Capítulo 11
Animais puros e impuros (Dt 14,3-21; Mt 15,10-20; Act 10,9-16; 11,1-18) – 1O SENHOR disse a Moisés e a Aarão: 2«Falai assim aos filhos de Israel: Eis aqui os animais que podereis comer, de entre todos os quadrúpedes, que vivem sobre a terra: 3podereis comer todo o animal que tem unha de pé dividida em dois cascos e que rumina. 4Mas não comereis aqueles que só ruminam e não têm a unha dividida, ou só têm a unha dividida e não ruminam. A estes tê-los-eis por impuros, tal como o camelo que rumina, mas não tem a unha dividida. 5Igualmente, o coelho, que rumina, mas não tem a unha dividida: tê-lo-eis por impuro. 6A lebre, porque rumina, mas não tem a unha dividida, será impura, para vós. 7O porco, que tem a unha dividida, mas que não rumina, será impuro, para vós. 8Não comereis carne de nenhum deles nem tocareis em nenhum dos seus cadáveres: são impuros para vós. 9Entre os diversos animais aquáticos, eis os que podereis comer: podeis comer tudo o que, nas águas dos mares ou dos rios, tem barbatanas e escamas. 10Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas, nos mares ou nos rios, quer os répteis, quer os animais que vivem na água, e todos os seres vivos que nela se encontram são imundos para vós, 11e imundos continuarão a ser: não comais a carne e considerai os seus cadáveres como imundície. 12Todo o animal aquático que não tem barbatanas nem escamas será para vós imundo.
13De entre as aves, eis as que deveis considerar imundas e que não deveis comer, porque são abomináveis: a águia, o xofrango e o esmerilhão; 14o falcão e o abutre de qualquer espécie; 15toda a variedade de corvos; 16a avestruz, a andorinha, a gaivota e o gavião, de qualquer espécie; 17a coruja, o milhafre e o mocho; 18o corvo marinho; o pelicano e a cegonha, 19toda a variedade de garças, o faisão e o morcego. 20Todo o insecto voador que anda sobre quatro patas será para vós imundo. 21Mas, entre os insectos voadores que andam sobre quatro patas, podereis comer aqueles que têm além das patas, articulações para poderem saltar em terra. 22Podeis, então, comer os seguintes: toda a espécie de gafanhotos, de locustas, de saltões e de grilos. 23Qualquer outro insecto voador, de quatro patas será para vós considerado imundo. 24Eles tornar-vos-ão impuros; quem tocar nos seus cadáveres, ficará impuro até à tarde, 25e quem transportar o seu cadáver deve lavar as suas roupas e ficará impuro até à tarde. 26Todos os quadrúpedes que têm o casco não dividido, ou que não ruminam, esses são impuros para vós: quem neles tocar, ficará impuro. 27Todos aqueles que, de entre os quadrúpedes, caminham sem cascos nas patas, são impuros para vós; quem tocar nos seus cadáveres ficará impuro até à tarde, 28quem transportar os seus cadáveres deve lavar as suas roupas e ficar impuro até à tarde; são animais impuros para vós. 29Eis os animais que tereis por impuros de entre todos os que rastejam sobre a terra: a toupeira, o rato, o lagarto e todas as suas espécies; 30o ouriço-cacheiro, o crocodilo, a salamandra, a lagartixa e o camaleão. 31Entre todos os répteis, estes são impuros para vós; quem os tocar depois de mortos ficará impuro até à tarde. 32Todo o objecto sobre o qual cair qualquer animal destes, depois de morto, ficará impuro: utensílios de madeira, vestuário, peles, sacos e todo e qualquer objecto de uso, ficarão contaminados até à tarde. Por isso, devem ser lavados; só depois é que ficarão puros. 33Se cair algum destes animais no interior de algum vaso de barro, todo o seu conteúdo ficará impuro, e quebrareis o vaso. 34Todo o alimento que for tocado pela água desse vaso ficará impuro; toda a bebida por ela tocada, seja qual for o recipiente que a contenha, será impura. 35Todo o objecto sobre o qual cair alguma parte do seu cadáver ficará contaminado; ainda que seja um forno ou um fogão, serão destruídos; são impuros e impuros ficarão para vós. 36Contudo, uma fonte ou uma cisterna, contendo uma quantidade de água, permanecerá pura; mas quem tocar nos cadáveres ficará impuro. 37Se alguma parte dos seus cadáveres cair sobre o grão que se destina às sementeiras, a semente ficará pura. 38Mas, se o grão já foi molhado, e sobre ele cair algum destes cadáveres considerá-lo-eis impuro para vós. 39Se ocorrer a morte de um dos animais que vos é lícito comer, quem tocar no seu cadáver ficará impuro até à tarde. 40Aquele que comer essa carne morta deverá lavar as suas roupas e ficará impuro até à tarde; e aquele que a transportar deverá lavar as suas roupas e ficará impuro até à tarde. 41Todo o réptil que rasteja sobre a terra é coisa imunda; não poderá ser comido.
42Todo o animal que rasteja sobre o ventre, o que se move sobre as quatro patas, ou sobre um número maior de patas, não os comereis, porque são imundos. 43Não vos torneis vós mesmos imundos, por causa desses seres que rastejam; não vos contamineis com eles e não sejais contaminados por eles. 44Porque Eu sou o SENHOR, vosso Deus, deveis santificar-vos e permanecer santos, porque Eu sou santo; e não vos torneis impuros por causa de todos esses répteis que rastejam sobre a terra. 45Porque Eu sou o SENHOR que vos fez subir do Egipto, para ser o vosso Deus. Sede santos, porque Eu sou santo.
46Esta é a lei relativa aos quadrúpedes, às aves, a todos os seres vivos que se movem nas águas, e a todos aqueles que rastejam sobre a terra, 47a fim de que se distinga o que é impuro do que é puro, o animal que se pode comer daquele que se não deve comer.»
Capítulo 12
Purificação após a maternidade (15,19-32; Lc 2,21-24) – 1O SENHOR falou a Moisés nestes termos: «Diz aos filhos de Israel: 2‘Quando uma mulher grávida der à luz uma criança do sexo masculino, ficará impura durante sete dias, tantos quantos os da sua impureza menstrual. 3No oitavo dia, proceder-se-á à circuncisão do prepúcio do filho. 4A mulher ficará ainda trinta e três dias para se purificar do sangue. Não tocará em coisa alguma consagrada e não entrará no lugar santo, até findar o tempo da sua purificação. 5Se der à luz uma filha, ficará impura durante duas semanas, como na sua impureza menstrual e permanecerá durante sessenta e seis dias para se purificar do sangue.
6Quando terminar o tempo da sua purificação, para um filho ou para uma filha, apresentará ao sacerdote, à entrada da tenda da reunião, um cordeiro de um ano, como holocausto e uma pomba ou uma rola, como sacrifício pelo pecado. 7O sacerdote oferecê-los-á ao SENHOR, fará o rito da purificação por ela, e será purificada do fluxo do sangue. Esta é a lei relativa à mulher que dá à luz um filho ou uma filha. 8Se não tiver meios para oferecer um cordeiro, tomará duas rolas ou duas pombas, uma para o holocausto e outra para o sacrifício pelo pecado; o sacerdote fará a expiação por ela e será purificada.»
Capítulo 13
A lepra (Nm 12,10-15; Lc 17,11-19) 1O SENHOR disse a Moisés e a Aarão: 2«Quando um homem tiver na pele do seu corpo um tumor, uma doença de pele ou uma mancha, podendo degenerar numa afecção leprosa sobre a pele, será apresentado ao sacerdote Aarão, ou a um dos sacerdotes seus descendentes. 3O sacerdote examinará a afecção da pele: se o pêlo que ali se encontra se tornou branco e se a chaga se apresenta mais funda que a pele do corpo, é uma chaga de lepra. Por isso, o sacerdote que o examinou declará-lo-á impuro. 4Se tiver na pele uma mancha branca, se a chaga não se apresenta mais funda que a pele ou se o pêlo não se tornou branco, o sacerdote isolará o enfermo durante sete dias. 5Depois, no sétimo dia, examiná-lo-á: se a chaga se apresentar estacionária e não se desenvolver sobre a pele, o sacerdote isolá-lo-á segunda vez, outros sete dias. 6No sétimo dia, examiná-lo-á novamente: se a chaga diminuiu e não se alargou sobre a pele, o sacerdote declará-lo-á puro, pois não passa de uma dermatose; o homem lavará as suas roupas e ficará puro. 7Mas se a doença de pele se alastrar sobre a pele, depois de se ter mostrado ao sacerdote e ter sido declarado puro, deve mostrar-se de novo ao sacerdote. 8O sacerdote, ao verificar que a doença alastrou sobre a pele, declará-lo-á impuro: é lepra.
9Quando um homem for atingido pela lepra, será levado ao sacerdote. 10Este o examinará: se tiver na pele um tumor branco, se esse tumor tiver embranquecido o pêlo e se aparecer no meio do tumor um pouco de carne viva, 11é uma lepra inveterada na pele do corpo; por isso, o sacerdote declará-lo-á impuro; não o isolará, porque está manifestamente impuro. 12Mas se a lepra continuar a alastrar sobre a pele e a cobrir desde a cabeça até aos pés, por toda a parte que o olhar do sacerdote atingir, 13este deve examiná-lo: se a lepra tomou todo o corpo, declarará o doente puro. 14Mas, quando ali se manifestar uma carne viva, será considerado impuro. 15Quando o sacerdote vir a carne viva, declará-lo-á impuro; a carne viva é coisa impura; há lepra. 16Contudo, se a carne viva se fizer branca, apresentar-se-á ao sacerdote. 17Ele o examinará e, verificando que a chaga se tornou branca, declarará-lo-á puro; ele está puro.
18Quando um homem tiver na pele do corpo uma úlcera que cicatrizou, 19mas, se no mesmo lugar se manifestar um tumor branco avermelhado, esse homem mostrar-se-á ao sacerdote para ser examinado. 20Este examinará e, verificando que o tumor se apresenta mais fundo do que a pele e que o pêlo se tornou branco, o sacerdote declarará esse homem impuro: é uma chaga de lepra que se desenvolveu sobre a úlcera.
21Mas, se o sacerdote verificar que o tumor não contém pêlo branco, que não está mais fundo do que a pele e que não está amortecido, isolará esse homem durante sete dias. 22Se, entretanto, alastrar sobre a pele, o sacerdote declará-lo-á impuro. É uma chaga de lepra. 23Mas se a mancha permanecer estacionária, sem se estender, é a cicatriz da úlcera, e o sacerdote considerá-lo-á puro.
24Quando uma pessoa tiver na pele do corpo uma queimadura, e a cicatriz da queimadura se transformar numa mancha branca ou branca-avermelhada, 25o sacerdote examiná-la-á. Se o pêlo se tornou branco no lugar da mancha e se ela parecer mais funda do que a pele, é lepra que se desenvolveu sobre a queimadura; por isso, o sacerdote, declarará impuro esse homem. É uma chaga de lepra. 26Mas se o sacerdote verificar que não existe pêlo branco na mancha, que ela não é mais funda do que a pele e que está amortecida, isolará esse homem durante sete dias. 27E no sétimo dia examiná-lo-á. Se a mancha alastrou, sobre a pele, o sacerdote declará-lo-á impuro, pois isso é uma chaga de lepra. 28Mas, se a mancha permanecer estacionária, sem se estender sobre a pele e permanecer amortecida, não passa da inflamação de uma queimadura.
29Quando um homem ou mulher tiver uma chaga na cabeça ou no queixo, 30o sacerdote, ao observar que esta chaga parece mais funda que a pele, e se aí encontrar pêlo amarelado e fraco, declarará a pessoa impura: é tinha, isto é, a lepra da cabeça ou do queixo. 31Mas, se o sacerdote verificar que a chaga da tinha não se apresenta mais funda do que a pele, e não tem pêlo preto, o sacerdote isolará o portador da chaga da tinha, durante sete dias. 32No sétimo dia, o sacerdote examinará a chaga: se a tinha não se desenvolveu, se nela não for encontrado nenhum pêlo amarelado, e se a tinha não parecer mais funda do que a pele, 33a pessoa rapar-se-á, mas não rapará a parte doente; depois, o sacerdote isolará essa pessoa pela segunda vez, durante sete dias.
34No sétimo dia, o sacerdote examinará a tinha: se não alastrou sobre a pele e não parecer mais funda do que a pele, o sacerdote declarará essa pessoa pura. Ela lavará as suas roupas e ficará pura. 35Mas se a tinha alastrar sobre a pele, depois desta declaração de pureza, 36o sacerdote verificará que a tinha alastrou sobre ela. Não tem que inquirir acerca do pêlo amarelado: a pessoa é impura. 37Mas se a tinha não se desenvolveu, se ali aparecer pêlo preto, a tinha está curada, e a pessoa está pura; por isso, o sacerdote declará-la-á pura.
38Se um homem ou uma mulher tem a pele do corpo semeada de manchas brancas, 39e o sacerdote, examinando-a, verificar sobre a pele manchas esbranquiçadas, é uma erupção simples que se desenvolveu sobre a pele: essa pessoa está pura.
40Se a cabeça de um homem perde cabelos, e ele se tornou calvo, está puro. 41Se a cabeça perder cabelos da parte da frente, é meio calvo, mas continua puro. 42Mas, se na parte posterior ou anterior da cabeça calva, aparecer uma chaga branca-avermelhada, é lepra que se desenvolve na calvície posterior ou anterior.
43Se o sacerdote, examinando-o, observar que a inflamação da chaga, sobre a parte posterior ou anterior da cabeça, é branca-avermelhada, revestindo-se do aspecto da lepra sobre a pele do corpo, 44essa pessoa é leprosa, é impura; o sacerdote declará-la-á impura; o mal atingiu-a na cabeça. 45E o leproso atingido por tal afecção deve rasgar as roupas, desalinhar o cabelo, tapar-se até à boca e gritar: ‘Impuro!... Impuro!’ 46Enquanto conservar a chaga, será impuro, viverá isolado, e a sua residência será fora do acampamento.»
Lepra da roupa – 47«Se for encontrada uma mancha de lepra, num pano de lã ou de linho, 48fio ou trama de linho ou de lã, numa pele ou qualquer trabalho em pele; 49se a parte atacada ficar esverdeada ou avermelhada, no pano, na pele, no fio, na trama ou em qualquer objecto feito de pele, é uma chaga de lepra, e terá de ser mostrada ao sacerdote. 50O sacerdote examinará a chaga e mandará encerrar o objecto durante sete dias. 51No sétimo dia examinará a chaga: se ela alastrou sobre o pano, o fio, a trama, a pele ou qualquer objecto de pele, a chaga é uma lepra corrosiva, esse objecto é impuro. 52Queimar-se-á o pano, o fio ou a trama, seja de lã ou de linho, e qualquer objecto feito de pele, que tiver sido atingida pela chaga: porque é uma lepra corrosiva, o objecto deve ser destruído pelo fogo.
53Mas, se o sacerdote reconheceu que a chaga não aumentou no pano, no tecido, na trama, ou no objecto feito de pele, 54mandará lavar a parte manchada; depois, encerrará o objecto outra vez durante sete dias. 55O sacerdote examinará a chaga, depois de ter sido lavada; se não mudou de aspecto nem aumentou, ela é impura: queimará o objecto no fogo, pois há corrosão do direito ou do avesso do pano. 56Mas se o sacerdote verificar que a chaga, depois de lavada, perdeu a cor, rasgará a parte do pano, da pele, do fio ou da trama. 57Mas, se a chaga reaparecer no pano, no fio, na trama, ou no objecto feito de pele, é porque a lepra está activa. Queimará no fogo o objecto atingido pela chaga. 58Mas o pano, o fio, a trama, ou o objecto feito de pele, que tiver lavado e do qual a chaga tiver desaparecido, será lavado uma segunda vez e ficará puro. 59Esta é a lei relativa à infecção da lepra, no pano de lã ou de linho, no fio, na trama, ou em qualquer objecto de pele, que for preciso declarar puros ou impuros.»
Capítulo 14
Purificação dos leprosos 1O SENHOR disse a Moisés: 2«Esta é a lei para o rito da purificação de um leproso: será apresentado ao sacerdote; 3este sairá do acampamento para o examinar. Se a chaga da lepra estiver curada, 4o sacerdote ordenará que se tome, por aquele que deve ser purificado, duas aves vivas e puras, madeira de cedro, um pano de púrpura e um ramo de hissope. 5O sacerdote mandará imolar uma das aves sobre um vaso de barro, cheio de água pura. 6Depois, tomará a ave viva, a madeira de cedro, o pano de púrpura e o ramo de hissope, mergulhando-os com a ave viva, no sangue da ave imolada, que se misturou com a água pura. 7Aspergirá sete vezes aquele que deve ser purificado da lepra e declará-lo-á puro; depois deixará partir em liberdade a ave viva.
8Aquele que for purificado lavará as suas vestes, rapará todo o pêlo, banhar-se-á e ficará puro. Poderá, então, regressar ao acampamento, mas ficará sete dias fora da sua tenda. 9No sétimo dia, rapará o pêlo de todo o corpo: os cabelos, a barba, as sobrancelhas e tudo o resto; lavará as suas vestes, banhará o corpo em água, e ficará puro.
10No oitavo dia, tomará dois cordeiros sem defeito, uma ovelha de um ano sem defeito, três décimos de efá de farinha amassada com azeite, como oblação, e meio litro de azeite. 11O sacerdote que faz a purificação apresentará o homem que se purifica, e todas estas ofertas, diante do SENHOR, à entrada da tenda da reunião. 12Tomará um dos cordeiros e oferecê-lo-á como sacrifício de reparação, assim como o meio litro de azeite, e os apresentará ao SENHOR com o rito da apresentação. 13Tomará depois o cordeiro no lugar onde se imolam as vítimas pelo pecado e o holocausto, no lugar santo, porque a vítima do sacrifício de reparação, como a do sacrifício pelo pecado, pertencem ao sacerdote; é uma coisa santíssima. 14O sacerdote tomará sangue do sacrifício de reparação, pô-lo-á sobre o lóbulo da orelha direita daquele que se purifica, sobre o polegar da mão direita e sobre o dedo grande do pé direito. 15Depois, o sacerdote tomará uma parte do meio litro de azeite e derramá-lo-á na palma da sua mão esquerda. 16Depois, molhará o indicador da mão direita no azeite que está na mão esquerda e fará com o indicador sete aspersões diante do SENHOR. 17Do azeite que lhe ficar na palma da mão, o sacerdote porá uma parte sobre o lóbulo da orelha direita daquele que se purifica, sobre o polegar da mão direita e sobre o dedo grande do pé direito, por cima do sangue da vítima de reparação.
18O sacerdote porá o resto do azeite, que ainda lhe ficar na palma da mão, sobre a cabeça daquele que se purifica, e fará por ele o rito da purificação diante do SENHOR. 19Então, o sacerdote oferecerá o sacrifício pelo pecado e fará o rito de purificação por aquele que se purifica da impureza; depois, oferecerá o holocausto. 20O sacerdote oferecerá este holocausto sobre o altar, juntamente com a oblação; fará, assim, o rito de purificação por ele e o homem ficará puro.»
Purificação do leproso pobre (5, 5-13) – 21«Se o homem for pobre e os seus recursos insuficientes, tomará apenas um cordeiro, para o sacrifício de reparação e que será oferecido no rito da apresentação, para obter a purificação dos seus pecados; tomará também um décimo de efá de flor de farinha amassada com azeite para a oblação, e meio litro de azeite. 22Levará ainda, conforme as suas posses, duas rolas ou dois pombos, um para o sacrifício pelo pecado e outro para o holocausto. 23No oitavo dia da sua purificação, apresentá-lo-á ao sacerdote, à entrada da tenda da reunião, diante do SENHOR. 24O sacerdote tomará o cordeiro para o sacrifício de reparação e o meio litro de azeite, e fará com eles o rito de apresentação diante do SENHOR. 25Depois de imolar o cordeiro do sacrifício de reparação, o sacerdote tomará um pouco do sangue da vítima e pô-lo-á sobre o lóbulo da orelha direita daquele que se purifica, sobre o polegar da mão direita e sobre o dedo grande do pé direito. 26O sacerdote derramará, então, uma parte do azeite na palma da sua mão esquerda; 27com o indicador da mão direita, fará sete aspersões diante do SENHOR, com o azeite que tem na mão esquerda; 28depois porá um pouco do azeite, que está na sua mão, sobre o lóbulo da orelha direita daquele que se purifica, sobre o polegar da mão direita e sobre o dedo grande do pé direito, isto é, nos mesmos lugares em que pôs o sangue da vítima de reparação. 29Porá o resto do azeite que ficar na palma da sua mão, sobre a cabeça daquele que se purifica, a fim de obter para ele a purificação diante do SENHOR. 30Oferecerá, depois, uma das rolas ou um dos pombos, conforme os recursos: 31um como sacrifício pelo pecado, outro como holocausto, além da oblação. E assim fará o sacerdote a purificação, diante do SENHOR, por aquele que se purifica. 32Estas são as leis para a purificação daquele que teve uma chaga de lepra e que não tem mais posses para se purificar.»
A lepra nas casas – 33O SENHOR disse a Moisés e a Aarão: 34«Quando entrardes na terra de Canaã, da qual vos darei posse, se Eu puser a lepra numa casa da terra que possuireis, 35o proprietário da casa irá ter com o sacerdote, dizendo-lhe: ‘Parece-me que na minha casa há uma mancha de lepra.’ 36O sacerdote, antes de entrar na casa para examinar a mancha, ordenará que a esvaziem, para que não fique contaminado tudo quanto nela se encontre; depois, o sacerdote entrará para inspeccionar a casa. 37Examinará a mancha e, se verificar que está nas paredes da casa e apresenta cavidades esverdeadas ou avermelhadas, mais fundas do que o nível da parede, 38o sacerdote sairá da casa e fechá-la-á por sete dias.
39Voltará ali, no sétimo dia e, se verificar que a mancha alastrou pelas paredes da casa, 40mandará arrancar as pedras atingidas e ordenará que as lancem fora da cidade, num lugar impuro. 41Depois, mandará raspar a casa por dentro, ao redor da mancha e lançar o pó que for raspado, fora da cidade, num lugar impuro. 42Colocar-se-ão outras pedras no lugar das primeiras, tomar-se-á outra argamassa e rebocar-se-á a casa. 43Se a mancha tornar a aparecer na casa, depois de se ter arrancado as pedras, raspado e rebocado a parede, 44o sacerdote voltará ali para a examinar. Se a mancha alastrar na casa, é uma lepra corrosiva, e a casa é impura. 45A casa deve ser demolida e as pedras, a madeira e toda a argamassa, serão levadas para fora da cidade, para um lugar impuro.
46Quem entrar na casa durante o tempo em que estiver fechada, ficará impuro até à tarde. 47Aquele que dormir na casa, lavará os seus vestidos, e aquele que nela comer também os lavará. 48Mas, se o sacerdote, ao voltar à casa, verificar que a mancha não alastrou, depois de a casa ter sido rebocada, declarará a casa pura, porque a mancha desapareceu.
49Para purificar a casa, tomará duas aves, madeira de cedro, um pano vermelho e um ramo de hissope. 50Imolará uma das aves sobre um vaso de barro, com água pura; 51tomará a madeira de cedro, o ramo de hissope, o pano vermelho e a ave viva, e molhá-los-á no sangue da ave degolada e na água pura, aspergindo a casa sete vezes. 52Purifica, assim, a casa com o sangue da ave, com a água pura, com a ave viva, com a madeira de cedro, com ramo de hissope e com o pano vermelho. 53Depois, deixará partir a ave viva em plena liberdade para fora da cidade; e fará assim a purificação pela casa, que ficará pura.
54Estas são as leis acerca de todas as manchas de lepra e de tinha, 55da lepra do vestuário e das casas, 56dos tumores, dos herpes e das manchas, 57a fim de distinguir quando uma coisa é impura e quando uma coisa é pura. Esta é a lei da lepra.»
Capítulo 15
Impurezas do homem – 1O SENHOR falou a Moisés e a Aarão dizendo: 2«Falai aos filhos de Israel e dizei-lhes: ‘Quando o homem tiver um corrimento no seu corpo, é impuro. Este corrimento torna-o impuro. 3Eis a lei da impureza; se o seu corpo deixa correr o fluxo ou o retém, ele é impuro igualmente. 4Todo o leito em que se deitar e todo o móvel em que se sentar ficarão impuros. 5Quem tocar no seu leito deverá lavar as vestes, lavar--se-á em água e ficará impuro até à tarde; 6quem se sentar no lugar em que se sentou aquele que tem o fluxo, lavará as vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde. 7Aquele que tocar no corpo do que tem o fluxo, lavará as vestes, banhar--se-á em água e ficará impuro até à tarde. 8Se o que tem o fluxo cuspir sobre um homem puro, este lavará as vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde. 9Toda a sela, em que cavalgar aquele que tem o fluxo, ficará impura. 10Quem tocar em algum objecto que estiver debaixo dela, ficará impuro até à tarde; e quem os transportar lavará os seus vestidos, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde. 11Todo aquele em quem tocar o que tem o fluxo, e não tiver ainda lavado as mãos em água, lavará as vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde. 12Qualquer vaso de barro tocado pelo que tem o fluxo será quebrado; porém, todo o recipiente de madeira será lavado em água. 13Quando o que tem o fluxo estiver limpo do corrimento, contará sete dias, após o seu restabelecimento; depois, lavará as vestes, banhar-se-á em água corrente e ficará puro. 14No oitavo dia, tomará duas rolas ou dois pombos, apresentar-se-á diante do SENHOR, à entrada da tenda da reunião, e entregá-los-á ao sacerdote. 15O sacerdote oferecerá um em sacrifício pelo pecado e outro em holocausto, e fará o rito da purificação do seu corrimento, diante do SENHOR.
16O homem que tiver um derramamento de esperma lavará todo o seu corpo em água, e ficará impuro até à tarde. 17Todo o vestuário e toda a pele que forem atingidos pelo derramamento serão lavados em água, e ficarão impuros até à tarde. 18Se uma mulher coabitar com esse homem, banhar-se-ão os dois em água e ficarão impuros até à tarde.’»
Impurezas da mulher (12,1-8; Lc 2, 21-24) – 19«Quando uma mulher tiver o fluxo de sangue que corre do seu corpo, permanecerá durante sete dias na sua impureza. Quem a tocar ficará impuro até à tarde. 20Todo o objecto sobre o qual ela se deitar, durante a sua impureza, ficará impuro; tudo aquilo em que se sentar, ficará impuro. 21Quem tocar no seu leito, deverá lavar as vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde. 22Quem tocar em qualquer objecto em que ela tenha estado sentada lavará as vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde. 23Quem tocar nalguma coisa que estiver sobre a cama ou sobre o móvel em que ela se sentou, ficará impuro até à tarde. 24Se um homem coabitar com ela e a sua impureza o atingir, ficará impuro durante sete dias, e todo o leito em que se deitar ficará impuro.
25Quando uma mulher tiver um fluxo de sangue durante vários dias, fora do tempo normal de impureza, isto é, se o fluxo se prolongar para além do tempo da sua impureza, ficará impura durante todo o tempo desse fluxo, como no tempo da sua impureza. 26Durante todo o tempo desse fluxo, todo o leito em que se deitar será para ela como o leito em que se deitava durante a sua impureza; qualquer móvel sobre o qual se sentar ficará impuro, como no tempo da sua impureza; 27quem os tocar ficará impuro; deverá lavar as suas vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde.
28Quando terminar o fluxo de sangue, contará sete dias e, depois, ficará pura. 29No oitavo dia, tomará duas rolas ou dois pombos, e levá-los-á ao sacerdote, à entrada da tenda da reunião. 30O sacerdote oferecerá um em sacrifício pelo pecado e outro em holocausto; e purificá-la-á da impureza do fluxo diante do SENHOR. 31É assim que mantereis os israelitas afastados das suas impurezas, para que não morram por terem contaminado o meu tabernáculo, que está no meio deles.»
32Esta é a lei relativa ao que tiver um fluxo e ao que tiver um derramamento de esperma, que os tornam impuros; 33em relação à mulher durante o fluxo da impureza, ou seja, toda a pessoa, homem ou mulher, cujo fluxo se prolonga, e ao homem que coabita com uma mulher impura.
Capítulo 16
O grande dia da expiação (4,1-35; 8,1-36; 23,26-32; Ex 29,1-37; Nm 29,7-11; Ez 45,18-20; Heb 9,6-14) – 1O SENHOR falou a Moisés, depois da morte dos dois filhos de Aarão, que morreram, por se terem aproximado do SENHOR. 2Disse o SENHOR a Moisés: «Avisa o teu irmão Aarão de que não pode entrar em qualquer altura no santuário, para além do véu, diante do propiciatório que está sobre a Arca, a fim de não morrer, quando Eu aparecer numa nuvem sobre o propiciatório.
3Eis como Aarão deve entrar no santuário: com um novilho para o sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto. 4Revestir-se-á de uma túnica de linho consagrada e cobrirá o corpo com calções de linho; cingir-se-á com um cinto de linho e cobrirá a cabeça com uma tiara de linho. É um vestuário sagrado, que só usará depois de se banhar em água.
5Por parte da assembleia dos filhos de Israel receberá dois bodes para o sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto. 6Aarão oferecerá o novilho em sacrifício pelo seu próprio pecado e fará o rito da purificação por si mesmo e pela sua casa. 7Tomará seguidamente os dois bodes e colocá-los-á diante do SENHOR, à entrada da tenda da reunião. 8Aarão tirará à sorte os dois bodes: um para o SENHOR e outro para Azazel. 9Aarão deverá oferecer ao SENHOR o bode que a sorte designou para tal, apresentando-o em sacrifício pelo pecado; 10e o bode, que a sorte designou para Azazel, deverá ser apresentado vivo diante do SENHOR, a fim de fazer sobre ele o rito da purificação e ser enviado a Azazel, no deserto. 11Aarão apresentará o novilho do sacrifício pelo seu próprio pecado, fará o rito da expiação por si e pela sua família e, depois, imolará o novilho em sacrifício pelo seu próprio pecado. 12Tomará depois o incensário cheio de brasas retiradas do altar que está diante do SENHOR e dois punhados de incenso, em pó, levando tudo para além do véu. 13Deitará o incenso no fogo, diante do SENHOR, para que a nuvem do perfume envolva o propiciatório, que está sobre o documento da aliança. Deste modo, não morrerá. 14Tomará, então, um pouco de sangue do novilho, aspergirá com o dedo o lado oriental do propiciatório; e fará com o dedo sete aspersões de sangue diante do propiciatório. 15Imolará, depois, o bode do sacrifício pelo pecado do povo, e levará o sangue para o santuário, para além do véu, fazendo com esse sangue o mesmo que fez com o sangue do novilho: aspergi-lo-á sobre o propiciatório e diante dele.
16Fará, assim, sobre o santuário o rito da purificação das impurezas dos filhos de Israel, das suas impiedades, de todos os seus pecados; procederá da mesma forma para a tenda da reunião, que está entre eles, no meio das suas impurezas. 17E que ninguém esteja na tenda da reunião, quando o Sumo Sacerdote entrar para fazer o rito da purificação no santuário, até que ele saia, depois de ter feito o rito da purificação por si mesmo, pela sua casa e por toda a assembleia de Israel. 18Depois, sairá em direcção ao altar, que está diante do SENHOR, para fazer sobre ele o rito da purificação. Tomará sangue do novilho e do bode, espalhá-lo-á sobre as hastes do altar, a toda a volta. 19E fará com o dedo sete aspersões de sangue sobre o altar, purificando-o e santificando-o, assim, das impurezas dos filhos de Israel, a fim de o consagrar.
20Terminada a purificação do santuário, da tenda da reunião e do altar, apresentará o bode vivo. 21Aarão imporá as duas mãos sobre a cabeça do bode vivo e declarará sobre ele todas as iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas impiedades e todos os seus pecados, fazendo-os assim cair sobre a cabeça do bode; depois, o enviará para o deserto, mediante um homem designado para isso. 22O bode levará sobre si todas as iniquidades deles, para uma região solitária e será abandonado nesse deserto.
23Aarão voltará a entrar na tenda da reunião, tirará as vestes de linho, de que se revestiu para entrar no santuário, e deixá-las-á ali. 24Banhará o corpo em água, num lugar santo, e tornará a revestir-se com as suas roupas; sairá, então, oferecerá o seu holocausto, o do povo, e fará o rito de purificação por si e pelo povo. 25E queimará sobre o altar a gordura das vítimas do sacrifício pelo pecado.
26Aquele que tiver levado o bode a Azazel, lavará as vestes, banhará o corpo em água, e só então entrará de novo no acampamento. 27O novilho e o bode de um sacrifício pelo pecado, cujo sangue tiver sido introduzido no santuário, para a purificação, serão levados para fora do acampamento, queimando-se-lhes a pele, a carne e os excrementos. 28Aquele que os tiver queimado, lavará as vestes, banhará o corpo em água e só então voltará a entrar no acampamento.
29Isto será para vós uma lei perpétua: no décimo dia do sétimo mês, jejuareis e não fareis trabalho algum, tanto os que são naturais da terra, como os estrangeiros que residirem no meio de vós. 30Porque, nesse dia, far-se-á por vós o rito da purificação, para serdes purificados; ficareis purificados de todos os vossos pecados diante do SENHOR. 31Este será para vós um sábado, um sábado solene, durante o qual jejuareis: é uma lei perpétua.
32O rito de purificação será feito pelo sacerdote, pelo que tiver sido ungido e investido para exercer o sacerdócio em lugar de seu pai; revestirá as vestes de linho, o vestuário sagrado. 33E fará o rito da purificação pelo santuário consagrado, pela tenda da reunião e pelo altar, pelos sacerdotes e por todo o povo da assembleia. 34Que isto seja para vós uma lei perpétua, a fim de purificar, uma vez por ano, todos os pecados dos filhos de Israel.» E cumpriu-se tudo quanto o SENHOR tinha ordenado a Moisés.
Capítulo 17
Lugares destinados aos sacrifícios – 1O SENHOR disse a Moisés: 2«Fala a Aarão, aos seus filhos e a todos os filhos de Israel, e diz-lhes: ‘Isto é o que o SENHOR me ordenou que dissesse: 3Qualquer homem da casa de Israel que matar um boi, um cordeiro ou uma cabra, no acampamento ou fora do acampamento, 4sem o ter levado à entrada da tenda da reunião, para o oferecer como dom ao SENHOR, diante do seu tabernáculo, será acusado do sangue derramado; porque derramou sangue, será eliminado do meio do seu povo. 5Portanto, os filhos de Israel, que estão habituados a imolar as vítimas no campo, devem levá-las ao sacerdote, diante do SENHOR, à entrada da tenda da reunião, e ofereçam-nas como sacrifício de comunhão em honra do SENHOR. 6O sacerdote aspergirá o sangue sobre o altar do SENHOR, à entrada da tenda da reunião, e queimará a gordura como odor agradável ao SENHOR, 7e nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos sátiros, aos quais prestam culto. Que isso seja para eles uma lei perpétua, de geração em geração’.
8Dir-lhes-ás ainda: ‘Qualquer homem, da casa de Israel, ou qualquer estrangeiro residente no meio deles que oferecer um holocausto ou outro sacrifício, 9e não apresentar a vítima à entrada da tenda da reunião, para a oferecer ao SENHOR, tal homem será eliminado do seu povo.’»
Interdição de comer sangue – 10«Se qualquer homem da casa de Israel, ou qualquer estrangeiro residente no meio deles, comer qualquer espécie de sangue, voltar-me-ei contra esse que come sangue e eliminá-lo-ei do seu povo. 11Porque o sangue é a vida do corpo, Eu vo-lo concedo, a fim de vos servir de purificação sobre o altar, pois o sangue é que faz expiação porque é vida. 12Por isso, disse aos filhos de Israel: Nenhum de vós comerá sangue, e o estrangeiro residente no meio de vós também não comerá sangue.
13Qualquer dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros residentes no meio de vós, que caçar um animal selvagem ou uma ave própria para comer, derramará o seu sangue e cobri-lo-á com terra. 14Porque a vida do corpo está no seu sangue, no seu espírito vital, por isso, Eu disse aos filhos de Israel: Não comereis o sangue de nenhuma criatura, porque a sua vida é o seu sangue; quem o comer, será eliminado. 15Todo aquele, nascido no país ou no estrangeiro, que comer um animal morto ou despedaçado, lavará as suas vestes, banhar-se-á em água e ficará impuro até à tarde; depois ficará puro. 16Mas, se não lavar as vestes e banhar o corpo, suportará o peso da sua culpa.»
Capítulo 18
Interdições matrimoniais e sexuais (20,8-21) – 1O SENHOR falou a Moisés nestes termos: 2«Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 3Não imitareis os costumes do Egipto, onde vivestes, não procedereis como se faz na terra de Canaã, para onde vos conduzo, não ponhais em prática os seus costumes. 4Praticareis os meus preceitos, observareis os meus decretos e obedecer-lhes-eis: Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 5Observareis os meus decretos e os meus preceitos, porque o homem que os observar viverá por eles. Eu sou o SENHOR.
6Nenhum de vós se aproximará de uma parente próxima, para lhe descobrir a nudez. Eu sou o SENHOR. 7Não descobrirás a nudez do teu pai, nem da tua mãe. Ela é a tua mãe; não lhe descobrirás a nudez. 8Não descobrirás a nudez de uma mulher do teu pai; é a própria nudez do teu pai. 9Não descobrirás a nudez da tua irmã, seja ela filha do teu pai ou filha da tua mãe, que tenha nascido em casa ou fora de casa. 10Não descobrirás a nudez da filha do teu filho ou da filha da tua filha. É a tua própria nudez. 11Não descobrirás a nudez da filha de uma mulher do teu pai, porque nasceu do teu pai. É tua irmã. 12Não descobrirás a nudez da irmã do teu pai; é a mesma carne do teu pai. 13Não descobrirás a nudez da irmã da tua mãe, porque ela é da mesma carne da tua mãe. 14Não descobrirás a nudez do irmão do teu pai, ao aproximar-te da sua mulher, porque ela é tua tia. 15Não descobrirás a nudez da tua nora; porque é mulher do teu filho, não descobrirás a sua nudez. 16Não descobrirás a nudez da mulher do teu irmão: é a nudez do teu próprio irmão.
17Não descobrirás a nudez de uma mulher e de sua filha; também não tomarás a filha do seu filho, nem a filha da sua filha, para lhe descobrir a nudez; são da mesma carne que ela, e isso é um crime. 18Não tomarás por esposa uma mulher juntamente com a sua irmã. Isso é criar uma rivalidade, descobrindo a nudez de uma juntamente com a da outra, enquanto for viva. 19Não te aproximarás de uma mulher durante o período da sua impureza, para descobrir a sua nudez. 20Não coabitarás com a mulher do teu concidadão; ficarias impuro. 21Não entregarás nenhum dos teus filhos para serem sacrificados a Moloc, a fim de não profanares o nome do teu Deus. Eu sou o SENHOR. 22Não coabitarás sexualmente com um varão; é uma abominação. 23Não te juntarás com animal, porque ficarias impuro com ele, e nenhuma mulher se juntará a animal algum, porque é uma depravação.
24Não vos torneis impuros com nenhuma dessas práticas, porque foi assim que se tornaram impuras as nações, que vou expulsar diante de vós. 25O país está contaminado e Eu castigarei as suas iniquidades. Por isso, o país vomitará os seus habitantes. 26Quanto a vós, cumprireis os meus decretos e os meus preceitos, e não cometereis nenhuma dessas abominações, quer o natural da terra, quer o estrangeiro residente no meio de vós. 27Porque os homens que vos precederam nesta terra cometeram todas essas abominações, é que o país ficou impuro. 28Que esta terra não vos tenha que vomitar por a terdes tornado impura, como vomitou o povo que a habitava antes de vós. 29Porque todos os que cometeram alguma dessas abominações serão eliminados do meio do seu povo.
30Guardai, pois, os meus mandamentos, não imitando nenhum dos costumes abomináveis que se praticavam antes de vós. Não vos contamineis com eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.’»
Capítulo 19
Leis religiosas, cerimoniais e morais – 1O SENHOR disse a Moisés: 2«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo. 3Que cada um de vós respeite a sua mãe, o seu pai, e guarde os meus sábados. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 4Não vos volteis para os ídolos e não façais para vós deuses de metal. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 5Quando oferecerdes ao SENHOR um sacrifício de comunhão, oferecê-lo-eis de maneira que sejais aceites. 6A vítima deve ser comida no próprio dia do sacrifício ou no dia seguinte; o que sobejar, até ao terceiro dia, será queimado no fogo. 7Mas se alguém o comer no terceiro dia, será carne corrompida e não será aceite. 8Quem o comer suportará o peso da sua iniquidade, porque profanou o que foi consagrado ao SENHOR, e será eliminado do seu povo.
9Quando procederdes à ceifa das vossas terras, não ceifareis as espigas até à extremidade do campo, e não apanhareis as espigas caídas. 10Não rebuscarás também a tua vinha, e não apanharás os bagos caídos. Deixá-los-ás para o pobre e para o estrangeiro. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
11Não furtareis, não mentireis, nem enganareis em detrimento de um compatriota. 12Não jurareis falso, em meu nome; desse modo profanareis o nome do vosso Deus. Eu sou o SENHOR. 13Não roubarás nem furtarás nada ao teu próximo; o salário do jornaleiro não passará a noite em teu poder até à manhã seguinte. 14Não insultarás um surdo, não colocarás tropeços diante de um cego. Teme o teu Deus. Eu sou o SENHOR. 15Não cometerás injustiças nos julgamentos. Não prejudicarás o pobre, nem serás complacente para com o poderoso. Julgarás o teu compatriota com imparcialidade. 16Não semearás o mal no meio do teu povo. Não peças o sangue do teu próximo. Eu sou o SENHOR.
17Não odiarás o teu próximo no teu coração; mas repreende o teu compatriota para não caíres em pecado por causa dele. 18Não te vingarás nem guardarás rancor aos filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR. 19Guardarás os meus decretos. Não juntarás animais de espécies diferentes; não semearás no teu campo duas espécies de sementes; e não vestirás roupa com tecidos diferentes.
20Se um homem dormir com uma mulher, que é escrava, destinada a outro homem, mas não resgatada nem libertada, haverá uma indemnização, mas não serão condenados à morte, porque ela não era livre. 21Como sacrifício de reparação, o homem levará ao SENHOR, à entrada da tenda da reunião, um carneiro. 22Com esse sacrifício, o sacerdote fará por esse homem o rito de purificação, diante do SENHOR; e o pecado que ele cometeu ser-lhe-á perdoado.
23Quando entrardes na Terra Prometida e plantardes qualquer árvore frutífera, considerareis os frutos como impuros; durante três anos serão para vós impuros. Portanto, não os comereis. 24No quarto ano, todos os seus frutos serão consagrados ao SENHOR numa festa de louvor; 25no quinto ano, podereis comer os seus frutos. Assim, aumentarão as vossas colheitas. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 26Não comereis nada que contenha sangue. Não praticareis a adivinhação nem a magia. 27Não arredondareis as extremidades do cabelo e não rapareis os cantos da barba.
28‘Não fareis incisões no vosso corpo por um morto, nem tatuagens na pele. Eu sou o SENHOR. 29Não desonres a tua filha, prostituindo-a, para que a terra não se entregue à prostituição e não seja invadida pela devassidão.
30Guardareis os meus sábados e respeitareis o meu santuário. Eu sou o SENHOR 31Não vos volteis para os espíritos dos mortos nem consulteis os adivinhos. Não vos contamineis com isso. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 32Levanta-te perante uma cabeça branca e honra a pessoa do ancião. Teme o teu Deus. Eu sou o SENHOR. 33Se um estrangeiro vier residir contigo na tua terra, não o oprimirás. 34O estrangeiro que reside convosco será tratado como um dos vossos compatriotas e amá-lo-ás como a ti mesmo, porque fostes estrangeiros na terra do Egipto. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 35Não cometereis injustiças nos julgamentos, nas medidas de comprimento, de peso e de capacidade. 36Tereis balanças exactas, pesos exactos, um efá exacto e um hin exacto. Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos fiz sair da terra do Egipto. 37Guardareis todos os meus decretos e todos os meus preceitos, e cumpri-los-eis. Eu sou o SENHOR.’»
Capítulo 20
Penalidades diversas – 1O SENHOR falou a Moisés nestes termos: «Dirás aos filhos de Israel:
2‘Todo o israelita ou estrangeiro, residente em Israel, que sacrificar o seu filho a Moloc, será punido com a morte. Será apedrejado pelo povo da sua terra. 3Voltarei o meu rosto contra esse homem e suprimi-lo-ei do meio do meu povo, porque deu um filho a Moloc, contaminando o meu santuário e profanando o meu santo nome. 4E se o povo da terra dele fechar os olhos a respeito desse homem que tiver oferecido um dos seus filhos a Moloc, e não lhe der a morte, 5Eu voltarei o meu rosto contra esse homem e contra a sua família, suprimi-lo-ei do meio do povo com todos os que, juntamente com ele, tiverem prestado culto a Moloc.
6Se alguém se voltar para os espíritos dos mortos e adivinhos, entregando-se a essas práticas, voltarei o meu rosto contra esse homem e suprimi-lo-ei do meio do seu povo. 7Santificai-vos e sede santos, porque Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 8Guardai os meus decretos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica.
9Todo aquele que amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe será punido com a morte. Amaldiçoou o seu pai ou a sua mãe, o seu sangue cairá sobre ele.
10Se um homem cometer adultério com a mulher do seu próximo, o homem adúltero e a mulher adúltera serão punidos com a morte. 11Se um homem se deitar com a mulher do seu pai, descobriu assim a nudez do seu pai; serão ambos punidos com a morte; o seu sangue cairá sobre eles. 12Se um homem se deitar com a sua nora, serão ambos punidos com a morte; cometeram uma depravação; o seu sangue cairá sobre eles. 13Se um homem coabitar sexualmente com um varão, cometeram ambos um acto abominável; serão os dois punidos com a morte; o seu sangue cairá sobre eles. 14Aquele que desposar uma mulher e a mãe dela, comete uma devassidão; serão queimados, ele e elas, para que não haja desonestidades entre vós.
15Se um homem se juntar com um animal, ele será punido com a morte, e matareis o animal. 16Se uma mulher se aproximar de um animal para se juntar com ele, matá-la-ás, assim como ao animal; serão condenados à morte; o seu sangue cairá sobre eles. 17Se um homem desposar a sua irmã, filha do seu pai ou filha da sua mãe, e se vir a sua nudez, ou ela vir a nudez dele, isso é vergonhoso e serão exterminados na presença dos seus concidadãos; como ele descobriu a nudez da sua irmã, suportará o peso da sua culpa. 18Se um homem coabitar com uma mulher durante o período menstrual, ao descobrir a sua nudez, descobre o seu fluxo e ela mesma descobre a fonte do seu sangue. Serão ambos eliminados do meio do povo. 19Não descobrirás a nudez da irmã da tua mãe, nem da do teu pai, porque é descobrir a nudez da carne dele; suportarão o peso da sua iniquidade. 20Aquele que coabitar com a sua tia, descobriu a nudez do tio; suportarão o seu pecado e morrerão sem filhos. 21Se um homem tomar a mulher do irmão, isso é uma impureza; porque descobriu a nudez do seu irmão, morrerão sem filhos.
22Guardareis os meus decretos e todos os meus preceitos e cumpri-los--eis, a fim de que a terra para onde vos levo para nela habitardes vos não rejeite. 23Não seguireis os costumes dos povos que vou expulsar diante de vós; porque fizeram todas estas coisas. Eu abominei-os. 24Eu disse-vos: Possuireis esta terra, dar-vos-ei a sua posse; é uma terra onde corre o leite e o mel.
Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos separei de entre os povos. 25Distinguireis os animais puros dos impuros e as aves impuras das puras; não vos contaminareis com os animais, as aves e os diversos répteis da terra, que vos ensinei a distinguir, declarando-os impuros.
26Sede santos para mim, porque Eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos para serdes o meu povo. 27O homem ou a mulher que se entregar à evocação dos espíritos ou adivinhações, será condenado à morte; serão apedrejados. O seu sangue cairá sobre eles.’»