o que vos disse. Do nome de outros deuses não fareis menção: não se oiça na vossa boca.
Festas anuais (34,14-26; Lv 23,1-43; 25,1-22; Dt 16,1-17) – 14Três vezes no ano, farás uma festa em minha honra.
15Guardarás a festa dos pães sem fermento. Durante sete dias comerás pães sem fermento, como te ordenei, no tempo fixado do mês de Abib, porque foi nele que saíste do Egipto. E ninguém se apresente diante de mim de mãos vazias.
16Guardarás também a festa da ceifa, das primícias do teu trabalho, daquilo que semeaste no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando recolheres os teus frutos do campo.
17Três vezes no ano todos os teus varões se apresentarão diante do Senhor DEUS.
18Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão fermentado; e a gordura da minha festa não passará a noite até de manhã.
19Trarás à casa do SENHOR, teu Deus, os primeiros frutos das primícias do teu solo.
Não ferverás um cabrito no leite da sua mãe.
Promessas e recomendações antes da partida para Canaã – 20Eis que Eu envio um anjo diante de ti, para te guardar no caminho e para te fazer entrar no lugar que Eu preparei. 21Mantém-te atento na sua presença e escuta a sua voz. Não lhe causes amargura, porque ele não suportará a vossa transgressão, porque está nele a minha autoridade. 22Mas se escutares a sua voz e se fizeres tudo o que Eu falar, Eu serei inimigo dos teus inimigos e serei adversário dos teus adversários, 23pois o meu anjo caminhará diante de ti e te fará entrar na terra do amorreu, do hitita, do perizeu, do cananeu, do heveu e do jebuseu, e Eu exterminá-lo-ei.
24Não te prostrarás diante dos seus deuses, não os servirás, não farás como eles fazem, mas destruí-los-ás e quebrarás as suas estelas. 25Servireis o SENHOR, vosso Deus, e Ele abençoará o teu pão e a tua água, e Eu afastarei a doença do meio de ti. 26Não haverá na tua terra mulher que aborte ou que seja estéril, e Eu encherei o número dos teus dias.
27Enviarei diante de ti o meu pavor e provocarei a confusão em todos os povos em cuja terra entrares, e todos os teus inimigos fugirão de ti. 28Enviarei diante de ti vespas, para que expulsem da tua frente o heveu, o cananeu e o hitita. 29Não os expulsarei da tua frente num ano só, para que a terra não fique deserta, e se multipliquem contra ti os animais do campo. 30Vou expulsá-los da tua frente pouco a pouco, até que tenhas crescido e possas herdar a terra. 31Fixarei os teus confins desde o Mar dos Juncos até ao mar dos Filisteus, e do deserto até ao rio, pois colocarei nas tuas mãos os habitantes da terra, e tu os expulsarás da tua frente. 32Não farás aliança com eles nem com os seus deuses. 33Eles não habitarão na tua terra, para que não te façam pecar contra mim; porque tu servirias os seus deuses, e isso seria para ti uma armadilha.»
Capítulo 24
Ritos da aliança (Js 24,16-22; Mt 26,28; Heb 9,18-22) – 1E Ele disse a Moisés: «Sobe ao encontro do SENHOR, tu, Aarão, Nadab, Abiú e setenta dos anciãos de Israel, e prostrar-vos-eis de longe. 2Moisés aproximar-se-á sozinho do SENHOR. Eles não se aproximarão, e o povo não subirá com ele.»
3Moisés veio e relatou ao povo todas as palavras do SENHOR e todas as normas, e todo o povo respondeu a uma só voz, e disse: «Poremos em prática todas as palavras que o SENHOR pronunciou.»
4Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR. Levantou-se de manhã cedo e construiu um altar no sopé da montanha, e doze estelas pelas doze tribos de Israel. 5E enviou os jovens dos filhos de Israel, e ofereceram holocaustos e sacrificaram ao SENHOR novilhos como sacrifícios de comunhão.
6Moisés tomou metade do sangue e colocou-o em bacias, e metade do sangue espalhou-o sobre o altar. 7Tomou o Livro da Aliança e leu-o na presença do povo, que disse: «Tudo o que o SENHOR disse, nós o faremos e obedeceremos.» 8Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: «Eis o sangue da aliança que o SENHOR concluiu convosco, mediante todas estas palavras.»
Aparição do Senhor – 9Moisés subiu com Aarão, Nadab e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. 10Contemplaram o Deus de Israel. Sob os seus pés, havia como que um pavimento de safiras, tão puro como o próprio céu. 11E Ele não estendeu a mão contra estes eleitos dos filhos de Israel, os quais contemplaram a Deus e depois comeram e beberam.
12O SENHOR disse a Moisés: «Sobe até mim, ao alto da montanha; e fica ali para que Eu te dê as tábuas de pedra, com as leis e os mandamentos que nelas escrevi, para lhos ensinares.» 13Moisés partiu com Josué, seu servidor, e subiu ao monte de Deus. 14E aos anciãos ele disse: «Esperai aqui por nós até regressarmos para junto de vós. Eis que Aarão e Hur ficam convosco. Todo aquele que tiver uma questão, dirija-se a eles.»
15E Moisés subiu à montanha. A nuvem cobria a montanha, 16e a glória do SENHOR permaneceu sobre a montanha do Sinai, e a nuvem envolveu-o durante seis dias. No sétimo dia, o SENHOR chamou por Moisés do meio da nuvem. 17Aos olhos dos filhos de Israel, a majestade do SENHOR tinha o aspecto de um fogo devorador no cimo da montanha. 18Moisés entrou pelo meio da nuvem e subiu à montanha, e ali esteve Moisés durante quarenta dias e quarenta noites.
Capítulo 25
O santuário. As ofertas (35, 4-29) – 1O SENHOR falou a Moisés, dizendo-lhe: 2«Fala aos filhos de Israel para que me façam uma oferta. Recebê-la-eis de todo o homem que a der de boa vontade.
3Recebereis deles as seguintes ofertas: ouro, prata, bronze, 4púrpura violácea, púrpura escarlate, púrpura carmesim, linho fino, pêlo de cabra, 5peles de carneiro tingidas de vermelho, couro fino, madeira de acácia, 6azeite para o lampadário, aromas para o óleo de unção e para o incenso de queimar, 7pedras de ónix e outras pedras para guarnecer a insígnia sacerdotal e o peitoral. 8Construir-me-eis um santuário, para que resida no meio deles. 9Fareis o santuário e todos os seus utensílios, de acordo com os modelos que vou mostrar-vos.»
A Arca, o propiciatório e os querubins (37,1-9; 1 Rs 6,23-35) – 10«Fareis uma Arca de madeira de acácia, e terá de comprimento dois côvados e meio; um côvado e meio de largura, um côvado e meio de altura. 11Revesti-la-ás de ouro puro, tanto no interior como no exterior, e cercá-la-ás de uma cornija de ouro. 12Fundirás, para a Arca, quatro argolas de ouro, e fixá-las-ás nos seus quatro ângulos: duas de um lado, duas de outro. 13Mandarás fazer varais de madeira de acácia revestidos de ouro; 14introduzirás os varais nas argolas, ao longo dos lados da Arca, a fim de servirem para a transportar. 15Os varais devem estar sempre nas argolas da Arca; não mais poderão ser retirados. 16Depositarás na Arca o testemunho que te darei.
17Também farás um propiciatório de ouro puro, com dois côvados e meio de comprimento, e um côvado e meio de largura. 18Depois, farás dois querubins de ouro martelado, de uma só peça, sobressaindo nas duas extremidades do propiciatório, 19um querubim numa extremidade e outro querubim na outra extremidade, de maneira que fiquem em frente um do outro. 20Estes querubins terão as asas estendidas para diante, cobrindo com elas o propiciatório, estarão voltados um para o outro, e os seus rostos estarão inclinados para o propi-ciatório. 21Colocarás o propiciatório sobre a Arca e porás dentro da Arca o testemunho que te darei. 22É ali que me encontrarei contigo; é do alto do propiciatório, entre os dois querubins dispostos sobre a Arca do testemunho, que te comunicarei todas as minhas ordens para os filhos de Israel.»
A mesa dos pães da oferenda (37, 10-16; Lv 24,5-9; 1 Rs 7,48-50) – 23«Construirás em seguida uma mesa de madeira de acácia, que terá de comprimento dois côvados, de largura um côvado, e de altura um côvado e meio. 24Revesti-la-ás de ouro puro e rodeá-la-ás de uma moldura de ouro. 25Adaptarás a toda a volta uma moldura de uma mão de largura, com uma cercadura de ouro. 26Farás para a mesa quatro argolas de ouro e prendê-las-ás nas quatro extremidades, formadas pelos seus quatro pés. 27Estas argolas estarão colocadas frente a frente e por elas passarão varais destinados ao transporte da mesa. 28Farás os varais de madeira de acácia revestidos de ouro e servirão para transportar a mesa. 29Farás as escudelas, as colheres, os vasos e as taças para as libações, de ouro puro.
30Colocarás sobre esta mesa os pães da oferenda, que estarão permanentemente diante de mim.»
O candelabro (37,17-24; Lv 24,2-4) – 31«Farás também um candelabro de ouro puro. Fá-lo-ás de ouro martelado; a sua base e a sua haste serão feitas de uma só peça; os cálices, os botões e as flores formarão uma única peça com ele. 32Seis braços partirão dos lados, três de um lado e três do outro. 33Num braço haverá três cálices, em forma de flor de amendoeira, com botão e flor, e três cálices, em forma de flor de amendoeira, com botão e flor, no outro braço; e assim hão-de ser os restantes braços que saiam do candelabro. 34Na haste central do candelabro, haverá quatro taças em forma de flor de amendoeira, com os seus botões e flores; 35haverá um botão sob os dois primeiros braços que saírem do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos: será assim para os seis braços do candelabro. 36Estes botões e estes braços formarão uma única peça com o candelabro, e todo o conjunto será feito de uma só barra de ouro puro.
37Depois farás sete lâmpadas, que hão-de ser colocadas de maneira a iluminarem a parte da frente. 38Os espevitadores e os vasos para os morrões serão de ouro puro. 39Empregar-se-á um talento de ouro puro na execução do candelabro e de todos estes acessórios. 40Toma todas as providências para que o trabalho seja executado segundo o modelo que te mostrei neste monte.»
Capítulo 26
O santuário (36,8-19; Heb 9,1-5) – 1«A seguir farás o santuário, com dez tapeçarias de linho tecido de púrpura violácea, púrpura escarlate e púrpura carmesim, nas quais serão bordados artisticamente querubins. 2Cada tapeçaria terá vinte e oito côvados de comprimento e quatro côvados de largura. Todas as outras tapeçarias terão as mesmas dimensões. 3Cinco destas tapeçarias serão unidas umas às outras, e as restantes cinco também serão unidas umas às outras. 4Na orla da tapeçaria que está na extremidade do primeiro conjunto, colocarás laços de púrpura violácea; farás o mesmo para a orla da tapeçaria que termina o outro conjunto. 5Farás cinquenta laços para a primeira tapeçaria e cinquenta laços para a extremidade da última tapeçaria do segundo conjunto, de modo que os laços se correspondam uns aos outros. 6Farás também cinquenta ganchos de ouro, e unirás as tapeçarias umas às outras com estes ganchos a fim de que o santuário forme um todo.
7Farás tapeçarias de pêlo de cabra para formar uma tenda por cima do santuário. Farás onze dessas tapeçarias. 8O comprimento de uma delas será de trinta côvados e a largura de quatro côvados; todas as onze tapeçarias terão a mesma medida. 9Unirás cinco dessas tapeçarias de um lado, e as seis restantes do outro, ficando a sexta dobrada diante da entrada da tenda. 10Colocarás cinquenta laços na orla da tapeçaria que está na extremidade de um conjunto, e cinquenta laços na orla da outra. 11Farás cinquenta ganchos de cobre que introduzirás nos laços, e unirás assim a tenda, de modo a formar um todo. 12E o resto que sobejar das tapeçarias da tenda, a metade da tapeçaria que sobejar, cairá sob a face posterior do santuário. 13Os côvados excedentes, um de um lado e o outro do lado contrário, ao comprido das tapeçarias da tenda, cairão sobre cada um dos lados do santuário para o cobrir.
14Farás para a tenda uma cobertura de peles de carneiro tingidas de vermelho e, por cima, uma cobertura de peles finas.»
As pranchas de madeira (36,20-34) 15«Farás também para o santuário pranchas verticais de madeira de acácia. 16O comprimento de cada prancha será de dez côvados e a largura será de um côvado e meio. 17Cada prancha terá dois encaixes, para se unirem umas às outras. Farás o mesmo para todas as pranchas do santuário. 18Farás, portanto, para o santuário, vinte pranchas, que hão-de ser colocadas na direcção do Négueb, ao sul. 19Distribuirás, sob as vinte pranchas, quarenta suportes de prata, dois sob cada prancha, para os dois encaixes. 20Para o segundo lado do santuário, ao norte, farás vinte pranchas, 21e quarenta suportes de prata, sendo dois suportes para cada prancha. 22Para o fundo do santuário, ao ocidente, farás seis pranchas. 23Farás duas pranchas para os ângulos do fundo do santuário: 24estarão unidas em baixo e igualmente unidas em cima, por meio de uma só argola. Far-se-á o mesmo com as duas pranchas colocadas nos dois ângulos.
25Serão, pois, oito pranchas, com os seus suportes de prata em número de dezasseis, dois sob cada prancha. 26Farás travessas de madeira de acácia, cinco para as pranchas de um dos lados do santuário, 27cinco travessas para as pranchas do segundo lado e cinco travessas para as pranchas do santuário do lado ocidental, formando o fundo. 28A travessa do meio, ao centro das pranchas, ligá-la-ás de uma à outra extremidade. 29Revestirás de ouro as argolas pelas quais passarão as travessas, revestidas também de ouro. 30Assim construirás o santuário, conforme a norma que te mostrei neste monte.»
Véu do santuário (36,35-38) – 31«Farás, a seguir, um véu de púrpura violácea, de púrpura escarlate, de púrpura carmesim e de linho tecido, artisticamente fabricado, e no qual serão bordados querubins. 32Suspendê-lo-ás em quatro colunas de madeira de acácia revestidas de ouro, com ganchos de ouro sobre quatro pedestais de prata. 33Prenderás o véu nos ganchos e, neste recinto protegido pelo véu, depositarás a Arca do testemunho. O véu marcará para vós a separação entre o santuário e o Santo dos Santos.
34Colocarás o propiciatório sobre a Arca do testemunho, no Santo dos Santos. 35Colocarás a mesa da parte de fora do véu, e o candelabro em frente da mesa, do lado sul do santuário, ficando a mesa do lado norte. 36Para a entrada da tenda farás uma cortina de protecção de púrpura violácea, de púrpura escarlate, de púrpura carmesim e de linho tecido, artisticamente bordado. 37Farás para esta cortina cinco colunas de acácia, revestidas de ouro; os seus ganchos serão de ouro, e fundirás para elas cinco bases de cobre.»
Capítulo 27
Altar dos holocaustos (38,1-7; Ez 43,13-17) – 1«Farás o altar de madeira de acácia, com cinco côvados de comprimento e cinco côvados de largura. O altar será quadrado e terá três côvados de altura. 2Nos quatro ângulos, modelarás hastes que formarão uma única peça com o altar e revesti-lo-ás de cobre.
3Farás para o altar cinzeiros, para recolher as cinzas, pás, bacias e braseiros; todos estes utensílios serão feitos de cobre. 4Farás também uma grade de cobre, em forma de rede, e adaptarás a esta rede, nos seus quatro cantos, quatro argolas de cobre. 5Colocá-la-ás, em baixo, sob a cornija do altar, e esta grade erguer-se-á até ao meio do altar. 6Farás, para o altar, varais de madeira de acácia, revestidos de cobre. 7Estes varais, metidos nas argolas, estarão dos dois lados do altar, quando for transportado.
8O altar será de madeira, oco por dentro, como te mostrei no monte, e assim o executarão.»
O átrio (38,9-20; Ez 40,17-49) – 9«Construirás, a seguir, o átrio do santuário. Do lado sul, o átrio terá cortinas de linho tecido, num comprimento de cem côvados, formando um lado.
10Terá vinte colunas assentes sobre vinte bases de cobre. Os ganchos das colunas e as suas molduras serão de prata. 11Do lado norte, haverá também cortinas no comprimento de cem côvados, com vinte colunas e as suas vinte bases de cobre; os ganchos e as molduras serão de prata. 12Do lado ocidental, na largura do átrio, haverá cinquenta côvados de cortinas, com dez colunas munidas de dez bases. 13Do lado oriental, a largura do átrio será de cinquenta côvados: 14quinze côvados de cortinas, com três colunas de três bases formarão uma ala. 15A segunda ala terá, igualmente, quinze côvados de cortinas com três colunas e três bases.
16A porta do átrio será uma cortina com vinte côvados, de púrpura violácea, púrpura escarlate, púrpura carmesim e linho tecido, artisticamente bordado, e terá quatro colunas e quatro bases. 17Todas as colunas que delimitam o recinto do átrio serão ligadas por varais de prata, os ganchos serão de prata e as bases de cobre. 18O comprimento do átrio será de cem côvados; a largura de cinquenta e terá de altura cinco côvados de cortinas de linho tecido, com bases de cobre. 19Todos os utensílios destinados aos serviços do santuário, todas as suas cavilhas, e todas as cavilhas do átrio serão de cobre.
20Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam para o candelabro azeite puro de azeitonas pisadas, a fim de manter as lâmpadas sempre acesas. 21Na tenda de reunião, da parte de fora do véu que encobre o testemunho, Aarão e os seus filhos colocarão este óleo para arder, desde a tarde até de manhã, na presença do SENHOR. E é esta uma lei perpétua a observar pelos filhos de Israel e pelas suas gerações futuras.»
Capítulo 28
Vestes sacerdotais – 1«Manda vir para junto de ti, de entre os filhos de Israel, o teu irmão Aarão e os seus filhos, a fim de exercerem o sacerdócio em minha honra; Aarão com Nadab, Abiú, Eleázar e Itamar, seus filhos. 2Farás, para o teu irmão Aarão, vestes sagradas, pela sua dignidade e como ornamento. 3Encarregarás então, todos os artífices capazes, que dotei com o espírito da sabedoria, de confeccionarem as vestes de Aarão, para o santificarem e para exercer o meu sacerdócio. 4As vestes que terão de fazer, são as seguintes: um peitoral, uma insígnia sacerdotal, um manto, uma túnica bordada, uma tiara e um cíngulo. São estas as vestes que hão-de fazer para Aarão, teu irmão, e para os filhos, a fim de exercerem o sacerdócio, ao meu serviço. 5Utilizarão o ouro, a púrpura violácea, a púrpura escarlate, a púrpura carmesim e o linho fino.»
Insígnia sacerdotal (39,2-7) – 6«A insígnia sacerdotal será feita de ouro, de púrpura violácea, de púrpura escarlate, de púrpura carmesim e de linho tecido, trabalhado por um artista. 7Nas suas duas extremidades, terá duas ombreiras para unir uma à outra. 8O cíngulo, que se prenderá por cima para o fixar, será trabalhado da mesma forma e do mesmo tecido: será de ouro, de púrpura violácea, de púrpura escarlate, de púrpura carmesim e de fios de linho.
9Tomarás duas pedras de ónix e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel: 10seis dos seus nomes numa pedra e os nomes dos outros seis na outra pedra, segundo a sua ordem de nascimento. 11Gravarás nas duas pedras os nomes dos filhos de Israel, como os lapidários sabem gravar em pedras preciosas e sinetes, e as duas pedras serão cravadas e embutidas em ouro. 12Adaptarás estas duas pedras às ombreiras da insígnia, em memória dos filhos de Israel, cujos nomes serão levados por Aarão, nas suas duas ombreiras, à presença do SENHOR, como recordação. 13Farás também cravações de ouro 14e duas pequenas correntes de ouro puro, entrançadas em forma de cordões, que prenderás nas cravações.»
O peitoral (39,8-21) – 15«Farás o peitoral do julgamento, artisticamente trabalhado, do mesmo tecido que a insígnia; fá-lo-ás de ouro, de púrpura violácea, de púrpura escarlate, de púrpura carmesim e de linho tecido. 16Será quadrado, dobrado em dois, com um palmo de comprimento e um palmo de largura. 17Guarnecê-lo-ás de quatro filas de pedrarias. Na primeira fila colocarás um rubi, um topázio e uma esmeralda; 18na segunda fila, um jaspe, uma safira e um diamante; 19na terceira fila, uma opala, uma ágata e uma ametista; 20na quarta fila, um crisólito, um ónix e um jaspe. Todas estas pedras serão cravadas em ouro, 21em número de doze, correspondendo aos nomes dos filhos de Israel; em cada uma delas será gravado o nome de cada uma das doze tribos, como se gravam nos sinetes. 22Farás também, para o peitoral, pequenas correntes de ouro puro, entrançadas em forma de cordões. 23Farás, igualmente, para o peitoral, duas argolas de ouro, que colocarás nas duas extremidades do peitoral. 24Passarás as duas correntes de ouro pelas duas argolas das extremidades do peitoral; 25fixarás as duas pontas de cada corrente nas duas cravações, e adaptá-las-ás, pela frente, às ombreiras da insígnia.
26Farás também duas argolas de ouro, que colocarás nas duas extremidades do peitoral, na orla interior que se contrapõe à insígnia. 27E farás outras duas argolas de ouro, que fixarás sob as duas ombreiras da insígnia do lado anterior, no sítio em que se unem, por cima do cíngulo da insígnia. 28Prender-se-á o peitoral, juntando as suas argolas às argolas da insígnia por meio de um cordão de púrpura violácea, de forma a fixá-lo sobre o cíngulo da insígnia; e assim o peitoral não oscilará.
29Quando Aarão entrar no santuário, levará sobre o coração os nomes dos filhos de Israel, gravados no peitoral do julgamento, em perpétua recordação diante do SENHOR. 30No peitoral do julgamento colocarás os dados sagrados, para que estejam sobre o peito de Aarão, quando ele se apresentar diante do SENHOR. Assim levará Aarão, constantemente, sobre o coração, diante do SENHOR, o julgamento dos filhos de Israel.»
O manto (39,22-31) – 31«Farás o manto da insígnia inteiramente de púrpura violácea. 32A abertura superior será redonda e guarnecida a toda a volta por um debrum tecido, como na abertura de uma cota de malha, para evitar rasgões. 33Na barra colocarás romãs de púrpura violácea, de púrpura escarlate, de púrpura carmesim, entremeadas de campainhas de ouro, a toda a volta. 34Uma campainha de ouro e depois, uma romã; uma campainha de ouro e depois outra romã, na barra do manto e a toda a volta. 35Aarão vesti-lo-á para exercer as suas funções, quando entrar no santuário, diante do SENHOR, e quando sair ouvir-se-á o som das campainhas, para que ele não morra.»
A lâmina de ouro (39,30-31) – 36«Farás uma lâmina de ouro puro na qual gravarás, como se fora num sinete: “Consagrado ao SENHOR.” 37Prendê-la-ás com uma fita de púrpura violácea, à frente da tiara. 38Estará sobre a fronte de Aarão, que carregará, assim, os pecados cometidos pelos filhos de Israel, ao consagrarem as suas ofertas religiosas. Estará sempre sobre a fronte de Aarão, na presença do SENHOR, para que os filhos de Israel obtenham benevolência. 39Farás a túnica de linho, a tiara também de linho e o cíngulo será bordado.
40Para os filhos de Aarão farás, igualmente, túnicas, cíngulos, e farás tiaras como sinal de dignidade e como ornamento. 41Revestirás com ele o teu irmão Aarão e os seus filhos; hás-de ungi-los, investi-los e consagrá-los, para que sejam sacerdotes ao meu serviço. 42Farás também calções de linho vulgar, a fim de lhes cobrir a nudez, desde a cinta até às coxas. 43Aarão e os filhos hão-de usá-los, quando entrarem na tenda da reunião, ou quando se aproximarem do altar para oficiar no santuário; assim, não incorrerão em falta e não morrerão. Esta é uma norma perpétua para Aarão e para os seus descendentes.»
Capítulo 29
Consagração dos sacerdotes (40,12-15; Lv 8,1-36; Heb 7,26-28) – 1«Procederás como se segue, para os consagrares como sacerdotes ao meu serviço: 2separarás um novilho e dois carneiros sem defeito; pães sem fermento, tortas sem fermento amassadas com azeite, e filhós sem fermento, untadas de azeite. Tudo será preparado com flor de farinha de trigo. 3Colocá-los-ás num cesto, para serem oferecidos ao mesmo tempo que o novilho e os dois carneiros.
4Mandarás que Aarão e os seus filhos avancem até à entrada da tenda da reunião, e lavá-los-ás com água. 5Depois, tomarás as vestes e revestirás Aarão com a túnica, o manto da insígnia sacerdotal, a insígnia e o peitoral que apertarás com o cíngulo da insígnia. 6Impôr-lhe-ás a tiara na cabeça, e sobre a tiara colocarás o diadema santo. 7Tomarás o óleo da unção e, derramando-o sobre a sua cabeça, ungi-lo-ás. 8Mandarás aproximar os filhos e revesti-los-ás com as túnicas. 9Cingirás com o cíngulo Aarão e os seus filhos, aos quais imporás as tiaras. O sacerdócio pertencer-lhes-á por uma norma perpétua. É assim que sagrarás Aarão e os seus filhos.»
Sacrifícios de consagração (Ez 43,18-27) – 10«Conduzirás o novilho para a frente da tenda da reunião. Aarão e os seus filhos imporão as mãos sobre a cabeça do novilho. 11Na presença do SENHOR, imolarás o novilho, à entrada da tenda da reunião. 12Molhando o teu dedo no sangue do novilho, ungirás as hastes do altar e derramarás todo o sangue na base do altar. 13Tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, a membrana do fígado, os dois rins com a gordura que os envolve, e queimarás tudo sobre o altar. 14Mas a carne do novilho, a sua pele e o seu excremento, hás-de queimá-los fora do acampamento: este é um sacrifício pelo pecado.
15Tomarás um dos carneiros, sobre a cabeça do qual Aarão e os seus filhos imporão as mãos. 16Depois de o teres imolado, tomarás o seu sangue e derramá-lo-ás sobre todos os lados do altar. 17Dividirás o carneiro em quartos e, depois de lhe teres lavado as entranhas e as patas, colocá-las-ás sobre os quartos e sobre a cabeça, 18e queimarás todo o carneiro sobre o altar. Este é um holocausto ao SENHOR, um sacrifício de agradável odor, consumido pelo fogo, em honra do SENHOR.
19Tomarás em seguida o outro carneiro, sobre a cabeça do qual Aarão e os seus filhos imporão as mãos. 20Depois de o teres imolado, tomarás do seu sangue e pô-lo-ás sobre o lóbulo da orelha direita de Aarão e sobre o lóbulo da orelha direita dos seus filhos, no polegar da mão direita, no dedo grande do pé direito de cada um deles; derramarás o resto do sangue sobre todos os lados do altar.
21Tomarás do sangue que estará sobre o altar e do óleo da unção e aspergirás Aarão e as suas vestes assim como os seus filhos e as suas vestes. Ele e as suas vestes assim como os seus filhos e as vestes ficarão consagrados. 22Extrairás a gordura do carneiro, a cauda, a gordura que envolve as entranhas, a membrana do fígado, os dois rins e a gordura que os rodeia, e a coxa direita, porque é um carneiro de consagração.
23Tomarás também do cesto com os pães sem fermento, depositado diante do SENHOR, um dos pães, uma das tortas e uma filhó. 24Colocarás todas estas coisas nas mãos de Aarão e nas dos seus filhos, agitando-as diante do SENHOR. 25Depois, retomá-las-ás das suas mãos e queimá-las-ás sobre o altar, a seguir ao holocausto; este é um sacrifício de agradável odor oferecido ao SENHOR, sacrifício oferecido em sua honra.
26Tomarás o peito do carneiro que serviu para a consagração de Aarão e agitá-lo-ás em apresentação diante do SENHOR, e tornar-se-á a tua parte. 27Consagrarás, assim, do carneiro de consagração, que serviu para Aarão e para os seus filhos, o peito de apresentação e a coxa de tributo, agitando-a e elevando-a separadamente, 28a fim de que pertençam a Aarão e aos seus filhos, como um direito perpétuo, devido pelos israelitas, pois é uma oferta reservada; será a oferta reservada que os israelitas terão de oferecer, em honra do SENHOR, sobre os seus sacrifícios de comunhão.
29As vestes sagradas de Aarão servirão depois para os seus filhos; hão-de usá-las quando forem ungidos e investidos. 30Aquele dos seus filhos que lhe suceder como sacerdote, aquele que entrar na tenda da reunião para fazer o serviço no santuário, deverá usá-la durante sete dias.
31Tomarás o carneiro da consagração e cozerás a sua carne num lugar santo. 32Aarão e os seus filhos comerão, à entrada da tenda da reunião, a carne do carneiro e o pão que estará no cesto. 33Comerão assim o que serviu como expiação, quando forem investidos e consagrados; nenhum estrangeiro comerá destas coisas, porque são santas. 34Se ficar para o dia seguinte carne e pão da consagração, queimarás tudo quanto sobejar; ninguém o comerá, porque está santificado.
35Relativamente a Aarão e aos seus filhos, procederás como te ordenei; investi-los-ás durante sete dias. 36Imolarás diariamente um novilho em sacrifício expiatório, além dos sacrifícios precedentes. Com este sacrifício expiatório purificarás o altar e, depois, ungi-lo-ás para o consagrar. 37Purificarás durante sete dias o altar, consagrá-lo-ás e ele será santíssimo, e tudo quanto nele tocar será sagrado.»
Holocausto perpétuo (Lv 6,2-6; Nm 28,3-8; Ez 46,13-15) – 38«Sobre o altar oferecerás o seguinte: dois cordeiros de um ano, diariamente e para sempre. 39Oferecerás um destes cordeiros de manhã e oferecerás o outro cordeiro ao entardecer. 40Com o primeiro cordeiro, oferecerás um décimo de efá de flor de farinha, amassada com um quarto de hin de azeite puro de azeitonas e uma libação de um quarto de hin de vinho. 41Oferecerás o segundo cordeiro ao entardecer, acompanhado de uma oferta e de uma libação iguais às da manhã, em sacrifício de agradável odor ao SENHOR.
42Este holocausto será perpétuo e deve ser oferecido por vós, de geração em geração, à entrada da tenda da reunião, diante do SENHOR, no lugar em que me encontrarei convosco, para te falar.
43É nesse lugar que me encontrarei com os filhos de Israel, e será um lugar santificado pela minha glória. 44Sim, santificarei a tenda da reunião e o altar; santificarei também Aarão e os seus filhos, para que exerçam o meu sacerdócio. 45Residirei entre os filhos de Israel e serei o seu Deus. 46Saberão que Eu, o SENHOR, sou o seu Deus, que os fiz sair da terra do Egipto, para residir no meio deles; Eu, o SENHOR, seu Deus.»
Capítulo 30
O altar dos perfumes (37, 25-29) – 1«Também construirás um altar para queimar perfumes, e fá-lo-ás de madeira de acácia. 2Terá um côvado de comprimento e um côvado de largura; será quadrado e terá dois côvados de altura. As suas hastes formarão com ele uma peça única. 3Revestirás de ouro puro a parte superior do altar, todos os lados e as hastes. E terá em volta uma guarnição de ouro. 4Adaptar-lhe-ás duas argolas de ouro por cima da guarnição, nos dois lados, colocando-as de um e de outro lado, para nelas se meterem os varais que servirão para o transportar. 5Farás os varais de madeira de acácia e revesti-los-ás de ouro. 6Colocarás o altar defronte do véu que encobre a Arca do testemunho, diante do propiciatório que está sobre a Arca, no lugar em que me encontrarei contigo.
7É neste lugar que Aarão queimará perfumes todas as manhãs, quando preparar as lâmpadas; 8e queimá-los-á também ao entardecer, quando acender as lâmpadas. Assim, haverá perpetuamente, de geração em geração, perfumes a arder na presença do SENHOR. 9Não oferecereis sobre este altar um perfume profano, nem holocausto, nem oferenda, e não derramareis nele libação alguma. 10Aarão, uma vez por ano, purificará as hastes do altar; fá-lo-á com o sangue dos sacrifícios no dia da expiação, uma só vez por ano, que será purificado, de geração em geração. Este altar será santíssimo diante do SENHOR.»
Contribuição para o culto (38,25-31) 11O SENHOR disse a Moisés: 12«Quando contares os filhos de Israel para os recenseares, cada um deles pagará ao SENHOR o resgate da sua pessoa, por ocasião do recenseamento, a fim de que não caia sobre eles nenhum flagelo. 13Todos os recenseados apresentarão meio siclo, conforme o peso do santuário, que é de vinte gueras, cuja metade será a oferta reservada ao SENHOR.
14Todo o homem recenseado, de vinte anos para cima, satisfará a importância devida ao SENHOR. 15O rico não dará mais e o pobre não dará menos que meio siclo, para pagar o tributo que o SENHOR impôs como resgate das vossas pessoas.
16Receberás dos filhos de Israel o dinheiro do resgate e empregá-lo-ás no serviço da tenda da reunião; e ele servirá de lembrança aos filhos de Israel diante do SENHOR, expiando pelas vossas vidas.»
A bacia de bronze (38,8; 1 Rs 7,23; Ez 40,17-49) – 17O SENHOR disse a Moisés: 18«Farás uma bacia de bronze com uma base de bronze para abluções. Colocá-la-ás entre a tenda da reunião e o altar, e nela deitarás água. 19Aarão e os seus filhos lavarão ali as mãos e os pés. 20Quando entrarem na tenda da reunião, lavar-se-ão com esta água, para não morrerem; e também quando se aproximarem do altar, para o exercício do culto e para oferecerem sacrifícios ao SENHOR, 21lavarão os pés e as mãos, a fim de não morrerem.
Esta é uma norma perpétua para eles: para Aarão e para os seus descendentes, por todas as gerações.»
Óleo e perfume da unção (v.1-10; 37,29; 40,9-16) – 22O SENHOR disse a Moisés: 23«Toma dos melhores aromas: mirra virgem, quinhentos siclos; cinamomo, metade do anterior – duzentos e cinquenta siclos; junco odorífero, duzentos e cinquenta siclos; 24cássia, quinhentos siclos, segundo o peso do siclo do santuário; e um hin de azeite de oliveira. 25Farás com isto um óleo para a unção sagrada e um perfume composto, de harmonia com a arte de perfumista. Será este o óleo para a unção sagrada.
26Ungirás com ele a tenda da reunião e a Arca do testemunho, 27a mesa e todos os acessórios, o candelabro e os acessórios, o altar dos perfumes, 28o altar dos holocaustos com todos os utensílios e a bacia com a base. 29Santificá-los-ás assim e tornar-se-ão santíssimos; tudo quanto neles tocar tornar-se-á santo. 30Ungirás com ele Aarão e os seus filhos e hás-de consagrá-los, para que exerçam o meu sacerdócio.
31Dirás então aos filhos de Israel: Este será para mim o óleo da unção sagrada, de geração em geração. 32Não será derramado sobre o corpo de um homem qualquer, e não fareis outro semelhante, com a mesma composição, porque foi santificado; é para vós uma coisa sagrada. 33Quem dele fizer uma imitação, ou com ele ungir um profano, será excluído do seu povo.»
34O SENHOR disse a Moisés: «Escolhe ingredientes em partes iguais: bálsamo, unha aromática, gálbano, diversos ingredientes e incenso puro. 35Farás com esta mistura um perfume preparado com sal, segundo a arte de perfumista; será uma coisa pura e santa. 36Reduzi-lo-ás a um pó fino e colocá-lo-ás diante do testemunho, na tenda da reunião, onde me encontrarei contigo. Este perfume será para vós uma coisa santíssima. 37Não fareis para vosso uso outro perfume com a mesma composição. Considerá-lo-ás coisa sagrada, reservada ao SENHOR. 38Quem dela fizer uma imitação para aspirar o aroma, será excluído do seu povo.»