Capítulo 31
Guerra contra os madianitas – 1O SENHOR disse a Moisés: 2«Faz que os filhos de Israel se vinguem dos madianitas; depois irás juntar-te aos teus antepassados.» 3Moisés falou então ao povo: «Armai de entre vós homens para a guerra e que vão contra Madian para realizarem a vingança do SENHOR contra Madian. 4Mandareis para a guerra mil por cada tribo de todas as tribos dos filhos de Israel.» 5Juntaram-se, pois, dos milhares de Israel mil por cada tribo; doze mil foram armados para a guerra. 6Moisés mandou-os, mil por tribo, para a guerra e com eles Fineias, filho do sacerdote Eleázar, levando consigo os objectos sagrados e as trombetas para o toque de combate. 7Combateram contra Madian, como o SENHOR tinha ordenado a Moisés, e mataram todos os varões. 8Mataram também os reis de Madian. Entre os abatidos estavam: Evi, Réquem, Sur, Hur e Reba, os cinco reis de Madian; e mataram também à espada a Balaão, filho de Beor. 9Os filhos de Israel aprisionaram ainda as mulheres de Madian com suas crianças e pilharam todos os seus animais, todas as suas propriedades e todas as suas riquezas.
10Destruíram também, pelo fogo, todas as suas cidades, povoados e acampamentos. 11Juntaram, depois, todo o espólio e todos os despojos em homens e animais; 12levaram os prisioneiros, os despojos e o espólio a Moisés, ao sacerdote Eleázar e a toda a assembleia dos filhos de Israel no acampamento das estepes de Moab, que estão junto do Jordão, em frente de Jericó. 13Moisés, o sacerdote Eleázar e todos os chefes da assembleia saíram-lhes ao encontro, fora do acampamento.
14Moisés, porém, irou-se contra os oficiais do exército, os chefes de milhares e os chefes de centenas, que regressavam da batalha, 15e disse--lhes Moisés: «Porque deixastes com vida todas as mulheres? 16Foram elas que, instigadas por Balaão, arrastaram os filhos de Israel a trocar o SENHOR por Baal-Peor, o que foi causa do flagelo na assembleia do SENHOR. 17Vamos, matai, agora, todo o rapaz, e também toda a mulher que tenha tido relações com homens; 18mas conservai com vida todas as raparigas que não tiveram relações com homens e elas serão para vós. 19Vós ficai fora do acampamento durante sete dias. Todo o que tiver morto alguma pessoa e todo o que tiver tocado em algum cadáver purificar-se-á no terceiro e sétimo dias, vós e os vossos prisioneiros. 20Purificareis toda a roupa, todos os objectos de couro, toda a obra de pele de cabra e todos os objectos de madeira.»
21Disse, então, o sacerdote Eleázar aos homens do exército, que tinham ido para a guerra: «Estas são as normas da lei que o SENHOR ordenou a Moisés: 22Ouro, prata, cobre, ferro, estanho e chumbo, 23tudo o que vai ao fogo, passá-lo-eis pelo fogo e ficará puro; contudo, será purificado nas águas da purificação; e tudo o que não vai ao fogo passá-lo-eis pelas águas. 24Lavareis as vossas roupas no sétimo dia e ficareis puros; depois, podereis entrar no acampamento.»
Repartição dos despojos – 25O SENHOR disse a Moisés: 26«Tu, o sacerdote Eleázar e os chefes patriarcais da comunidade contai os despojos, os sobreviventes em homens e animais. 27Repartirás os despojos entre os que combateram, saindo para a guerra, e o resto da comunidade. 28Depois, como tributo para o SENHOR, tomarás dos homens de guerra que saíram para a batalha: um por quinhentos, tanto de pessoas como de bois, jumentos e rebanhos. 29Tomá-los-ás da metade que lhes toca e os entregarás ao sacerdote Eleázar, como tributo para o SENHOR. 30Da metade dos filhos de Israel tomarás um por cinquenta, tanto de homens como de bois, jumentos, rebanhos e de todos os animais e entregarás aos levitas que fazem a guarda ao santuário do SENHOR.»
31Moisés e o sacerdote Eleázar fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés. 32O total dos despojos que capturaram os homens de guerra foi de seiscentas e setenta e cinco mil ovelhas, 33setenta e dois mil bois, 34sessenta e um mil jumentos, 35e trinta e duas mil mulheres que não tinham tido relações com homens. 36A metade dos que saíram para a guerra foi de trezentas e trinta e sete mil e quinhentas ovelhas, 37e fez-se para o SENHOR o tributo de seiscentas e setenta e cinco ovelhas; 38de trinta e seis mil bois deu-se para o SENHOR o tributo de setenta e dois; 39de trinta mil e quinhentos jumentos deu-se para o SENHOR o tributo de sessenta e um; 40de dezasseis mil pessoas deu-se para o SENHOR o tributo de trinta e duas pessoas. 41Moisés entregou ao sacerdote Eleázar o tributo da oferta para o SENHOR, conforme o SENHOR tinha ordenado a Moisés. 42A parte dos filhos de Israel, que Moisés requisitara dos homens de guerra, 43foi de trezentas e trinta e sete mil ovelhas, 44trinta e seis mil bois, 45trinta mil e quinhentos jumentos 46e dezasseis mil pessoas. 47Moisés tomou da parte dos filhos de Israel um por cinquenta, tanto de pessoas como de animais, e deu-os aos levitas que fazem a guarda ao santuário do SENHOR, conforme o SENHOR tinha ordenado a Moisés.
48Aproximaram-se, então, de Moisés os comandantes, que tinham estado à frente dos milhares do exército, chefes de milhares e chefes de centenas, 49e disseram a Moisés: «Os teus servos fizeram o recenseamento dos homens de guerra que estiveram à nossa ordem e não faltou nenhum. 50Por isso, cada um de nós quer apresentar uma oferta ao SENHOR daquilo que encontrou em objectos de ouro: braceletes, pulseiras, anéis, brincos e colares em expiação por nós diante do SENHOR.» 51Moisés e o sacerdote Eleázar receberam deles o ouro, tudo objectos trabalhados; 52e o ouro da oferta que os chefes de milhares e os chefes de centenas fizeram ao SENHOR era de dezasseis mil setecentos e cinquenta siclos. 53Os homens de guerra retiveram para si o que tinham pilhado. 54Moisés e o sacerdote Eleázar receberam o ouro dos chefes de milhares e de centenas e levaram-no para dentro da tenda da reunião, como memorial dos filhos de Israel diante do SENHOR.
Capítulo 32
Divisão do país de Guilead por Rúben e Gad (Dt 3,12-20; Js 13,8-28; 1 Cr 5,1-22) – 1Os filhos de Rúben e os de Gad tinham posses muito grandes. Quando viram a terra de Jazer e de Guilead, acharam esta uma boa região para gado. 2Os filhos de Gad e de Rúben foram ter com Moisés, com o sacerdote Eleázar e com os chefes da comunidade e falaram-lhes nestes termos: 3«Atarot, Dibon, Jazer, Nimerá, Hesbon, Elalé, Sebam, Nebo e Beon, 4terras que o SENHOR preparou para a comunidade de Israel, são uma terra boa para o gado e os teus servos possuem rebanhos.» 5E disseram ainda: «Se achámos graça aos teus olhos, seja dada esta terra em propriedade aos teus servos; não nos faças passar o Jordão!»
6Moisés respondeu aos filhos de Gad e de Rúben: «Iriam vossos irmãos à guerra para vós ficardes aqui? 7Porque quereis desanimar os filhos de Israel para não entrarem na terra que o SENHOR lhes deu? 8Assim fizeram os vossos antepassados, quando os enviei de Cadés-Barnea para explorarem esta terra. 9Subiram até ao vale de Escol para explorar o país; depois os filhos de Israel desanimaram e não entraram na terra que o SENHOR lhes havia de dar. 10Nesse dia, a ira do SENHOR inflamou-se e Ele fez este juramento: 11 ‘Os homens que subiram do Egipto, da idade de vinte anos para cima, não verão jamais a terra que jurei dar a Abraão, a Isaac e a Jacob, porque me foram infiéis. 12Só Caleb, filho de Jefuné, o quenizeu, e Josué, filho de Nun, a verão, porque permaneceram fiéis ao SENHOR’. 13E a ira do SENHOR, inflamou-se contra Israel e fê-los andar errantes pelo deserto durante quarenta anos, até à extinção dessa geração inteira, que tinha feito o mal aos olhos do SENHOR. 14Agora, apareceis vós a seguir os vossos pais, como uma raça de pecadores, aumentando ainda mais o ardor da ira do SENHOR contra Israel. 15Sim, se vos desviais dele, deixar-vos-á ficar mais uma vez no deserto e sereis causa da ruína de todo este povo.»
16Então, eles aproximaram-se de Moisés e disseram: «Construiremos aqui currais para o nosso gado e cidades para os nossos filhos. 17Nós, armados, caminharemos à frente dos filhos de Israel até os termos levado ao seu lugar, enquanto os nossos filhos ficarão nas cidades fortificadas, a salvo dos habitantes da terra. 18Não regressaremos às nossas casas enquanto cada israelita não tomar posse da sua herança. 19Nada queremos possuir junto deles, do lado de lá do Jordão, pois, daqui em diante, a nossa herança já a temos do lado de cá do Jordão, a oriente.»
20Moisés retorquiu-lhes: «Se assim cumprirdes a palavra e vos armardes para combater diante do SENHOR, 21se todos os vossos guerreiros passarem o Jordão à frente do SENHOR até que Ele afaste os seus inimigos da sua presença, 22e a terra fique dominada diante do SENHOR, então podereis regressar e estareis livres perante o SENHOR e perante Israel, e esta terra será propriedade vossa diante do SENHOR. 23Mas, se não fizerdes assim, sereis culpados diante do SENHOR e ficai sabendo que o vosso pecado vos trará castigo. 24Construí, pois, cidades para os vossos filhos e currais para as vossas ovelhas e cumpri o que saiu da vossa boca.»
25Os filhos de Gad e de Rúben replicaram a Moisés: «Teus servos farão o que o meu senhor lhes manda. 26Os nossos filhos, as nossas mulheres, os nossos rebanhos e todo o nosso gado ficarão ali nas cidades de Guilead, 27enquanto teus servos, todos armados para a guerra, caminharão para o combate diante do SENHOR, conforme disse o meu senhor.»
28Então Moisés ordenou ao sacerdote Eleázar, a Josué, filho de Nun, e aos chefes principais das tribos dos filhos de Israel, dizendo-lhes: 29«Se os filhos de Gad e de Rúben passarem convosco o Jordão, todos armados para a guerra, diante do SENHOR, e a terra for dominada por vós, conceder-lhes-eis o território de Guilead como propriedade. 30Mas, se eles não marcharem convosco armados, deverão estabelecer-se no meio de vós, no país de Canaã.» 31Os filhos de Gad e de Rúben responderam: «O que o SENHOR disse aos teus servos, eles assim o farão. 32Sim, iremos armados diante do SENHOR para o país de Canaã, conservando a posse da nossa herança deste lado do Jordão.»
33Então Moisés concedeu aos filhos de Gad, aos de Rúben, assim como à meia tribo de Manassés, filho de José, o reino de Seon, rei dos amorreus, e o reino de Og, rei de Basan, todo esse país, segundo os limites das suas cidades e as cidades do país em toda a sua extensão. 34E os filhos de Gad reconstruíram Dibon, Atarot e Aroer, 35Atarot-Sofan, Jazer, Jogboa, 36Bet-Nimerá, Bet-Haran, como cidades fortificadas, e fizeram currais para os rebanhos. 37Os filhos de Rúben reconstruíram Hesbon, Elalé, Quiriataim, 38Nebo e Baal-Meon, à qual mudaram o nome, e ainda Sibma. E deram outros nomes às cidades que reconstruíram.
39Os filhos de Maquir, filho de Manassés, marcharam sobre Guilead e apoderaram-se dela expulsando os amorreus que a habitavam. 40Moisés deu Guilead a Maquir, filho de Manassés, o qual se estabeleceu ali. 41Jair, filho de Manassés, foi apoderar-se das suas aldeias, às quais chamou aldeias de Jair. 42Noba foi apoderar-se de Quenat e das povoações dependentes, chamando-lhe Noba, que era o seu nome.
Capítulo 33
Itinerário do Êxodo (Ex 13, 17-14,14; 15,22-27) – 1Estes são os itinerários dos filhos de Israel, desde que saíram do país do Egipto, segundo os seus destacamentos, sob a direcção de Moisés e de Aarão. 2Moisés registou as suas partidas e as suas paragens, de acordo com a ordem do SENHOR. Essas etapas são as seguintes, conforme as suas partidas: 3partiram de Ramessés no décimo quinto dia do primeiro mês, no dia a seguir à Páscoa; os filhos de Israel saíram de mãos levantadas, à vista de todos os egípcios. 4Os egípcios estavam a enterrar os que o SENHOR tinha matado de entre eles, todos os primogénitos, pois, contra os deuses deles o SENHOR tinha exercido a sua justiça.
5Os filhos de Israel partiram de Ramessés e acamparam em Sucot. 6Partiram de Sucot e acamparam em Etam, que está nos confins do deserto. 7Partiram de Etam, rodeando Pi-Hairot, que fica em frente a Baal--Safon, e acamparam diante de Migdol. 8Partiram de Pi-Hairot, atravessaram o mar na direcção do deserto e, depois de três dias de marcha pelo deserto de Etam, acamparam em Mara. 9Partiram de Mara e chegaram a Elim, onde havia doze nascentes de água e setenta palmeiras, tendo acampado ali. 10Partiram de Elim e acamparam perto do Mar dos Juncos. 11Partiram, novamente do Mar dos Juncos e acamparam no deserto de Sin. 12Partiram do deserto de Sin e acamparam em Dofca. 13Partiram de Dofca e acamparam em Alus. 14Partiram de Alus e acamparam em Refidim, onde o povo não encontrou água para beber. 15Partiram de Refidim e acamparam no deserto do Sinai.
16Partiram do deserto de Sinai e acamparam em Quibrot-Hataavá. 17Partiram de Quibrot-Hataavá e acamparam em Hacerot. 18Partiram de Hacerot e acamparam em Ritma. 19Partiram de Ritma e acamparam em Rimon-Peres. 20Partiram de Rimon--Peres e acamparam em Libna. 21Partiram de Libna e acamparam em Rissa. 22Partiram de Rissa e acamparam em Queelata. 23Partiram de Queelata e acamparam no monte Chéfer. 24Partiram do monte Chéfer e acamparam em Harada. 25Partiram de Harada e acamparam em Maquelot. 26Partiram de Maquelot e acamparam em Taat. 27Partiram de Taat e acamparam em Taré. 28Partiram de Taré e acamparam em Mitca. 29Partiram de Mitca e acamparam em Hasmona. 30Partiram de Hasmona e acamparam em Mosserot. 31Partiram de Mosserot e acamparam em Bené--Jaacan. 32Partiram de Bené-Jaacan e acamparam em Hor-Guidgad. 33Partiram de Hor-Guidgad e acamparam em Jotbatá. 34Partiram de Jotbatá e acamparam em Abrona. 35Partiram de Abrona e acamparam em Ecion-Guéber. 36Partiram de Ecion-Guéber e acamparam no deserto de Cin, isto é, em Cadés. 37Partiram de Cadés e acamparam no monte Hor, na extremidade do país de Edom.
38O sacerdote Aarão subiu a esse monte, por ordem do SENHOR, e ali morreu, no quadragésimo ano após a saída dos israelitas do país do Egipto, no primeiro dia do quinto mês. 39Aarão tinha cento e vinte três anos quando morreu no monte Hor. 40Foi então que o rei cananeu de Arad, que vivia ao sul do país de Canaã, soube da chegada dos filhos de Israel. 41Depois, partiram do monte Hor e acamparam em Salmona. 42Partiram de Salmona e acamparam em Punon. 43Partiram de Punon e acamparam em Obot. 44Partiram de Obot e acamparam em Ié-Abarim, na direcção das fronteiras de Moab. 45Partiram de Ié-Abarim e acamparam em Dibon-Gad. 46Partiram de Dibon-Gad e acamparam em Almon-Diblataim. 47Partiram de Almon-Diblataim e acamparam entre os montes Abarim, diante do Nebo. 48Partiram dos montes Abarim e acamparam nas planícies de Moab, junto do Jordão, em frente de Jericó. 49Acamparam junto do Jordão desde Bet-Haiechimot até Abel-Chitim, nas planícies de Moab.
Ordem para expulsão dos cananeus – 50O SENHOR disse a Moisés, nas planícies de Moab, junto do Jordão, em Jericó: 51«Fala aos filhos de Israel: ‘Como ides passar o Jordão para a terra de Canãa, 52quando tiverdes expulsado diante de vós todos os habitantes desse país, destruíreis todos os ídolos, todas as estátuas de metal, devastareis todos os seus lugares altos. 53Conquistareis o país e estabelecer-vos-eis ali, porque é a vós que Eu o dou para o possuirdes.
54Repartireis o país por sorteio, entre as vossas famílias, dando, contudo, um património maior às mais numerosas e um património menor às menos numerosas, recebendo cada um o que lhe couber em sorte; é segundo as vossas tribos patriarcais que fareis essa repartição. 55Mas, se não expulsardes da vossa frente todos os habitantes do país, aqueles que tiverdes poupado serão como espinhos nos vossos olhos e como aguilhões nos vossos flancos; atormentar-vos-ão no território que ocupardes 56e Eu tratar-vos-ei a vós como tinha resolvido tratá-los a eles.’»
Capítulo 34
As fronteiras do país de Canaã (Js 13-19) – 1O SENHOR falou a Moisés: 2«Ordena aos filhos de Israel: ‘Como ides entrar no país de Canaã, eis o território que vos caberá em herança – o país de Canaã, segundo os seus limites. 3Tereis, pelo lado do sul, o deserto de Cin, ao alcance de Edom; esta fronteira do sul começará para vós na extremidade oriental do Mar Salgado. 4Depois, a fronteira irá para o lado do sul pela subida de Acrabim, passará por Cin e chegará ao sul de Cadés-Barnea; depois passará por Haçar-Adar e atravessará Asmon. 5De Asmon, a fronteira desviar-se-á para a torrente do Egipto e terminará no mar. 6A vossa fronteira ocidental será o Grande Mar; este será para vós a fronteira ocidental. 7Esta será a vossa fronteira do norte: do Grande Mar a demarcareis até ao monte Hor; 8do monte Hor a demarcareis até à entrada de Hamat e o seu limite será o confim de Cedad. 9A fronteira atingirá Zifron e o seu limite será em Haçar-Enan. Esta será a vossa fronteira do norte. 10Demarcareis a vossa fronteira oriental desde Haçar-Enan até Chafam. 11Descerá de Chafam até Ribla, a oriente de Ain e, continuando a descer, seguirá a margem oriental do Mar de Quinéret. 12Descerá, enfim, ao longo do Jordão, terminando no Mar Salgado. Este será o vosso país com suas fronteiras.’»
13Moisés ordenou aos filhos de Israel: «Este é o país que dividireis por sorteio, e que o SENHOR mandou dar às nove tribos e meia. 14É que a tribo dos filhos de Rúben segundo as suas famílias, a tribo dos filhos de Gad segundo suas famílias e a meia tribo de Manassés, já receberam a sua propriedade. 15Estas duas tribos e meia receberam a sua propriedade além do Jordão, em frente de Jericó, do lado do oriente.»
Responsáveis pela partilha da terra – 16O SENHOR falou a Moisés: 17«Eis os nomes dos homens que repartirão a terra entre vós: o sacerdote Eleázar e Josué, filho de Nun. 18Tomareis, além disso, um chefe por cada tribo, para proceder à partilha da terra. 19Eis os nomes desses homens: da tribo de Judá, Caleb, filho de Jefuné; 20da tribo dos filhos de Simeão, Samuel, filho de Amiud; 21da tribo de Benjamim, Elidad, filho de Quislon; 22da tribo dos filhos de Dan, o chefe será Buqui, filho de Jogli; 23dos descendentes de José: da tribo dos filhos de Manassés, o chefe será Haniel, filho de Éfod, 24e, dos filhos de Efraim, o chefe será Quemuel, filho de Chiftan; 25da tribo dos filhos de Zabulão, o chefe será Elisafan, filho de Parnac; 26da tribo dos filhos de Issacar, o chefe será Paltiel, filho de Azan; 27da tribo dos filhos de Aser, o chefe será Aiud, filho de Chelomi; 28e da tribo dos filhos de Neftali, o chefe será Pedael, filho de Amiud.»
29Estes foram os que o SENHOR designou para repartir o país de Canaã entre os filhos de Israel.
Capítulo 35
Cidades para os levitas (Js 21,1-8; 1 Cr 6,39-66) – 1O SENHOR disse a Moisés, nas planícies de Moab, junto do Jordão, em frente de Jericó: 2«Avisa os filhos de Israel que, da sua herança, dêem aos levitas cidades para habitarem, além de arrabaldes à volta dessas mesmas cidades. 3As cidades servir-lhes-ão para habitação e os arrabaldes serão para o seu gado, para os seus bois e para todas as necessidades da sua vida.
4Os arrabaldes das cidades que dareis aos levitas deverão ter, a partir do muro de cada cidade, um raio de mil côvados. 5Medireis, pelo lado de fora da cidade, dois mil côvados para o oriente, dois mil côvados para o sul, dois mil côvados para o ocidente e dois mil para o norte, ficando a cidade no centro. Estes serão os arrabaldes das cidades. 6Quanto às cidades que deveis dar aos levitas, seis serão cidades de refúgio, que estabelecereis para refúgio do homicida; além disso, juntar-lhes-eis quarenta e duas cidades. 7Total das cidades que dareis aos levitas: quarenta e oito cidades junto com os seus arrabaldes. 8Para essas cidades, que haveis de separar das propriedades dos filhos de Israel, exigirás mais da tribo maior e pedirás menos à menor; cada uma cederá território das suas cidades aos levitas, em proporção à parte que tiver recebido.»
Cidades de refúgio (Dt 4,41-43; 19,1-13; Js 20,1-9) – 9O SENHOR disse a Moisés: 10«Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Quando tiverdes passado o Jordão para alcançar o país de Canaã, 11escolhereis cidades próprias para vos servirem de cidades de refúgio. Ali se refugiará o homicida que tiver, involuntariamente, derramado sangue. 12Elas vos servirão de refúgio contra o vingador de sangue, a fim de que o homicida não morra antes de comparecer diante da comunidade para ser julgado.
13Quanto às cidades a dar, tereis seis cidades de refúgio. 14Cedereis três dessas cidades além do Jordão e as outras três cidades no país de Canaã; 15serão cidades de refúgio. Estas seis cidades servirão de refúgio aos filhos de Israel, aos peregrinos e a qualquer outro que habite no meio de vós, para aí se refugiar, quando, involuntariamente, houver matado alguém.
16Se o homicida ferir a pessoa com um instrumento de ferro e ela morrer, é um assassino; deve ser punido com a morte. 17Se, armando-se com uma pedra que pode matar, aplicou um golpe mortal, é um assassino, deve ser punido com a morte. 18Se, usando um objecto de madeira capaz de causar a morte, aplicou um golpe mortal, é um assassino; deve ser punido com a morte. 19O vingador de sangue é que matará o assassino; quando o encontrar, matá-lo-á.
20Se um homem, por ódio, empurrar outro, ou se lhe atirar com alguma coisa à traição e ele morrer, 21ou se lhe der um golpe com as mãos, por inimizade, e ele morrer, o homicida deve ser punido com a morte; é um assassino, e o vingador do sangue deverá matá-lo, logo que o encontre. 22Mas, se o empurrar por acaso, sem má vontade, ou lhe atirar qualquer objecto, sem intenção de o atingir; 23ou se deixar cair uma pedra, capaz de dar a morte a alguém que não tenha visto, não sendo seu inimigo nem lhe querendo mal algum, e lhe causar a morte, 24a assembleia servirá de juiz entre o homicida e o vingador do sangue, de acordo com estas leis. 25A assembleia livrará o homicida das mãos do vingador do sangue e o reconduzirá à cidade de refúgio onde se tinha acolhido; ali permanecerá até à morte do Sumo Sacerdote que foi ungido com o óleo santo.
26Mas, se o homicida vier a deixar o recinto da cidade de refúgio onde se acolheu 27e o vingador do sangue, encontrando-o fora dos limites do seu refúgio, o matar, não será culpado de homicídio, 28porque o homicida deve permanecer no seu refúgio até à morte do Sumo Sacerdote. Depois da morte desse sacerdote, poderá regressar à terra onde tiver sua propriedade. 29Estas prescrições terão força de lei para vós, em todas as vossas gerações e em todas as vossas moradas.
30Todo o homem que matar outro será morto, ouvidas as testemunhas; mas uma só testemunha não pode, com o seu depoimento, condenar ninguém à morte. 31Não aceitareis resgate em troca da vida de um homicida, se ele for culpado e digno de morte: é necessário que morra. 32Também não aceitareis resgate para o dispensar de permanecer na cidade de refúgio, de maneira que ele volte a habitar na sua terra, antes da morte do Sumo Sacerdote. 33Desta forma, não manchareis o país em que viveis. Porque o sangue mancha a terra e a terra só pode ser lavada dessa mancha com o sangue daquele que o tiver derramado. 34Não desonrareis o país em que habitais, no qual também habito, porque Eu mesmo, o SENHOR, habito no meio dos filhos de Israel.’»
Capítulo 36
Herança das mulheres (27, 1-11) – 1Os chefes de família dos descendentes de Guilead, filho de Maquir, filho de Manassés, da linhagem dos filhos de José, apresentaram-se diante de Moisés e dos principais chefes dos filhos de Israel 2e disseram-lhes:
«O SENHOR ordenou ao meu senhor que desse, por sorteio, o país em herança aos filhos de Israel; e o SENHOR ordenou ao meu senhor que desse a herança de Selofad, nosso irmão, às suas filhas. 3Mas, se elas contraírem casamento em qualquer uma das outras tribos dos filhos de Israel, a sua herança será retirada do património dos nossos pais e acrescentada ao da tribo em que elas se casarem; e, assim, será diminuída a nossa herança. 4Quando chegar o Jubileu dos filhos de Israel, a sua herança ficará unida à da tribo a que pertencerem e separada da de nossos pais.»
5Moisés, por ordem do SENHOR, respondeu então aos filhos de Israel: «A tribo dos filhos de José tem razão. 6Eis o que o SENHOR ordenou a respeito das filhas de Selofad: ‘Poderão casar com quem lhes aprouver; contudo, devem contrair matrimónio com alguém da família da sua tribo patriarcal. 7Deste modo, nenhuma herança dos filhos de Israel passará de uma tribo para outra; cada um dos filhos de Israel continuará ligado à herança da tribo dos seus pais. 8Toda e qualquer filha que possuir património entre as tribos dos filhos de Israel deverá casar-se com alguém que pertença à tribo do seu pai, a fim de que cada um dos filhos de Israel conserve o património de família. 9Que nenhuma herança passe de uma tribo para outra tribo diferente, pois cada uma das tribos dos filhos de Israel deve conservar a sua herança.’»
10As filhas de Selofad procederam como o SENHOR tinha ordenado a Moisés. 11Maalá, Tirça, Hogla, Milca e Noa, filhas de Selofad casaram-se com filhos de seus tios. 12Casaram-se, por conseguinte, nas famílias descendentes de Manassés, filho de José, e a sua herança ficou na tribo de seu pai.
13Estas são as leis e as ordenações que o SENHOR impôs aos filhos de Israel, por intermédio de Moisés, nas planícies de Moab, junto do Jordão, em frente de Jericó.